sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Timidez

Sempre achei difícil de entender o porquê algumas pessoas se relacionam melhor com as outras. O porquê uns são tão cheio de amigos enquanto outros contam em uma mão suas amizades.
Sinceramente, não consigo encontrar uma justificativa capaz de alinhar meus pensamentos e as razões que nos fazem tão diferentes uns dos outros. Não encontro resposta para a existência de tantas nuances e diferenças nas personalidade das pessoas!
O que faz um ser amigo do outro? E a questão de afinidade, tem origem onde? Por que existe a timidez?
Acho que a origem dessas minhas duvidas reside simplesmente na questão da timidez!
Quando se é tímido- e quem é, sabe do que falo!- pensasse demais. Nossa introspecção nos transforma em verdadeiros pensadores. De tal modo que tecemos as teorias das mais variadas espécies, que talvez possam justificar essa nossa ausência de espontaneidade...

Se você é tímido. Acanhado, sempre tenso, sabe muito bem do que eu falo.
Quando encontramos pessoas que são nossos verdadeiro opostos, nosso sentimento inicial é de raiva, mas imediatamente admiramos aquela personalidade que invejamos profundamente.
Queremos ser como ela. Desprovido da nossa característica torpe, que sempre nos afasta das palavras e nos obriga a blindar a casca!
Entendeu?
Dá aquela raiva saber que ser notado é nosso verdadeiro desejo. E dá uma aflição saber que isso ocorrendo poderemos morrer de vergonha. É coisa de tímido!Nunca se satisfaz! Não sabe bem o que quer! Nunca quer chamar atenção, não queremos a palavra. Queremos a invisibilidade, mas ansiamos por um dia alcançarmos nossa tão almejada extroversão!

Esse lance de timidez pode ser um castigo, uma punição por invejarmos as relações de amizade dos demais, por cobiçarmos a presença da nossa pessoa no pensamento de quem quer que seja.
Qual a justificativa para desejarmos tanto essa relação e interação social com a ausência da nossa principal personalidade, a timidez?
Será que sem isso estaríamos satisfeito com o que seriamos?

Azar, desgraça. Uma infeliciadade só!

Nunca tive tanto azar em minha vida como tenho tido esse ano.
No geral, posso dizer que sou uma pessoa com relativa sorte, mas definitivamente esse ano de 2007 foi cheio de surpresas desagradáveis, e azares inimagináveis. Uma zica...
Se tivesse que fazer uma lista contento todos os desprazes pelo qual passei, com certeza, chegando ao final, estaria em completa depressão, beirando ao suicídio.
Tudo o que você pode imaginar de ruim me aconteceu.
Mas o auge mesmo foi ter que me despedir do meu único e grande amor, que não sei o que ele tinha ao certo na cabeça, mas resolveu se casar!
Acho que isso não pode entrar na lista de azar, mas certamente entra nos acontecimentos encabeçados pelo titulo de desgraça.
Dor de cotovelo... Ninguém merece!
Faltam ainda uns bons dias para o termino do ano, mas eu não vejo a hora de chegar em 2008. Quem sabe minha sorte e minha vida da uma guinada. Quem sabe me tragam mais alegrias, porque tristeza acho que vai ser difícil de existir, afinal todo rol já foi preenchido.
Posso dizer que meu 2007 foi azar, desgraça. Uma infelicidade só.
E olhe, não estou exagerando. Afinal, tenho tendência a drama apenas nos meus amores!

Amar e não ser amado

É complicado quando se ama alguém e não é possível ver esse amor realizado.
É uma dor tão grande que fica até difícil respirar.
Um mal que parece que não tem cura!
Ultimamente tenho sofrido de uma dor de cotovelo terrível, e tudo isso porque quem eu amo não me quer!
Na minha vida esse é o resumo da minha historia amorosa. É sempre aquele lance de eu amar "fulano" que ama "siclana" que nem sabe quem é "beltrano"... engraçado, mas trágico. Pior de tudo que geralmente sou a confidente do rapaz que suspira pela beldade que eu odeio.

