segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Ao coração é dificil enganar

Em época de festas sempre há pessoas felizes pela rua.
Mas as vezes, ou quase sempre, essa alegria é apenas superficial.
Essa alegria apenas mascara uma leve depressão. Uma tristeza eterna.
Entre um olhar e outro é fácil perceber uma certa melancolia, um resquício de tristeza, uma pontinha de lágrima.
No meio de tanta felicidade, tantos sorrisos é possível encontrar um olhar mais tímido carregado de tristeza. Uma tristeza que trás saudades, que trás dor!
Em época de festas doí mais aquela ausência de quem já se foi. Doí a distancia. Doí a separação!
Parece que em época de festa o sentimento da perda se duplica e sangra mais.
Talvez sintamos mais falta daquele sorriso nessas épocas. Talvez, realmente a ausência se faça mais dolorosa nesses momentos de festa.
Mas fingimos tão bem que essa dor fica escondida. Fingimos tão bem estarmos felizes que parece insignificante aquela dor.
A saudades sempre cresce nessa epoca! Aperta o peito. Mareja os olhos.
E não adianta sorrir, afinal, ao coração é difícil enganar. E sempre sentiremos saudades desses que já nos deixaram.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ano Novo, apenas uma mudança de folhinha!

Vai chegando o fim de ano e nós, os mortais, fazemos mil planos e promessas de mudança, de uma vida nova. Enchemos o peito de esperança e visualizamos um futuro menos ordinário. Invocamos aquela celebre frase: Ano que vem tudo será diferente!
E acreditamos!!!
Acreditamos piamente numa vida melhor. Em um país melhor. Acreditamos em pessoas melhores!
Falando sério como podemos nos encher de esperança apenas com a mudança de calendário?
Como podemos acreditar que as coisas fluirão melhor apenas por que algo chegou ao termino e algo se iniciou?
Francamente, como posso amanhecer diferente, inspirada, reavivada, apenas porque fui dormir no dia 31 de um ano e acordei no dia 1 de outro? É apenas a vida seguindo seu curso medíocre!
Nada de tão espetacular pode ocorrer em apenas 24 horas, de um dia ao outro, apenas porque mudamos o calendário.
Não trocamos de vida, nem de corpo, apenas mantemos uma falsa esperança para tentarmos sempre ter forças pra virar a folhinha do calendário.
Ano Novo, apenas uma mudança de folhinha!

Mas mesmo assim, uma pontinha de mim ainda planeja e acredita em uma vida e um futuro melhor. Uma pontinha ainda acredita em um país justo, e em pessoas melhores!
Às vezes eu até me deixo contagiar pela doença dos normais.
E por que não, acreditar que ano que vem tudo poderá ser diferente, melhor?!
Por que não me contagiar com essa doença chamada esperança?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Não tem como mudar esse amor

É inegável!

É imutável!

É eterno!

Por mais que eu negue. Por mais que tente. Por mais que eu implore e peça. Percebi que é impossível! É inevitável! Irremediável!

Realmente, não há possibilidade. Não há o que se possa fazer pra alterar essa verdade.

Eu te amo.

E não tem como mudar esse amor.

Te amo! E isso é verdade! Meu único dogma!

E te amar me faz apenas sofrer.

Sofro todas as dores de quem é desprezado, esquecido, trocado. Sofro com o descaso e a indiferença. Sofro com a ausência!

Perceba! Tentei. Fiz de tudo o que estava ao meu alcance, mas foi impossível superar um amor tão grande.

E por isso sofro todas as dores de quem ama e não tem o ser amado. Me restando apenas sonhar. Imaginar você ao meu lado.

Passo os dias fingindo que não sinto tanto essa ausência! Fingindo que não me importo.

Só posso fingir que tudo isso não é dor!

Só posso fingir que tudo passou e que tudo mudou. Que eu mudei e deixei de te amar.

Só posso fingir que não me importo. Que não ligo.

Mas minhas tentativas são sempre infrutíferas. E nesse momento de seguir a diante sou atropelada por seu nome.

É melhor nem tentar. É melhor abraçar a única verdade. Que eu te amo e não tem como mudar esse amor.

Não tem como apagar ou esquecer essa estória!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Amar é um verdadeiro delírio

Quase nunca consigo entender esse lance que é o AMOR.

Sei que é difícil descrevê-lo. Az vezes dói sentido-lo. E mesmo doloroso sempre desejamos te-lo.

Mas o que mais me intriga é o exato momento que deixamos de amar alguém.

Isso é fato. A única constante de uma relação afetiva é o momento em que tudo chega ao fim. Nunca existe o "viveram felizes para sempre". Ao final alguém sempre será abandonado e magoado.

Não importa se amigo, amante ou parente, mas em algum momento, nosso sentimento muda e do amor vamos ao ódio.

É essa situação que eu queria poder precisar com exatidão. Dia, hora, mês e ano. Aquele marco que nos faz dizer: eu não amo mais você.

De uma hora a outra deixamos de nos preocupar com aquele ser e colocamos um substituto em seu lugar. O titular vai pro banco e escalamos um novo personagem até o termino das ações dessa nossa personagem.

Dificilmente uma relação chega ao fim do dia pra noite, sei disso. Porem, mesmo sabendo que o sentimento vai sendo minado diariamente até chegar ao fatídico, há um exato instante que começa a reviravolta. Aquele momentinho onde os defeitinhos são transformados em defeitoes. E é isso que eu queria poder evitar, transformar. Afinal quando isso começa a ocorrer o abismo já se aproxima

Será que nada pode ser feito se soubermos o momento em que isso começa a ocorrer?

Será que somos tão cínicos e dissimulados ao ponto de tornar totalmente relevante uma coisinha mínima em um relacionamento... ?

É esse pensamento de coisinha mínima que nos calou em determinada ocasião que poderia fazer toda a diferença, e que trás apenas tristeza porque deixamos de ser honesto.

Será que ao invés de dar importância a picuinhas e se tivéssemos realmente agido com honestidade teríamos evitado o suicídio desse sentimento?

Amar é andar na montanha russa. É sentir a cegueira domar nossa consciência e assumir a rédea da nossa malfadada relação.

Matamos nosso romance. Plantamos aquele ódio e tensão entre duas pessoas que em outro tempo sintonizavam com maestria.

Tudo isso porque o amor é completamente instável e inconstante.

Amar é um verdadeiro delírio, uma embriagues que transforma uma alegria na maior ressaca!


 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Beleza é fundamental


Sempre me disseram que é mais importante ter conteúdo do que beleza. E houve uma época em que acreditei nessa maldita "verdade".

Acredito que me disseram isso apenas pra atenuar o fato de eu não me assemelhar em nada com as modelos das revistas. Como uma forma ou uma medida compensatória da minha pouca beleza.

Sem preconceito ou estereótipos, nem toda bela é burra, e nem toda feia é esperta. Mas parece que vale mais ser bela e burra do que ser "aquilo", como eles dizem, de quem não possui os atributos físicos de Bonitona.

Meu conteúdo intelectual não é o dos excepcionais. Pertenço aquela media que não passa vergonha, mas que não se destaca no âmbito da genialidade. Posso não ser um gênio, mas também não tenho muito do que reclamar.

E conhecendo o mundo que conheço hoje, penso se vale mesmo a pena ser mais inteligente do que bela.

Ponderei alguns pros e contras. O que pesa mais, se a beleza ou a inteligência? E Cheguei à conclusão de que beleza é fundamental. Sem ela, pobres mortais como eu, vivem a chorar o descaso de um amor não correspondido, a falta de atenção e tantos coisas mais...

Claro que chego a tal conclusão em consonância com os acontecimentos da minha vida. Acabei de sofrer uma daquelas injustiças onde uma bonitinha se sobressaiu apenas por ser mais bela do que eu. Em beleza sim, mas em conteúdo eu era bem melhor. Mas isso não adiantou em nada.

Fui preterida por alguém que apenas era melhor a mim em beleza... Isso dói, afinal, não consigo melhorar essa característica minha.

Lembro-me da frase de uma amiga minha que foi trocada por uma gostosona burra, e num desabafo me disse:

- É melhor ter dois peitões do que dois mestrados e sábados solitários!

Hoje eu entendi muito bem a frustração e a raiva que ela sentiu na ocasião.

Beleza sim é fundamental!

Ainda bem que o que lhe parece feio, belo também pode ser. Nessa vida tudo é tão relativo que ainda posso ter salvação.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Quando chegar a noite me empresta seu corpo

Quando chega a noite.... só vejo seu corpo. Só sinto seu cheiro. Só desejo sua boca.

Quando chega a noite e vejo que você não está aqui desejo que o tempo volte e a vida me faça encontra-lo mais uma vez, para assim, sanar a falta da sua boca. Do seu corpo. Da sua pele.

Quando chega a noite fico pensando naquela época em que eu te abraçava, fungava no seu pescoço e dormia nas sua mãos. Naquela época que todo meu desejo era realizado.

Me dá um calafrio só de lembrar de quando você me abraçava e enroscava sua boca no meu pescoço.

Não poder dar vazão a tudo o que sinto, a esse desejo que tenho do seu corpo, fico com uma melancolia provisória. A tristeza preenche minhas horas e eu imploro que você empreste seu corpo. Imagino o que me fez chegar a esse ponto de apenas sentir saudades

Quando chega a noite me pergunto se ainda terei tempo de senti-lo só mais um pouquinho. Só mais um pouquinho pra deixar definitivamente marcado na minha lembrança o que era o prazer de te-lo só pra mim.

Quando chegar a noite você deveria me empresta seu corpo! Se doar um pouquinho e esquecer dos nossos erros passado.

Quando chegar a noite deveríamos nos amar. E amar. Até que não seja mais possível aquela dor da ausência se fazer presente.



É quando chega a noite que eu sinto mais a sua falta. Sinto a ausência do amor.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Que ele seja mais do que um amigo, uma transa e um adjetivo

Acredito que temos um único e grande amor!
Pelo menos comigo é assim: uma vida, um amor!
Essa minha paixão é eterna e invencível. É fato notório!
Só amo a ele e ponto.
E mesmo com minhas fracassadas tentativas te tentar esquecer essa antiga paixão e seguir em frente cheguei a conclusão de que é impossível. E portanto, sigo amando apenas a ele, mas aberta a diversas possibilidades. Afinal quem casou foi ele e não eu. Quem enterrou nossa historia foi ele, então, eu sigo a procura de qualquer coisa que me faça sentir algo novamente.

Desejo a muitos.
Fantasio com muitos.
E até já tentei engrenar um novo romance. Mas como você pode imaginar, sempre chego ao mesmo ponto, ou seja, minha máxima expressão: uma vida, um amor!
E fico com aquela impressão de infelicidade eterna.

Só que hoje, diferentemente dos outros dias, acreditei na esperança!
Reencontrei um antigo amigo. Uma delicia de rapaz e que no passado povoou meus sonhos.
Estava triste e com saudades do Brasil e dos amigo, e por sorte minha, fui uma das primeiras pessoas que ele reencontrou.
E assim entre um olhar e um abraço, surgiu aquela famosa: vamos fazer algo; vamos combinar de sair, colocar a conversa em dia... E então pra minha surpresa veio a proposta:
-Por que não fazemos algo hoje mais a noite?
Eu que não sou boba e preciso afogar minhas magoas, topei. E não me arrependo!

Não ocorreu nenhum fato sexual. Apenas dois amigos aproveitando uma noite de Dezembro calorosa. Apenas isso.
Mas durante nossa conversa me lembrei o porque ele me fascinava!
Ele tem um lance de olhar nos olhos que parece que te traga todinha e faz parecer que você é a única que existe. Uma atenção! Um homem delicioso.
E pra melhorar uma conversa interessante e prazerosa.

Se dependesse dessa noite poderia até dizer que estou apaixonada. Porém fico apenas com o adjetivo encantada, maravilhada.

Ele é fantástico. Me tira do serio e me faz perder as palavras.
A atenção que ele me dispensa me deixa excitada! E encabulada!
Se eu tivesse coragem, rasgaria toda aquela roupa e pedia que me dominasse.
Pediria sua boca, seu corpo, e por que não, sua alma.

Não seria amor, mas já seria um passo significativo pra deixar o passado de lado. Uma tentativa de mudança. Uma nova esperança pra invadir meu coração.
Gostaria que ele fosse o responsável de me trazer de volta a vida.

Enfim, espero realmente que ele seja mais do que um amigo, uma transa e um adjetivo. Que ele seja minha esperança de vida!

Essa será sua vida!

Me pergunto o quanto uma pessoa pode se fuder nessa vida!

A impressão que tenho é a de que enquanto alguns conseguem tudo na maior facilidade, outras têm que penar e ralar muito pra pegar um naco daquilo que lhe deveria pertencer.

Sabendo da existência desses dois tipos de pessoas me vem à mente a seguinte situação: um completa o outro, como se fossem uma medida compensatória pra manter o equilíbrio, a ordem! Enfim, qualquer coisa nesse sentido. É compreensível que se há um vencedor, conseqüentemente deverão existir os perdedores. Mas a minha duvida é: quem os escolhe? Qual o parâmetro utilizado pra dizer esse será o fudido da vez?

Nunca consegui encontrar uma resposta convincente e plausível.

A única coisa que sei é que tem gente que mais parece que nasceu no dia errado, melhor, parece que é tudo errado. Que a vida está errada!

Tenho a impressão que pertenço a esse grupo dos fudido. Sabe aquelas pessoa que tentam e tentam, mas não conseguem nem ao menos sair do lugar. Enfim, esse é o resumo do que sou!

Sempre que parece que minha sorte vai chegar, ou que terei aquela quinada na vida, vem àquela maré de azar... E nunca passa!

Podem até dizerem que essa ausência de sucesso e excesso de fracasso está intimamente relacionada à minha postura. Discordo plenamente. Afinal foi a própria vida que me conduziu a isso! Sou simplesmente uma conseqüência dos fracassos da minha existência!

Veja bem! Antes de ter esse pessimismo e personalidade tão ao gosto de Murphy as coisas já desandavam pra mim, e essa minha alegria de encarar a vida só surgiu em conseqüência dos fatos e acontecimentos que me trouxeram até aqui!

Posso dizer que fui barrada na porta do sucesso e fortuna! Parece que quando vim ao mundo me disseram:

- Viva mais ou menos! Não seja muito. Não espere muito. Não tente muito. Não acredite muito e não torça muito... Porque o que tiver de ruim pra acontecer será com você! E nem tente mudar. É esse o personagem que lhe pertence! Seja isso e se resigne, sua azarada! Essa será sua vida!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Se eu fosse poeta!

Se eu fosse poeta usaria seu nome para definir o amor.

Usaria nossa historia para construir o nosso Idílio De Amor!

Transformaria minhas lagrimas e tristezas em poesia, em melodia, em arte.

Saberia encontrar as palavras perfeitas que dimensionassem e qualificassem todo meu sentimento por você.

Conseguiria construir versos que tocassem sue coração. Que te marcassem que te fizesse compreender o que é essa grandeza..., esse meu amor!

Com palavras belas te faria entender o que é isso que trago pulsando dentro do meu peito.

Conseguiria suspirar frases que fizessem te arrepiar de emoção, alegria e excitação.

Se eu fosse poeta saberia explicar melhor toda a minha emoção. Saberia e encontraria a maneira perfeita de narrar toda minha adoração, minha fixação, minha obsessão por seu corpo, sua pele, sua boca.

Cantaria seu sorriso em versos. E assim alegraria meus dias, minhas horas.

Se eu soubesse usar as palavras...

Se eu pudesse encontrar uma maneira que te fizesse me notar. Que te fizesse ver que sem você eu não respiro, eu não vivo.

Se eu fosse poeta Eternizaria toda minha paixão.

Publicaria todo esse meu sentimento que você insiste em não reconhecer e tão friamente despreza. Escancararia ao mundo essa minha adoração, gritaria minha poesia ao mundo.