Saber que quem amamos suspira por outra é a pior das sensações que já experimentei.
É um misto de raiva, tristeza, desgosto... tanta coisa que não faz o menor sentido.
Enfim, amar e não ser amado além de horrível é capaz de nos levar a loucura.
São tantas fantasia que esperamos que um dia se realiza que passamos a viver nesse plano fictício. Um amor que chega até a ser destrutivo e obsessivo se não formos capaz de racionalizar.
Sei que amor é tudo menos racional, mas a prudência em alguns momentos deve ser ouvida. E embora a loucura plane quando somos rejeitados, não devemos escutar os conselhos do capetinha que sentado ao nosso ombro nos instiga a realizar as loucuras mais insanas e comprometedoras.
Amar e não ser amado é complicado, mas pior mesmo é não conseguir se desvencilhar dessa louca obsessão que vem com a rejeição.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

É horrivel

É horrível amar e não ser correspondido.
É horrível estar com alguém só pra tentar esquecer outro amor perdido.
É horrível ser tratado com desdém, com descaso, com desgosto.
É horrível se arrumar, produzir toda e ninguém notar, principalmente a quem queremos chamar atenção.
É horrível sentir punhalada daqueles que juravam ser amigos.
É horrível saber que não se importam com o que pensamos.
É horrível não poder estar onde queremos, quando queremos e com quem desejamos.
É horrível sentir-se só. Anónima. Um fantasma!
É horrível tentar gritar, mas olhar dos lados e ver que ninguém poderá escutar.
É horrível que seus sonhos não possam ser compartilhados e realizados.
É horrível não poder mostrar nossa imaginação.
É horrível ter um sorriso nos lábios, mas ninguém para aprecia-lo.
É horrível ser bondoso e só receber maldade.
É horrível quando confundem justiça com interesse, ou falta de justiça com falta de dinheiro.
É horrível não causar interesse em quem não sai dos seus sonhos.
É horrível tentar ser, e perceber que é apenas fingimento.
É horrível, horrível ver que te trocaram, te esqueceram, que mudaram, mas você continua sendo e amando do mesmo jeito.
É horrível quando ele se casa e esquece que você foi seu primeiro amor. É horrível só você saber que existe apenas um amor, mas que intocável está.
É horrível sentir seu cheiro, ver seu rosto, seu corpo e não poder tocar. Não poder sentir sua pele.
É horrível ter que vê-lo entrar na igreja e dizendo sim.
É horrível saber que você entregou seu coração, mas a promessa de amor é feita a outra!
É horrível não poder compartilhar esse sentimento. É horrível ter que abafar o choro.
É horrível saber que as mudanças chegaram, e mesmo não estando preparado, não há o que se fazer para impedi-las.
É horrível não conseguir se libertar. É horrível sentir-se aprisionado.
É horrível sentir tudo isso!
É horrível, mas acontece com todo mundo. E então, por que uns sentem mais que os outros?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Iguais

Andar por entre as pessoas e imaginar que apenas nós temos problemas é a nossa historia.
Nosso egoísmo apenas permite imaginar que quem tem que vencer batalhas diárias e tristezas mundanas somos apenas nós. Esquecemos que não apenas de nosso reflexo é feito esse espelho!
Por maior diferença que possamos apresentar somos todos iguais.
Repletos de defeito. Insegurança. Medo. Egoísmo.
Somos todos iguais, mas sempre nos esquecemos disso.
Somos todos anônimos, mas sempre esquecemos disso.
Somos essa espécie irracional a procura de um sentido. Incapaz de ver o lado oposto.
Nossa tapeira nos faz olhar pra baixo esquecendo dos lados. Mas ele está lá. O outro também sofre! O outro também busca.
E na tentativa de apresentar uma aparência normal, ressaltamos essa esquisitice de ser o humano!
De viver achando que tudo é diferente para os outros, enquanto pra nós tudo é mais difícil. Pior. Quando na verdade queremos apenas apresentar a mesma semelhança. A mesma alegria.