Quem sabe se eu fosse poeta essa sua frieza fosse transformada em emoção. Quem sabe se eu fosse poeta você não veria que esse nosso amor deve ser cantado, suspirado... Vivido.

Se eu fosse poeta, ao menos os meus desejos e sentimentos serviriam pra tocar algum coração, mesmo que não seja o seu, mas alguém que então, descobriria todo esse meu amor!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Só eu sei a dor que carrego no coração

Não me venha dizer que faço drama, que sou exagerada, que faço tempestade em copo d’água!
Chega de dizer como devo me portar e agir, afinal só eu sei a dor que eu carrego no coração!
Falar da atitude e sentimentos dos outros é fácil. Difícil mesmo é carregar o mesmo fardo e se manter em pé.

Chega de criticas, chegou a hora de abrir a boca e gritar:
- Cuida do seu que eu cuido do meu!

Se você pensar bem, todo mundo está disposta a julgar o outro, a punir o outro, a criticar o outro, sem ao menos saber toda a historia e toda a lágrima que aquele pobre coitado já derrubou.
Carregar tristezas no coração é fácil, difícil é ter que manter tudo em silencio e agüentar toda a falação alheia

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Desaparecer

É impressionante como de uma hora pra outra tudo pode mudar, tudo pode acabar!
De repente, em apenas um instante tudo fica escuro. Tudo chega ao fim!
Um tremor. Um medo. Questionamentos. E um nada eterno. É ela que vem vindo... Ela que vem chegando. Falta respiração! E em minutos tudo volta a suas formas. A vida ressurge. Reapareço!
Foi só um susto. Uma previa do dia que ainda virá. Mas o ensaio traz pensamentos que nos faz perceber como é fácil desaparecer!
A única mudança independente de nossa vontade. A única certeza. O único momento que nos faz querer reviver tudo de novo, que nos faz desejar mais e mais.
Será que alguém notaria, notara?
Talvez essa ausência de socialização seja apenas uma forma de atenuar a insignificância que represento.
Ninguém sabe! Ninguém viu!
Ninguém nunca verá? Afinal, é muito fácil desaparecer. Sumir. Se esvair. E ninguém nota ninguém sente sua falta. E todo aquele trabalho de se fazer notar chega ao fim. Um fracasso de audiência se conclui.
Se ninguém percebe, será que faz diferença sumir ou existir?
É muito mais fácil não ser nada do que ficar com medo da escuridão que se aproximará! Medo da ausência!
Falta pouco pra eu desaparecer?
Faltará publico? Ou apenas quorum necessário?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Comparações

Às vezes tenho uma saudade gigante das conversas que eu tinha com meus amigos da adolescência.
Saudade daquelas que chega a doer no peito, mas que fazem nascer nos lábios aquele sorriso verdadeiro.
Nossas conversas não tinham nada de extraordinário, nada de intelectual, pelo contrario, nossos assuntos eram dos mais banais e triviais o possível, nem por isso deixavam de ser interessantíssimos.
Naquela época a única pessoa que eu queria impressionar era meu amor. Meus amigos não precisavam ser impressionados, afinal, para eles bastava a nossa amizade verdadeira. Não importava o que pensariam ou se me julgariam pelas minhas idéias.
Com o tempo, tudo isso foi mudando. E aquela facilidade de nos expor foi alterada por uma barreira intelectual com medo de ser exposta a julgamento.
Quando eu e meu melhor amigo estávamos sozinhos, nasciam grandes historias, narrativa e fatos filosóficos. Era extremamente prazerosa nossa troca de vivencias e experiências.
Lembro que naquela época o que mais importava era realmente o lance de amizade. Esse afeto inexplicável e que defendíamos com grande afinco. Nossos amigos eram únicos e importantes. O lema sempre foi tudo por um amigo.
Essa memória me causa uma nostalgia melancólica. Quando comparo o antes e o hoje fico com um medo terrível do que possa vir...
Quanto vale uma amizade? É nisso que penso quando faço essas comparações.
Sei que com o tempo, alem de adquirir mais conhecimento e experiência, mudei o ritmo das conversas . E me pergunto o porquê disso ocorrer.
Será que foi mesmo necessária essa maturidade em detrimento da idealização?
Fico com a impressão de que aquela eloqüência juvenil se ofuscou e o raciocínio enrijeceu com a vida. Que a idade alem da sabedoria trouxe a arrogância, abandonando aquela ânsia em defesa pela liberdade, ideais, e pela vida que sonhávamos.
As transformações do tempo fizeram que todas aquelas experiências liberais se transformassem em regras e mais regras. Resultando num marasmo e obediência no relógio.
Daquele debate eloqüente e apaixonado pela vida surgiu a palavra moralista e a imposição de um caminho que deve ser trilhado.
São em momentos dessas recordações da minha adolescência e das minhas antigas amizades que me fazem questionar sobre a vida e o rumo que ela segue. São essas comparações entre o passado e o presente, entre o adorável e o detestável, que me fazem ver que, não importa qual o tempo, não importa qual a vida, não importa qual a pessoa, sempre deixamos e deixaremos morrer o mais sincero e o melhor de nós mesmos. É inevitável, rumamos a um abismo de mentiras e velhos sonhos.
E tudo isso porque devemos completar um ciclo chamado vida! Será que deve ser assim mesmo?

Sua boca

É na sua boca que me perco.

Nela esqueço do tempo, das pessoas, das tristezas, das dores, da vida.

Dela retiro meu ar. Alimento minha alma e ilumino meu caminho.

Saiba que você é responsável pela minha vida. É da sua boca que retiro o suspiro que me mantém viva. Sabia que por sua culpa eu existo.

Quando sinto os lábios sei que o mundo está girando e que tudo está funcionando como deveria.

É na sua boca que encontro conforto. Solidariedade. E amizade.

Em momentos de tristeza e lágrimas é sua boca que ampara meus sofrimento. É ela quem me reconforta.

Quando encontro sua boca, sinto seu cheiro, toco seus lábios, sei que sou feliz. Sei que a vida é como deveria ser. Simplesmente porque encontro sua boca.

Sei que existo apenas para apreciar e adorar sua boca.

Não perca a vida, empreste-me sua boca. Fazendo-me assim, repleta de alegria!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Minha vida surreal

Quando reflito sobre minha vida tenho a sensação de que estou em um transe.
Tenho a impressão de que a qualquer momento irei acordar desse sonho. Dessa vida bizarra, desse mundinho que é mais do que surreal.
Pode parecer loucura da minha parte, mas em determinados momentos tenho certeza de que estou sonhando, de que o que está ocorrendo não passa de um reflexo e não uma realidade.
Fico com aquela sensação de quem quer tocar algo, mas esse algo é impalpavel, como se fosse uma nuvem, ou um arco íris... aquela sensação de que quanto mais nos aproximamos mais longe estamos.
Piração é pouco. Mas é verdade.
Não bebo, não cheiro e não fumo, mas vivo essa realidade mais do que paralela.
Minha vida é tão desconexa que outra sensação não combinaria melhor com ela.
Que viva meu mundo lúdico!

Mas talvez tudo isso seja explicado pelas minhas atitudes. Sabe o complexo de Peter Pan, pois então, quem sabe eu não tenho algo parecido, algo que me faça sentir como se caminhasse fora do corpo, como forma de compensar minha insatisfação e monotonia pela vida.
São minha medidas compensatorias que fazem minha vida surreal!

Dores de adeus

O coração pesa.

É inevitável segurar o choro.

O olhar se perde e se molha. Fixa-se em um ponto. O foco vai embassando, e por mais que se tente, fica difícil conter as lágrimas.

Elas regam nosso olhar e demonstram toda nossa dor.

A cabeça lateja, parecendo que vai explodir. Uma dor inconfundível!

Nasce com o pranto e o desespero. Aquela dor é uma dor que sintetiza toda angustia.



São sensações inconfundíveis e difíceis de narrar. Mas quando alguém que amamos deixa a vida, deixa de nos acompanhar nessa jornada, não resta senão nosso desespero de dizer adeus.

Nossa única certeza é que encontraremos conforto nas lembranças, mas certamente por um tempo as lembranças apenas trarão angustia e aquela pergunta: por que?