Parece que é característica intrinsica nossa essa capacidade de auto piedade!
Mas qualquer dia aprenderemos que esse nosso exagero egoísta de dizer é apenas mais uma forma de nos aproximar dessa igualdade, dessa semelhança social.
É mais uma forma de tornar indistinguível nossas diferenças. É mais uma maneira de dizer somos realmente iguais em tudo.

sábado, 24 de novembro de 2007

Declaração de amor

É difícil fazer uma declaração de amor.
Se a pessoa é tímida então, pior fica!
No entanto, deve-se criar coragem, e de forma clara e direta dizer pra "aquela pessoa" que a amamos.
Afinal, se nos mantermos em silencio, corremos o risco de ver outra chegar e levar embora nossa paixão. Então é menos mal sofrer de rejeição do que ficar em duvida do que poderia ter acontecido se tivéssemos sidos honestos. Se tivéssemos tido coragem...
É melhor tentar do que sonhar e fantasiar. É melhor agir e declarar a verdade.
E assim, ensaiamos, construimos, planejamos.
E quando o dia chega...
É inevitável, mas palavras que representam todo nosso amor e que passearam alegremente pela nossa cabeça se perde naquele breve e único instante.
E nos nossos pensamentos, tudo aquilo soou como uma linda declaração de amor, uma verdadeira poesia que expressaria belamente nosso sentimento, se perde no momento mais importante.
Fraquejamos.
A única palavra que sai é: Será que você não percebe que eu te amo?!
Assim, aquele nosso ensaio se perde, e as palavras que saíram da nossa boca não foi capaz de sequer resumir toda aquela intensidade que faz nosso coração pulsar descompassado. Não faz jus ao que sentimos!

Entre a frustração de ter dito o que dissemos vem o medo da rejeição.
O friozinho surge aguardando uma resposta, um gesto... qualquer coisa.
Com sorte, e se os astros, o universo e quem quer que seja o responsável, colaborar com o nosso sentimento, poderemos sorrir por sermos correspondidos.
E o próximo passo é o beijo. Essa representação real e deliriante do nosso amor!

Mas se por azar, nossa emoção não caminhar na mesma direção, sentiremos um pontada e um calor que nos transforma em uma coisa insignificante.
Incapaz de respirar e viver por causa de uma rejeição.
A vergonha passa a ser uma constante. E a tristeza a melhor amiga.
É dor!

Quem já foi rejeitado sabe como é.
Sabe como é essa dor!
Sabe o que é esperar uma oportunidade. Fantasiar. Sonhar. Quem sabe um dia?
Sabe como fica difícil respirar. Viver sem aquele amor.
Sabe que esse amor é imutável, e mesmo que se passeie por camas e camas, o sentimento permanecerá o mesmo daquela declaração de amor.
A nossa única constante! Nosso único amor. Nossa única declaração de amor!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pensei que o tempo fosse ser mais ameno comigo, porem me enganei completamente.
Quando percebi, tinha sido nocauteada pela idade e vi os meus sonhos tombarem na lona.
Já me dei por derrotada!
É mais um sonho que se perde no caminho. Não é nem o primeiro e não será nem o ultimo, mas doí dar adeus a minha paixão.
Passei dessa idade de sonhar, como diz todos que me conhecem.
Cheguei à época de assumir responsabilidade. De ter um emprego. De ser independente. Cheguei à época de constituir família e viver infeliz! Cheguei à época de adotar a postura mais mundana possível- ser como todos, viver como todos, mais um rosto anônimo e trivial perdido na multidão.
Mas francamente, acho que nunca entenderei esse conceito da obrigatoriedade de trabalhar. Obrigatoriedade de crescer, sair de casa, assumir responsabilidade, ter uma família e pronto, ser mais uma engrenagem na sociedade.
Não consigo admitir que esse processo vá minando uma parte esperançosa e alegre. O sonho acabou! O prazer "do nada" perde o sentido. A agonia de envelhecer
E embora digam que nunca é tarde para recomeçar. Que o sonho ainda pode se realizar. Eu não tenho certeza se quando isso ocorrer será
Pode ser até verdade, mas quem costuma dizer isso já possui estabilidade financeira, coisa da qual eu só ouvi falar.
Economicamente falando, meu sonho se tornou inviável. E se tiver que esperam para vê-lo realizado após a terceira idade, digo desde já: de que me adianta. Basta ser feliz apenas 50% na vida?

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Nossos pais...

Enquanto éramos crianças e não entendíamos muito bem da vida, aceitávamos as mentiras e imposições de nossos pais numa boa. Também pudera, naquela época eles eram nossos heróis!
Conforme o tempo vai passando, e nós, os filhos, crescendo, descobrimos que nossos pais eram apenas uma criança que tinha permissão pra beber, dirigir e comprar. Além claro, de mentir.
Fora isso, nada de muito especial nos diferenciava, a não ser a "suposta sabedoria"!
Quando chega a idade na qual passamos a questionar toda aquela figura autoritária é sinal de que entendemos que nossos pais mentem e refletem nos filhos a frustração dos sonhos interrompidos.
Nem tudo do que eles dizem é o correto. Sábio. Ou melhor.
A primeira mentira que eles nos contam é a de que não se ama mais um filho que o outro, que o amor é igual para todos.
Claro! Quem ama a dois desgosta de um.
Todo ser humano tem uma predileção em especial para algo. Por que seria diferente em relação aos filhos?
Verdade seja dita, se nós filhos temos preferência por um ou por outro, por que eles também não iriam preferir um a outro?
A segunda mentira também é famosa. Sabe aquela de dizer que não importa o que o filho faça eles terão orgulho!? Isso mesmo, imagine a alegria do pai e da mãe que é obrigado a dizer para os amigos que o filho está desempregado! É preferível mentir. Dirão que o filho é escritor, professor, desenhista, etc., mas jamais admitirão que tem um desocupado incompetente dentro de casa!
Seria vergonha? E afinal, onde foi parar o orgulho?
E quando temos que decidir qual o curso que iremos tentar no vestibular. Eles dizem que apoiarão nossa decisão. Mas perceba o olhar que eles fazem quando animadamente você declara qual carreira seguir e eles sonhavam com outra!
É, realmente, pai e mãe são seres humanos repletos de defeitos , mas que até então não percebíamos.
Os vícios ocultos vão se revelando com o tempo e desmoronam aquela visão heróica que refletíamos neles.
Da nossa adoração surge o combate.
Essa geração passada nos transforma em guerreiros.
Empunharemos a espada nas mãos e esperançosamente brigaremos para não sermos como eles.
Juramos que não iremos mentir.
Impor .
E declarar de forma tão dogmática as frases:
-Eu sei o que é melhor pra você!
- Se você continuar nesse computador é você quem vai pagar a energia!
- Você não pode ir porque eu disse não!
E tantas outras frasezinhas que nos aborrecem e que faz parte do livreto "Os pais, manual completo"...
Atitudes que prometemos nunca repetir.
Mas ao final, o reflexo de nossos pais se fará presente no olhar do nosso filho.
"E apesar de termos feito tudo" viveremos "como nossos pais"!
Seremos essa nova geração passada.

sábado, 17 de novembro de 2007

E o que é a vida?