Por que nossos amigos, nossos amores têem que morrer?
Por que tanta coisa que é boa chega ao fim?
Por que tudo tem sempre o mesmo fim?
Por que tantas dores? Por que tantos adeus?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ele não nos ama mais

Mulher desgostosa quando bebe é sinonimo de burrada! Piora se acrescentar que toda mulher tem um celular sempre em mãos!
Ai sim, uma combinação fatal: álcool, interatividade, e dor de cotovelo.
Se nossa personalidade já nos identifica como boas falantes, alcoolizada então passamos a tecer um monologo inconclusivo e doloroso.
Um desabafo pra qualquer desconhecido que nos olhem, mesmo que rapidamente.
Queremos contar a todos nossa tristeza. Queremos que o mundo saiba o quanto doí uma desilusão.
Queremos que nosso pranto seja ecoado a todo canto... quem sabe ele escute? Quem sabe ele me resgate?
Concluímos sempre nossa bebedeira em lágrimas. E em um telefonema que só nos causa mais dor.
Queremos ouvir a voz dele, mas ele já não nos trata com o mesmo afeto e carinho como antigamente. E assim, com o desequilíbrio de uma mente ébria, descobrimos...
Apesar do estado alcoólico ainda temos aquela percepção, notamos a diferença de um tom de voz, que simplesmente significa: não te amo mais!
Agora, a lágrima é justificada. A dor é uma realidade!
Ele não nos ama mais!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Timidez

Sempre achei difícil de entender o porquê algumas pessoas se relacionam melhor com as outras. O porquê uns são tão cheio de amigos enquanto outros contam em uma mão suas amizades.
Sinceramente, não consigo encontrar uma justificativa capaz de alinhar meus pensamentos e as razões que nos fazem tão diferentes uns dos outros. Não encontro resposta para a existência de tantas nuances e diferenças nas personalidade das pessoas!
O que faz um ser amigo do outro? E a questão de afinidade, tem origem onde? Por que existe a timidez?
Acho que a origem dessas minhas duvidas reside simplesmente na questão da timidez!
Quando se é tímido- e quem é, sabe do que falo!- pensasse demais. Nossa introspecção nos transforma em verdadeiros pensadores. De tal modo que tecemos as teorias das mais variadas espécies, que talvez possam justificar essa nossa ausência de espontaneidade...

Se você é tímido. Acanhado, sempre tenso, sabe muito bem do que eu falo.
Quando encontramos pessoas que são nossos verdadeiro opostos, nosso sentimento inicial é de raiva, mas imediatamente admiramos aquela personalidade que invejamos profundamente.
Queremos ser como ela. Desprovido da nossa característica torpe, que sempre nos afasta das palavras e nos obriga a blindar a casca!
Entendeu?
Dá aquela raiva saber que ser notado é nosso verdadeiro desejo. E dá uma aflição saber que isso ocorrendo poderemos morrer de vergonha. É coisa de tímido!Nunca se satisfaz! Não sabe bem o que quer! Nunca quer chamar atenção, não queremos a palavra. Queremos a invisibilidade, mas ansiamos por um dia alcançarmos nossa tão almejada extroversão!

Esse lance de timidez pode ser um castigo, uma punição por invejarmos as relações de amizade dos demais, por cobiçarmos a presença da nossa pessoa no pensamento de quem quer que seja.
Qual a justificativa para desejarmos tanto essa relação e interação social com a ausência da nossa principal personalidade, a timidez?
Será que sem isso estaríamos satisfeito com o que seriamos?

Azar, desgraça. Uma infeliciadade só!

Nunca tive tanto azar em minha vida como tenho tido esse ano.
No geral, posso dizer que sou uma pessoa com relativa sorte, mas definitivamente esse ano de 2007 foi cheio de surpresas desagradáveis, e azares inimagináveis. Uma zica...
Se tivesse que fazer uma lista contento todos os desprazes pelo qual passei, com certeza, chegando ao final, estaria em completa depressão, beirando ao suicídio.
Tudo o que você pode imaginar de ruim me aconteceu.
Mas o auge mesmo foi ter que me despedir do meu único e grande amor, que não sei o que ele tinha ao certo na cabeça, mas resolveu se casar!
Acho que isso não pode entrar na lista de azar, mas certamente entra nos acontecimentos encabeçados pelo titulo de desgraça.
Dor de cotovelo... Ninguém merece!
Faltam ainda uns bons dias para o termino do ano, mas eu não vejo a hora de chegar em 2008. Quem sabe minha sorte e minha vida da uma guinada. Quem sabe me tragam mais alegrias, porque tristeza acho que vai ser difícil de existir, afinal todo rol já foi preenchido.
Posso dizer que meu 2007 foi azar, desgraça. Uma infelicidade só.
E olhe, não estou exagerando. Afinal, tenho tendência a drama apenas nos meus amores!

Amar e não ser amado

É complicado quando se ama alguém e não é possível ver esse amor realizado.
É uma dor tão grande que fica até difícil respirar.
Um mal que parece que não tem cura!
Ultimamente tenho sofrido de uma dor de cotovelo terrível, e tudo isso porque quem eu amo não me quer!
Na minha vida esse é o resumo da minha historia amorosa. É sempre aquele lance de eu amar "fulano" que ama "siclana" que nem sabe quem é "beltrano"... engraçado, mas trágico. Pior de tudo que geralmente sou a confidente do rapaz que suspira pela beldade que eu odeio.

Saber que quem amamos suspira por outra é a pior das sensações que já experimentei.
É um misto de raiva, tristeza, desgosto... tanta coisa que não faz o menor sentido.
Enfim, amar e não ser amado além de horrível é capaz de nos levar a loucura.
São tantas fantasia que esperamos que um dia se realiza que passamos a viver nesse plano fictício. Um amor que chega até a ser destrutivo e obsessivo se não formos capaz de racionalizar.
Sei que amor é tudo menos racional, mas a prudência em alguns momentos deve ser ouvida. E embora a loucura plane quando somos rejeitados, não devemos escutar os conselhos do capetinha que sentado ao nosso ombro nos instiga a realizar as loucuras mais insanas e comprometedoras.
Amar e não ser amado é complicado, mas pior mesmo é não conseguir se desvencilhar dessa louca obsessão que vem com a rejeição.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

É horrivel

É horrível amar e não ser correspondido.
É horrível estar com alguém só pra tentar esquecer outro amor perdido.
É horrível ser tratado com desdém, com descaso, com desgosto.
É horrível se arrumar, produzir toda e ninguém notar, principalmente a quem queremos chamar atenção.
É horrível sentir punhalada daqueles que juravam ser amigos.
É horrível saber que não se importam com o que pensamos.
É horrível não poder estar onde queremos, quando queremos e com quem desejamos.
É horrível sentir-se só. Anónima. Um fantasma!
É horrível tentar gritar, mas olhar dos lados e ver que ninguém poderá escutar.
É horrível que seus sonhos não possam ser compartilhados e realizados.
É horrível não poder mostrar nossa imaginação.
É horrível ter um sorriso nos lábios, mas ninguém para aprecia-lo.
É horrível ser bondoso e só receber maldade.
É horrível quando confundem justiça com interesse, ou falta de justiça com falta de dinheiro.
É horrível não causar interesse em quem não sai dos seus sonhos.
É horrível tentar ser, e perceber que é apenas fingimento.
É horrível, horrível ver que te trocaram, te esqueceram, que mudaram, mas você continua sendo e amando do mesmo jeito.
É horrível quando ele se casa e esquece que você foi seu primeiro amor. É horrível só você saber que existe apenas um amor, mas que intocável está.
É horrível sentir seu cheiro, ver seu rosto, seu corpo e não poder tocar. Não poder sentir sua pele.
É horrível ter que vê-lo entrar na igreja e dizendo sim.
É horrível saber que você entregou seu coração, mas a promessa de amor é feita a outra!
É horrível não poder compartilhar esse sentimento. É horrível ter que abafar o choro.
É horrível saber que as mudanças chegaram, e mesmo não estando preparado, não há o que se fazer para impedi-las.
É horrível não conseguir se libertar. É horrível sentir-se aprisionado.
É horrível sentir tudo isso!
É horrível, mas acontece com todo mundo. E então, por que uns sentem mais que os outros?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Iguais

Andar por entre as pessoas e imaginar que apenas nós temos problemas é a nossa historia.
Nosso egoísmo apenas permite imaginar que quem tem que vencer batalhas diárias e tristezas mundanas somos apenas nós. Esquecemos que não apenas de nosso reflexo é feito esse espelho!
Por maior diferença que possamos apresentar somos todos iguais.
Repletos de defeito. Insegurança. Medo. Egoísmo.
Somos todos iguais, mas sempre nos esquecemos disso.
Somos todos anônimos, mas sempre esquecemos disso.
Somos essa espécie irracional a procura de um sentido. Incapaz de ver o lado oposto.
Nossa tapeira nos faz olhar pra baixo esquecendo dos lados. Mas ele está lá. O outro também sofre! O outro também busca.
E na tentativa de apresentar uma aparência normal, ressaltamos essa esquisitice de ser o humano!
De viver achando que tudo é diferente para os outros, enquanto pra nós tudo é mais difícil. Pior. Quando na verdade queremos apenas apresentar a mesma semelhança. A mesma alegria.

Parece que é característica intrinsica nossa essa capacidade de auto piedade!
Mas qualquer dia aprenderemos que esse nosso exagero egoísta de dizer é apenas mais uma forma de nos aproximar dessa igualdade, dessa semelhança social.
É mais uma forma de tornar indistinguível nossas diferenças. É mais uma maneira de dizer somos realmente iguais em tudo.

sábado, 24 de novembro de 2007

Declaração de amor

É difícil fazer uma declaração de amor.
Se a pessoa é tímida então, pior fica!
No entanto, deve-se criar coragem, e de forma clara e direta dizer pra "aquela pessoa" que a amamos.
Afinal, se nos mantermos em silencio, corremos o risco de ver outra chegar e levar embora nossa paixão. Então é menos mal sofrer de rejeição do que ficar em duvida do que poderia ter acontecido se tivéssemos sidos honestos. Se tivéssemos tido coragem...
É melhor tentar do que sonhar e fantasiar. É melhor agir e declarar a verdade.
E assim, ensaiamos, construimos, planejamos.
E quando o dia chega...
É inevitável, mas palavras que representam todo nosso amor e que passearam alegremente pela nossa cabeça se perde naquele breve e único instante.
E nos nossos pensamentos, tudo aquilo soou como uma linda declaração de amor, uma verdadeira poesia que expressaria belamente nosso sentimento, se perde no momento mais importante.
Fraquejamos.
A única palavra que sai é: Será que você não percebe que eu te amo?!
Assim, aquele nosso ensaio se perde, e as palavras que saíram da nossa boca não foi capaz de sequer resumir toda aquela intensidade que faz nosso coração pulsar descompassado. Não faz jus ao que sentimos!

Entre a frustração de ter dito o que dissemos vem o medo da rejeição.
O friozinho surge aguardando uma resposta, um gesto... qualquer coisa.
Com sorte, e se os astros, o universo e quem quer que seja o responsável, colaborar com o nosso sentimento, poderemos sorrir por sermos correspondidos.
E o próximo passo é o beijo. Essa representação real e deliriante do nosso amor!

Mas se por azar, nossa emoção não caminhar na mesma direção, sentiremos um pontada e um calor que nos transforma em uma coisa insignificante.
Incapaz de respirar e viver por causa de uma rejeição.
A vergonha passa a ser uma constante. E a tristeza a melhor amiga.
É dor!

Quem já foi rejeitado sabe como é.
Sabe como é essa dor!
Sabe o que é esperar uma oportunidade. Fantasiar. Sonhar. Quem sabe um dia?
Sabe como fica difícil respirar. Viver sem aquele amor.
Sabe que esse amor é imutável, e mesmo que se passeie por camas e camas, o sentimento permanecerá o mesmo daquela declaração de amor.
A nossa única constante! Nosso único amor. Nossa única declaração de amor!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pensei que o tempo fosse ser mais ameno comigo, porem me enganei completamente.
Quando percebi, tinha sido nocauteada pela idade e vi os meus sonhos tombarem na lona.
Já me dei por derrotada!
É mais um sonho que se perde no caminho. Não é nem o primeiro e não será nem o ultimo, mas doí dar adeus a minha paixão.
Passei dessa idade de sonhar, como diz todos que me conhecem.
Cheguei à época de assumir responsabilidade. De ter um emprego. De ser independente. Cheguei à época de constituir família e viver infeliz! Cheguei à época de adotar a postura mais mundana possível- ser como todos, viver como todos, mais um rosto anônimo e trivial perdido na multidão.
Mas francamente, acho que nunca entenderei esse conceito da obrigatoriedade de trabalhar. Obrigatoriedade de crescer, sair de casa, assumir responsabilidade, ter uma família e pronto, ser mais uma engrenagem na sociedade.
Não consigo admitir que esse processo vá minando uma parte esperançosa e alegre. O sonho acabou! O prazer "do nada" perde o sentido. A agonia de envelhecer
E embora digam que nunca é tarde para recomeçar. Que o sonho ainda pode se realizar. Eu não tenho certeza se quando isso ocorrer será
Pode ser até verdade, mas quem costuma dizer isso já possui estabilidade financeira, coisa da qual eu só ouvi falar.
Economicamente falando, meu sonho se tornou inviável. E se tiver que esperam para vê-lo realizado após a terceira idade, digo desde já: de que me adianta. Basta ser feliz apenas 50% na vida?

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Nossos pais...

Enquanto éramos crianças e não entendíamos muito bem da vida, aceitávamos as mentiras e imposições de nossos pais numa boa. Também pudera, naquela época eles eram nossos heróis!
Conforme o tempo vai passando, e nós, os filhos, crescendo, descobrimos que nossos pais eram apenas uma criança que tinha permissão pra beber, dirigir e comprar. Além claro, de mentir.
Fora isso, nada de muito especial nos diferenciava, a não ser a "suposta sabedoria"!
Quando chega a idade na qual passamos a questionar toda aquela figura autoritária é sinal de que entendemos que nossos pais mentem e refletem nos filhos a frustração dos sonhos interrompidos.
Nem tudo do que eles dizem é o correto. Sábio. Ou melhor.
A primeira mentira que eles nos contam é a de que não se ama mais um filho que o outro, que o amor é igual para todos.
Claro! Quem ama a dois desgosta de um.
Todo ser humano tem uma predileção em especial para algo. Por que seria diferente em relação aos filhos?
Verdade seja dita, se nós filhos temos preferência por um ou por outro, por que eles também não iriam preferir um a outro?
A segunda mentira também é famosa. Sabe aquela de dizer que não importa o que o filho faça eles terão orgulho!? Isso mesmo, imagine a alegria do pai e da mãe que é obrigado a dizer para os amigos que o filho está desempregado! É preferível mentir. Dirão que o filho é escritor, professor, desenhista, etc., mas jamais admitirão que tem um desocupado incompetente dentro de casa!
Seria vergonha? E afinal, onde foi parar o orgulho?
E quando temos que decidir qual o curso que iremos tentar no vestibular. Eles dizem que apoiarão nossa decisão. Mas perceba o olhar que eles fazem quando animadamente você declara qual carreira seguir e eles sonhavam com outra!
É, realmente, pai e mãe são seres humanos repletos de defeitos , mas que até então não percebíamos.
Os vícios ocultos vão se revelando com o tempo e desmoronam aquela visão heróica que refletíamos neles.
Da nossa adoração surge o combate.
Essa geração passada nos transforma em guerreiros.
Empunharemos a espada nas mãos e esperançosamente brigaremos para não sermos como eles.
Juramos que não iremos mentir.
Impor .
E declarar de forma tão dogmática as frases:
-Eu sei o que é melhor pra você!
- Se você continuar nesse computador é você quem vai pagar a energia!
- Você não pode ir porque eu disse não!
E tantas outras frasezinhas que nos aborrecem e que faz parte do livreto "Os pais, manual completo"...
Atitudes que prometemos nunca repetir.
Mas ao final, o reflexo de nossos pais se fará presente no olhar do nosso filho.
"E apesar de termos feito tudo" viveremos "como nossos pais"!
Seremos essa nova geração passada.

sábado, 17 de novembro de 2007

E o que é a vida?