Eu gosto muito quando tenho tempo. E as pessoas me deixam sossegada. E ai, eu posso relaxar e ficar pensando. Mas sinceramente, minha cabecinha é um pouco confusa e perturbada. Quase sempre me perco nos meus pensamentos.
Eu poderia ficar horas e horas sozinha, apenas pensando. Em um estado de transe mental!
Não pense que eu fico fazendo planos, sonhando, ou pensando nele...
Na verdade, eu fico tentando entender o porquê das coisas. A razão de tudo. Explicações, e razões... que perambulam pelo meu ser.
Tanta coisa se passa pela minha cabeça que até parece que estou sendo atropelada pelas idéias.
Geralmente os por quês flutuam com muita intensidade e me instigam na procura de uma resposta que teima nunca chegar.
Fico imaginando o que pode ter levado o "Dono" do mundo a povoá-lo com as pessoas! Será que estava entediado? Será que precisava ser entretido com algo? E por que o final é sempre o mesmo, ou seja, a morte? Quanta falta de imaginação! Diretor mais sem criatividade!
Se nascemos, crescemos e morremos, e isso ocorre com todos, por que tentamos combater o tempo?
Por que toda vez que conseguimos ter dinheiro para enfim nos divertir ou comprar aquele objeto tão desejado, nunca temos tempo para aproveitar? E quando nos apaixomamos, sempre aparece alguém na frente, por quê?
Por que temos que estudar, e estudar, e estudar só pra depois ter que ir trabalhar, e ai, pra continuar trabalhando tem que estudar mais?
E por que as coisas boas parecem que só acontecem com os outros e com nós tudo aquilo que dá errado? É fato!
Alguém saberia dizer por que o tempo é tão carrasco e nos maltrata constantemente, e o único conforto capaz de combater a dor causada é a saudades e as lembranças?
Mas o que eu nunca vou conseguir entender é o nosso propósito de existir.
Nossa razão de crescer. Evoluir. Ter que trabalhar. Transmitir essa tão ordinária herança genética. Para enfim, morrer.
E o pior que isso é uma eterna constante. Uma rotina entediante e absurdamente igual em todos os cantos do mundo!
É uma padronização chamada vida.
E eu, perdendo esse meu precioso tempinho tentando encontrar resposta que aparentemente só chegarão quando eu morrer, e isto se eu tiver sorte e realmente existir algo além...
Mas enquanto as respostas não chegam continuo tentando me enquadrar nessa dança tão mal coreografada que é a vida. E tentando entender o que é a vida!
E então, o que é a vida?

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Naquela Viagem

Tenho me perguntando o porquê as pessoas são como são.
O porquê alguns são simpáticos e cordiais enquanto outros são tão estúpidos.
O porquê algumas pessoas são tão falsas e mentirosas enquanto outras são tão verdadeiras.
Para ser sincera não consegui chegar a respostas alguma. Pelo contrario, mais duvidas têm surgido nessa minha cabecinha.
Mas acabei me lembrando de uma viagem que fiz ao Rio de Janeiro em um dezembro. E me espantei com aquela lembrança, que acabou me trazendo certo esclarecimento o do porquê algumas coisas são como são.

Enfim, sair do interior de São Paulo para o Rio leva mais ou menos umas 16 horas. A viagem é uma verdadeira tortura, pois como viajo sozinha, alem de ser muito demorado, tem o inconveniente do medo constante com assaltos. Tirando isso e o desconforto das poltronas, até que compensa, afinal, Rio é sempre Rio!
Mas voltando a viagem. Quando o ônibus parou na rodoviária de São Carlo logo a minha frente se instalou um menino, sua mãe e sua avó. E pelo que entendi estavam indo para região de Campos.
Logo imaginei: que saco, criança na viagem vai ser péssimo!
Entenda, esse é meu humor típico. Realmente, sou uma pessoa ranzinza de marca maior. Mas deixe de lado essa minha personalidade encantadora...
O menino deveria ter uns 4 anos. E logo que saiamos de São Carlos ele começou suas perguntas. E uma delas foi: Por que tem tanta gente indo de ônibus, eles também vão para Campos?
Eu, logo imaginei aquela resposta objetiva e explicativa. E de forma sucinta tudo se encerraria rapidamente!
Mas para meu espanto, a resposta veio através da avó. Que com a voz calma começou a explicar para o menininho que naquela rodoviária cada pessoa tinha uma historia.
Que todo dia por aquele lugar passavam muitas e muitas pessoas e cada uma delas, não necessariamente, iriam para Campos, mas podiam ir e também podiam ir para qualquer outro lugar.
Poderiam ir para sua casa, voltando assim depois de anos para matar a saudades da família. Que alguns poderiam estar aproveitando o final de semana pra diminuir a saudades e a distancia da família, dos amigos, de um amor.
Alguns poderiam estar partindo para não voltarem mais. Outros estavam indo se despedir de alguém.
E que cada pessoa que passava por ali tinha uma historia. Que cada pessoa que estava partindo tinha uma razão, seja alegre ou triste, seja por prazer ou por trabalho.
Aquela senhora, de uma maneira muito simples, teceu uma narrativa encantadora para seu neto. E este com aquele olhar atento e curioso parecia se deliciar com aquilo.
Foi ai que imaginei! Se essa fosse minha avó, a conversa já teria se encerado há muito tempo, porque de forma objetiva eu teria ganhado a resposta mais insossa e pronto!
Nesse momento dei graças por não ter filhos. Pois se os tivesse teria cerceado toda a imaginação daquele ser. Teria o ensinado a ser enfadonho! Teria incrustado toda a carga genética da minha família, que é aquela objetividade e arrogância de quem sabe tudo, mas não sabe porra nenhuma!
Fiquei encantada com aquela família e a maneira como as respostas e historias eram colocadas para aquele garotinho. Eu tive a impressão de que se priorizava as possibilidades e as variantes, que instigavam conceitos, mostravam as diferenças das pessoas e suas vontades e premiavam aquela mente com lições de imaginação.
Sorte a dele.
Sorte viver com pessoas que vislumbram mais do que podem ver. Que enxergam alem daquele horizonte cotidiano.
Assim que cheguei a rodoviária Novo Rio minha viagem terminava, mas a deles prosseguiria. E eu passei a ter uma nova visão.
Aquela família me mostrou que as possibilidades existem. Existem ao olhas de todos. Mas que é esse nosso egoísmo rotineiro de só saber olhar o nosso mundo, que nos faz usar um cabresto que nos faz perdermos os melhores prazeres da vida.
Naquela viagem ao Rio aprendi mais do que eu poderia esperar e até mesmo desejar!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Para que servem os amigos?