Eu gosto muito quando tenho tempo. E as pessoas me deixam sossegada. E ai, eu posso relaxar e ficar pensando. Mas sinceramente, minha cabecinha é um pouco confusa e perturbada. Quase sempre me perco nos meus pensamentos.
Eu poderia ficar horas e horas sozinha, apenas pensando. Em um estado de transe mental!
Não pense que eu fico fazendo planos, sonhando, ou pensando nele...
Na verdade, eu fico tentando entender o porquê das coisas. A razão de tudo. Explicações, e razões... que perambulam pelo meu ser.
Tanta coisa se passa pela minha cabeça que até parece que estou sendo atropelada pelas idéias.
Geralmente os por quês flutuam com muita intensidade e me instigam na procura de uma resposta que teima nunca chegar.
Fico imaginando o que pode ter levado o "Dono" do mundo a povoá-lo com as pessoas! Será que estava entediado? Será que precisava ser entretido com algo? E por que o final é sempre o mesmo, ou seja, a morte? Quanta falta de imaginação! Diretor mais sem criatividade!
Se nascemos, crescemos e morremos, e isso ocorre com todos, por que tentamos combater o tempo?
Por que toda vez que conseguimos ter dinheiro para enfim nos divertir ou comprar aquele objeto tão desejado, nunca temos tempo para aproveitar? E quando nos apaixomamos, sempre aparece alguém na frente, por quê?
Por que temos que estudar, e estudar, e estudar só pra depois ter que ir trabalhar, e ai, pra continuar trabalhando tem que estudar mais?
E por que as coisas boas parecem que só acontecem com os outros e com nós tudo aquilo que dá errado? É fato!
Alguém saberia dizer por que o tempo é tão carrasco e nos maltrata constantemente, e o único conforto capaz de combater a dor causada é a saudades e as lembranças?
Mas o que eu nunca vou conseguir entender é o nosso propósito de existir.
Nossa razão de crescer. Evoluir. Ter que trabalhar. Transmitir essa tão ordinária herança genética. Para enfim, morrer.
E o pior que isso é uma eterna constante. Uma rotina entediante e absurdamente igual em todos os cantos do mundo!
É uma padronização chamada vida.
E eu, perdendo esse meu precioso tempinho tentando encontrar resposta que aparentemente só chegarão quando eu morrer, e isto se eu tiver sorte e realmente existir algo além...
Mas enquanto as respostas não chegam continuo tentando me enquadrar nessa dança tão mal coreografada que é a vida. E tentando entender o que é a vida!
E então, o que é a vida?

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Naquela Viagem

Tenho me perguntando o porquê as pessoas são como são.
O porquê alguns são simpáticos e cordiais enquanto outros são tão estúpidos.
O porquê algumas pessoas são tão falsas e mentirosas enquanto outras são tão verdadeiras.
Para ser sincera não consegui chegar a respostas alguma. Pelo contrario, mais duvidas têm surgido nessa minha cabecinha.
Mas acabei me lembrando de uma viagem que fiz ao Rio de Janeiro em um dezembro. E me espantei com aquela lembrança, que acabou me trazendo certo esclarecimento o do porquê algumas coisas são como são.

Enfim, sair do interior de São Paulo para o Rio leva mais ou menos umas 16 horas. A viagem é uma verdadeira tortura, pois como viajo sozinha, alem de ser muito demorado, tem o inconveniente do medo constante com assaltos. Tirando isso e o desconforto das poltronas, até que compensa, afinal, Rio é sempre Rio!
Mas voltando a viagem. Quando o ônibus parou na rodoviária de São Carlo logo a minha frente se instalou um menino, sua mãe e sua avó. E pelo que entendi estavam indo para região de Campos.
Logo imaginei: que saco, criança na viagem vai ser péssimo!
Entenda, esse é meu humor típico. Realmente, sou uma pessoa ranzinza de marca maior. Mas deixe de lado essa minha personalidade encantadora...
O menino deveria ter uns 4 anos. E logo que saiamos de São Carlos ele começou suas perguntas. E uma delas foi: Por que tem tanta gente indo de ônibus, eles também vão para Campos?
Eu, logo imaginei aquela resposta objetiva e explicativa. E de forma sucinta tudo se encerraria rapidamente!
Mas para meu espanto, a resposta veio através da avó. Que com a voz calma começou a explicar para o menininho que naquela rodoviária cada pessoa tinha uma historia.
Que todo dia por aquele lugar passavam muitas e muitas pessoas e cada uma delas, não necessariamente, iriam para Campos, mas podiam ir e também podiam ir para qualquer outro lugar.
Poderiam ir para sua casa, voltando assim depois de anos para matar a saudades da família. Que alguns poderiam estar aproveitando o final de semana pra diminuir a saudades e a distancia da família, dos amigos, de um amor.
Alguns poderiam estar partindo para não voltarem mais. Outros estavam indo se despedir de alguém.
E que cada pessoa que passava por ali tinha uma historia. Que cada pessoa que estava partindo tinha uma razão, seja alegre ou triste, seja por prazer ou por trabalho.
Aquela senhora, de uma maneira muito simples, teceu uma narrativa encantadora para seu neto. E este com aquele olhar atento e curioso parecia se deliciar com aquilo.
Foi ai que imaginei! Se essa fosse minha avó, a conversa já teria se encerado há muito tempo, porque de forma objetiva eu teria ganhado a resposta mais insossa e pronto!
Nesse momento dei graças por não ter filhos. Pois se os tivesse teria cerceado toda a imaginação daquele ser. Teria o ensinado a ser enfadonho! Teria incrustado toda a carga genética da minha família, que é aquela objetividade e arrogância de quem sabe tudo, mas não sabe porra nenhuma!
Fiquei encantada com aquela família e a maneira como as respostas e historias eram colocadas para aquele garotinho. Eu tive a impressão de que se priorizava as possibilidades e as variantes, que instigavam conceitos, mostravam as diferenças das pessoas e suas vontades e premiavam aquela mente com lições de imaginação.
Sorte a dele.
Sorte viver com pessoas que vislumbram mais do que podem ver. Que enxergam alem daquele horizonte cotidiano.
Assim que cheguei a rodoviária Novo Rio minha viagem terminava, mas a deles prosseguiria. E eu passei a ter uma nova visão.
Aquela família me mostrou que as possibilidades existem. Existem ao olhas de todos. Mas que é esse nosso egoísmo rotineiro de só saber olhar o nosso mundo, que nos faz usar um cabresto que nos faz perdermos os melhores prazeres da vida.
Naquela viagem ao Rio aprendi mais do que eu poderia esperar e até mesmo desejar!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Para que servem os amigos?

Durante a vida ouvimos muitas declarações de nossos "amigos". Promessas que sabemos que nunca serão cumpridas, juras de fidelidades que ao primeiro teste serão quebradas, mentiras inventadas e tantas palavras de momento.

Uma amizade quando posta à prova quase nunca resiste.
Nos enganamos acreditando que o amigo do peito existe e que sempre teremos aquele fiel escudeiro nas piores horas. Mas verdade seja dita, nascemos só e é assim que caminharemos a maior parte da nossa vida.
Vez ou outra temos o reconforto de ter alguém caminhando ao nosso lado, mas é tudo muito efémero e frágil, quando menos esperamos estamos a sós novamente.
Passamos grande parte da nossa existência lutando para que isso não seja verdade. E buscamos um acalento nesse sentimento lúdico da amizade.
Procuramos desesperadamente essa frágil aparência de significarmos algo, para que assim, nossa inútil existência seja assistida por mais alguém, e que nossa misera humanidade signifique um pouco mais.

Talvez seja essa a razão de querermos, desejarmos, os amigos.
Eles nos servem como espectadores. Assistem nossa vida para que ela seja algo. É como se sem eles nada acontecesse. É como se sem eles tudo se paralisasse, afinal que sentido faria tudo se nossos atos e atitudes não refletissem em ninguém?
Será que é para isso que servem os amigos? Apenas um instrumento que nos dá sentido!?

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Primeiro Amor

Aquele pulsar no coração.
As mãos tremendo, e o corpo oscilando entre o calor e aquele friozinho.
A respiração disparando. O diafragma em um compasso alucinante.
E tudo isso porquê ele passou ao seu lado.
Aquele perfume dele invadindo suas narinas, e definitivamente impregnando seu corpo com o desejo de toca-lo!
Ah, se ele soubesse que emoções causa em você... Se ele soubesse que você está apaixonada!
Ele é seu primeiro amor. Único! Intocável! Maravilhoso!
Ele habita seus sonhos, domina suas horas, encanta seu corpo. É seu primeiro amor, e com sorte, será seu primeiro homem.
Ora, é o seu primeiro amor. O inesquecível!

Dizem que nunca esquecemos o primeiro amor. Imagino o por que.
O que sentimos quando reconhecemos o nosso primeiro é uma verdadeira avalanche, uma montanha russa de emoções. E é justamente por isso que é tão difícil esquece-lo, temos sempre que reservar um espaço na nossa memoria para relembrar de tudo aquilo.
O primeiro sempre será o parâmetro para os demais.
Ele é tudo! É o primeiro. E embora muita gente diga que já superou a ausência daquele romance passado, é inegável, que é o único.
Só é possível amar um! Não cabe mais de um amor na vida.
O primeiro amor é eterno, nós apenas dizemos que amamos mais aquele que está ao nosso lado pelo simples motivo de não conseguirmos manter nossos romances juvenis pro resto da vida!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Começo de namoro

Tenho sentido tanta falta de estar apaixonada!
Sabe, aquela vontade de amar alguém?
Tenho saudades daquela sensação que invade o estômago de uma hora pra outro.
Muita saudades daqueles abraços de urso apaixonado.
E daquele beijo todo excitante. E que faz a pernas enfraquecerem.
Sinto falta daquele começo de namoro, onde os defeitos ainda são uma gracinha, e sempre há aquela vontade de estar sempre junto!

Começo de namoro é sempre tudo de bom!
Todos estão felizes. A vida é linda. O mundo é perfeito.
Tem aquela paixão que nos mata de tanta saudades uma simples ausência de duas horas.
Aquele exagero e aquela vontade de amar a toda hora!
Aquela felicidade e aquele olhar que irradia um brilho que só quem está amando possui!

É sempre alegria... até que tudo vira um inferno.
E ai, os defeitos se tornam tão enormes que não resta alternativa senão por fim ao romance.
E no final, sempre alguém sai magoado. Isso é fato.
Todo namoro, todo relacionamento caminha pra esse fim. É o seu fardo natural! É inevitavél, acabou-se!


E depois de um tempo curando a separação, começamos de novo a sentir falta daquele começo de namoro...
E aquele relacionamento que virou um pesadelo até que trás umas boas recordações e saudades.
Mas dura pouco, ou pelo menos, até um novo começo de namoro, onde tudo é tão belo!
Mas não se engane, ao final é sempre igual. Não existe o " felizes para sempre". Pelo contrario, a vida dos nossos amores é curta e infeliz. Só trás lembranças!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Nossa vida tem trilha sonora!

Parece coisa de novela, filme, ou seriado, mas na verdade a vida também tem trilha sonora.
Pense bem!
Com certeza se te perguntarem de uma musica que te marcou, definitivamente, você ira se lembrar daquela sensação e daquele episódio que vivenciou. E como num flashback tudo volta com muita intensidade!
Lembra da musica que marcou seu primeiro amor? Eu lembro! E toda vez que eu a escuto sinto aquela mesma sensação de friozinho na barriga!
A vezes fico com os olhos cheios de lágrimas quando, de uma hora pra outra escuto "aquela" musica. Parece que a vida faz mais sentido quando fazemos essas associações!

Pode parecer a coisa mais banal do mundo, mas nós nos identificamos com cada coisa, e fazemos cada associação, que parece mesmo que vivemos em um mundo de ficção.
E assim, como em uma novela, toda vez que toca aquela musica, você ira se lembrar do herói, da mocinha, do beijo, da tristeza, enfim, de todas aquelas emoções que afloram quando experimentamos tudo aquilo que nos fez ser o que somos!

Quem sabe, a vida não faça mais sentido com trilha sonora?
Quem sabe não seja necessário o auxilio de um maestro pra conseguirmos o compasso perfeito?!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Por que a vida precisa desses fracasados?

Algumas pessoa nasceram para o fracasso!
É verdade. É inqüestionável. É o contrapeso da balança, afinal, se alguém é o vencedor, deve ter um perdedor!
E é fácil de perceber quem eles são.
Embora se diga que a vida é aquilo que você deseja, que é reflexo das suas atitudes, blábláblá, fica fácil identificar os fracassados. E nada tem haver com a postura deles perante a vida, na verdade, parece que eles nasceram desgraçados mesmo!

Quando se anda pela rua, se você prestar atenção ao seu redor, vai poder perceber que sempre vai ter aquele com um olhar perdido, melancólico, desesperançoso. Esse ai, pode ter certeza, é o desgraçado da vez!
Tente acompanhar o andar dele e você verá.
Tem-se a impressão que os ombros encolheram. Que ele está sendo obrigado àquele caminhar. Que é forçoso continuar com essa brincadeira. Eles tem cara de fracasso mesmo. E nem pense que tem algo a ver com dinheiro.
Deve passar tanta coisa na cabeça desse infeliz. Que perguntas habitarão naquela mente!?

Por que alguns se dão tão bem? Por que alguns conseguem tudo tão fácil? Por que tudo dá errado? O que me falta acontecer agora?!

Não me venha com essa de "atitude". Algumas pessoas realmente nasceram apenas pra servirem de contrapeso. E é isso. Não adianta o que elas façam, nunca se tornarão o herói. Sempre serão o coadjuvante que abre as portas! Sempre o insignificante, o perdedor, o azarado!
Chame do que quiser, mas perceba, essas pessoas existem, e sempre serão os desgraçados que nos farão perceber que a nossa vida podia ser pior.
Na insignificância da sua existência elas continuam com os ombros arqueados tentando qualquer coisa que seja capaz de diminuir, atenuar essa tristeza que é viver como um perdedor!

De vez em quando eu me pergunto, por que colocaram eles nessa terra? Me pergunto se seria mesmo necessário ter um perdedor? Se tudo isso não seria apenas mais uma forma de entreter o grande diretor nesse mosaico sem sentido!?

Por que a vida precisa desses fracasados?

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Quem sabe, uma maquina do tempo

Tem sempre algum ponto no passado que gostaríamos de mudar.
Geralmente é algum acontecimento que envolve uma paixão perdida, um amor não correspondido, um adeus que não foi dito, enfim, qualquer coisinha que fica martelando na nossa cabeça, e nunca importa quanto tempo passe, aquilo continua vivo na memoria.
Chegamos até a remontar o episódio mentalmente, e testamos todos os discursos possíveis, todos os gestos, ensaiamos e ensaiamos, e continuamos a imaginar... E se nos fosse permitido mudar?
Ah se fosse possível engolir aquela frase!
Ah se fosse possível dizer adeus!
Ah se fosse possível resistir aquela tentação!
Ah se fosse possível mudar tudo isso e assim tirar, apagar toda a magoa que ficou eterna!
A vida seria tão mais fácil se existisse uma maquina do tempo.
Sim, uma maquina capaz de nos permitir alterar aqueles momento que sempre remoem nossos sentido e trazem aquele frio no estômago. Aqueles momentos que ficam impregnados na nossa mente pedindo, exigindo um novo final.
E se mudássemos o final. Se criássemos aquele tão sonhado " E viveram felizes para sempre!"
Se isso fosse possível vida seria perfeita demais.
A vida seria sem dor! Sem graça! Monótona demais.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Nos importamos

Algumas pessoas exercem um poder gigantesco sobre nós.
É difícil de entender o porque nos importamos tanto com a opinião delas. Mas por mais que se negue, estamos sempre preparados para tentar agrada-las.
Seria mais produtivo se vivêssemos por nós! Que esquecêssemos que estamos em constante reprovação ao olhar desses espectadores. Que tentássemos tirar essa mascara é mostrar esse verdadeiro "eu".
Seria mais produtivo ter a coragem de enfrentar todos eles e o mundo de cabeça em pé, sem dar importância a nada. Apenas vivendo. Apenas sendo!
Mas é difícil!
Se não é fulano, será Sicrano. E assim sempre seguiremos procurando alguém para nos dar aprovação dos nossos atos.
Vai ver que ser humano é demonstrar constantemente essa fragilidade que é viver sob a lente e o olhar aniquilante dos nossos espelhos, da sociedade, de nós mesmos.
Vai ver que vida precisa da aprovação dessa coletividade!

domingo, 28 de outubro de 2007

Ser honesto...