Durante a vida ouvimos muitas declarações de nossos "amigos". Promessas que sabemos que nunca serão cumpridas, juras de fidelidades que ao primeiro teste serão quebradas, mentiras inventadas e tantas palavras de momento.

Uma amizade quando posta à prova quase nunca resiste.
Nos enganamos acreditando que o amigo do peito existe e que sempre teremos aquele fiel escudeiro nas piores horas. Mas verdade seja dita, nascemos só e é assim que caminharemos a maior parte da nossa vida.
Vez ou outra temos o reconforto de ter alguém caminhando ao nosso lado, mas é tudo muito efémero e frágil, quando menos esperamos estamos a sós novamente.
Passamos grande parte da nossa existência lutando para que isso não seja verdade. E buscamos um acalento nesse sentimento lúdico da amizade.
Procuramos desesperadamente essa frágil aparência de significarmos algo, para que assim, nossa inútil existência seja assistida por mais alguém, e que nossa misera humanidade signifique um pouco mais.

Talvez seja essa a razão de querermos, desejarmos, os amigos.
Eles nos servem como espectadores. Assistem nossa vida para que ela seja algo. É como se sem eles nada acontecesse. É como se sem eles tudo se paralisasse, afinal que sentido faria tudo se nossos atos e atitudes não refletissem em ninguém?
Será que é para isso que servem os amigos? Apenas um instrumento que nos dá sentido!?

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Primeiro Amor

Aquele pulsar no coração.
As mãos tremendo, e o corpo oscilando entre o calor e aquele friozinho.
A respiração disparando. O diafragma em um compasso alucinante.
E tudo isso porquê ele passou ao seu lado.
Aquele perfume dele invadindo suas narinas, e definitivamente impregnando seu corpo com o desejo de toca-lo!
Ah, se ele soubesse que emoções causa em você... Se ele soubesse que você está apaixonada!
Ele é seu primeiro amor. Único! Intocável! Maravilhoso!
Ele habita seus sonhos, domina suas horas, encanta seu corpo. É seu primeiro amor, e com sorte, será seu primeiro homem.
Ora, é o seu primeiro amor. O inesquecível!