Me ensinaram que a honestidade é uma das raras e boas virtudes que deveriam ser cultivada e transmitida para meus descendentes.
Me ensinaram muita coisa. Para dizer a verdade recebi uma boa educação. E posso também dizer que tive bons exemplos.
Portanto, não seria espanto e nem novidade que eu espelhasse todas essas qualidades dos meus progenitores. O que de fato tenho feito.
Confesso que procuro realmente manter-me na linha, mas após uma certa idade, e após ver certos acontecimento, tem-me sido difícil acreditar que ser honesto é a melhor solução.
Embora procure seguir essas orientações moralistas dessa geração anterior a minha, cheguei ao ponto de minha vida que não acredito que o bem ainda vence o mal.
Tenho me dado tão mal que tenho ponderado sobre as razões de ser honesto.
Afinal, de que me vale essa honestidade se quando vou dormir com a consciência limpa fica pesando a falta de dinheiro e o excesso de responsabilidade?
De que me vale essa honestidade se o respeito é demonstrado apenas para aqueles que carregam o doutor junto do nome, mesmo que seja uma mera formalidade?
De que me vale essa honestidade se a própria lei nos presenteia com o famoso "ganhou mas não levou"?
Ah, se eu contasse quantas vezes eu ouvi: eu sei doutor, mas não tenho dinheiro... ou, esse é meu único carro pra trabalhar, ou recorre da decisão, enrola um pouco...
De que me vale transmitir essa característica moralista se o legal e a moral andam tão desconexas da realidade?
De que me vale essa honestidade se aqueles que deveriam velar pelo nosso bem estar são os primeiros a rifar tudo que um dia já foi bom?
A definição de "ser honesto" se perdeu em qualquer canto dessa nação, e o que tem mesmo importado é o "quanto vale" e "qual é a minha parte".
Ser honesto é deprimir-se diariamente e perguntar-se "até quando?, enquanto os canastrões se divertem nessa fantasia nacional.
Ser honesto é ser órfão!
Ser honesto é ser presenteado com descaso!
Ser honesto é lutar ao lado de um Don Quixote!

sábado, 27 de outubro de 2007

Amigo de infancia

Aqueles rostos que já foram tão conhecidos nossos, hoje se fizeram estranhos.
O tempo os tornou apenas "conhecidos" de uma outra época, de uma outra vida.
Toda aquela intimidade, toda aquela cumplicidade de outrora foi vencida pelo tempo!
E quando, sem querer, esbarramos com aquele nosso amigão de infância pela rua é que percebemos como a distancia e os anos tornaram aquela feição tão familiar em um simples estranho, apenas um desconhecido.
A conversa que antes fluía hoje se transforma em um:
-Nossa, quanto tempo?
-É verdade, tem uns... nossa dez anos!
-O que está fazendo? Me conta o que fez todo esse tempo!
A conversa oscila sempre nesses assuntos, naquela lembrança de algum acontecimento. E sempre se encerra com aquela famosa:
-Precisamos reunir a turma novamente?
E fica sempre nessa conversa.
Esse roteiro que nunca muda. Não importa quem encontramos é sempre igual!
E aquela reunião daqueles antigos e bons companheiro só será realizada quando todos forem se despedir, no momento em que iremos velar aquele amigo de infância. Só a morte será capaz de trazer todos para aquela reunião!
E é nesse momento que a dor se mistura com nostalgia. Lembramos das juras e promessas de sermos sempre amigos! E realmente percebemos que um amigo partiu e nada, nada, por mais que tentemos, será igual, será feliz como naquela época onde tínhamos o verdadeiro "amigo de infância".

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Minha vida!

Um simples acontecimento pode mudar uma vida, um destino, drasticamente.
Acho que foi isso que aconteceu comigo. Um acontecimento mínimo, mas que muda tudo.
Imagine que tudo foi planejado e calculado meticulosamente, só que, com uma simples decisão tudo toma um rumo completamente inusitado e desprogramado.
Sabe aqueles momentos decisivos do cinema, que são cruciais para o desenrolar do personagem? Aquele acontecimento sem o qual nada faria sentido? Pois então, se falta aquela cena, aquela fala, tudo perde a razão de ser, o sentido próprio.
É essa a impressão que tenho!
E saber que tudo voltaria aos eixos com uma simples palavra: Não!
Talvez por falta de coragem. Talvez por preguiça. Talvez por medo. Não sei ao certo a razão, mas essa inercia transformou uma vida.
O que era pra ser sucesso acabou virando um fracasso de bilheteria. E eis que eu lhes apresento esse fracasso: Minha vida!

Perdi o rumo completamente. Pareço um barco navegando sem direção. A deriva, apenas a espera.
Triste, mas verdade!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O que eu achava...

Eu achava que meu rosto jamais teria rugas.
Eu achava que jamais envelheceria.
Eu achava que o tempo passaria, mas nada mudaria.
Eu achava que meus amigos seriam pra sempre meus amigos! E que o tempo jamais mudaria isso.
Eu achava que teria apenas um e único verdadeiro amor. E que me casaria e viveria feliz da vida!
Eu achava que minha vida era cheia de amor. E de pessoas que se importavam e valorizavam o que tínhamos.
Eu achava que todos os meus pensamento não mudariam. Que minha paixão usada na defesa de minhas idéias permaneceriam, mesmo que o tempo passasse.
Eu achava que o que tinha importância eram nossos sentimento. E que as pessoas eram medidas pela sua moral.
Eu achava que sempre estaria apaixonada pela vida. E que nada do que fizessem seria capaz de me vencer.
Eu achava que faltava pouco tempo pra eu conquistar o mundo, conquistar a vida, me tornar "aquela pessoa".
Eu achava que minha vida seguiria aquele plano que eu tinha em mente. E que minha profissão seria aquela que me dá prazer.
Eu achava que a juventude era minha hora. E que eu poderia fazer qualquer coisa. Que eu era indestrutível.
Eu achava a vida maravilhosa. Eu desfrutava dos momentos de festa. E queria compartilhar minha alegria com todos.
Achava que as pessoas eram felizes, pelo menos eu era!
Eu achava que nunca iria me despedir de um amigo. Que nunca choraria a ausência, que nunca sentiria a dor de ter que dizer adeus por causa da morte. Eu acreditava que viveríamos sempre juntos. Que viveríamos pra sempre!
Eu achava que jamais conseguiria suportar a dor de um amor não correspondido. E não entendia o porque de ser ignorada.
Eu achava que amar era bom demais! Que era bom demais ter esperança! Que era bom demais acreditar! Que era bom demais confiar! E que ser amada compensava qualquer infelicidade.
Eu achava que o destino sempre alcançava a vida. E por pior que as coisas estavam, no final tudo se resolvia.
Eu acreditava! Eu vivia! Eu tinha esperanças e confiava!
Mas o tempo. A idade. A vida. Tudo me levou a desacreditar!
E tudo aquilo que eu achei ser único e verdadeiro foi derrubado pelo tempo. Vencido pela desilusão e magoa.
Até que o brilho do meu olhar se transformou. Minhas paixões se aquietaram, e muitos, muitos sonhos se perderam ou morreram pelo caminho. Restou apenas a saudades daquele tempo onde o mundo era cheio de possibilidades!