Dizem que nunca esquecemos o primeiro amor. Imagino o por que.
O que sentimos quando reconhecemos o nosso primeiro é uma verdadeira avalanche, uma montanha russa de emoções. E é justamente por isso que é tão difícil esquece-lo, temos sempre que reservar um espaço na nossa memoria para relembrar de tudo aquilo.
O primeiro sempre será o parâmetro para os demais.
Ele é tudo! É o primeiro. E embora muita gente diga que já superou a ausência daquele romance passado, é inegável, que é o único.
Só é possível amar um! Não cabe mais de um amor na vida.
O primeiro amor é eterno, nós apenas dizemos que amamos mais aquele que está ao nosso lado pelo simples motivo de não conseguirmos manter nossos romances juvenis pro resto da vida!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Começo de namoro

Tenho sentido tanta falta de estar apaixonada!
Sabe, aquela vontade de amar alguém?
Tenho saudades daquela sensação que invade o estômago de uma hora pra outro.
Muita saudades daqueles abraços de urso apaixonado.
E daquele beijo todo excitante. E que faz a pernas enfraquecerem.
Sinto falta daquele começo de namoro, onde os defeitos ainda são uma gracinha, e sempre há aquela vontade de estar sempre junto!

Começo de namoro é sempre tudo de bom!
Todos estão felizes. A vida é linda. O mundo é perfeito.
Tem aquela paixão que nos mata de tanta saudades uma simples ausência de duas horas.
Aquele exagero e aquela vontade de amar a toda hora!
Aquela felicidade e aquele olhar que irradia um brilho que só quem está amando possui!

É sempre alegria... até que tudo vira um inferno.
E ai, os defeitos se tornam tão enormes que não resta alternativa senão por fim ao romance.
E no final, sempre alguém sai magoado. Isso é fato.
Todo namoro, todo relacionamento caminha pra esse fim. É o seu fardo natural! É inevitavél, acabou-se!


E depois de um tempo curando a separação, começamos de novo a sentir falta daquele começo de namoro...
E aquele relacionamento que virou um pesadelo até que trás umas boas recordações e saudades.
Mas dura pouco, ou pelo menos, até um novo começo de namoro, onde tudo é tão belo!
Mas não se engane, ao final é sempre igual. Não existe o " felizes para sempre". Pelo contrario, a vida dos nossos amores é curta e infeliz. Só trás lembranças!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Nossa vida tem trilha sonora!

Parece coisa de novela, filme, ou seriado, mas na verdade a vida também tem trilha sonora.
Pense bem!
Com certeza se te perguntarem de uma musica que te marcou, definitivamente, você ira se lembrar daquela sensação e daquele episódio que vivenciou. E como num flashback tudo volta com muita intensidade!
Lembra da musica que marcou seu primeiro amor? Eu lembro! E toda vez que eu a escuto sinto aquela mesma sensação de friozinho na barriga!
A vezes fico com os olhos cheios de lágrimas quando, de uma hora pra outra escuto "aquela" musica. Parece que a vida faz mais sentido quando fazemos essas associações!

Pode parecer a coisa mais banal do mundo, mas nós nos identificamos com cada coisa, e fazemos cada associação, que parece mesmo que vivemos em um mundo de ficção.
E assim, como em uma novela, toda vez que toca aquela musica, você ira se lembrar do herói, da mocinha, do beijo, da tristeza, enfim, de todas aquelas emoções que afloram quando experimentamos tudo aquilo que nos fez ser o que somos!

Quem sabe, a vida não faça mais sentido com trilha sonora?
Quem sabe não seja necessário o auxilio de um maestro pra conseguirmos o compasso perfeito?!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Por que a vida precisa desses fracasados?

Algumas pessoa nasceram para o fracasso!
É verdade. É inqüestionável. É o contrapeso da balança, afinal, se alguém é o vencedor, deve ter um perdedor!
E é fácil de perceber quem eles são.
Embora se diga que a vida é aquilo que você deseja, que é reflexo das suas atitudes, blábláblá, fica fácil identificar os fracassados. E nada tem haver com a postura deles perante a vida, na verdade, parece que eles nasceram desgraçados mesmo!

Quando se anda pela rua, se você prestar atenção ao seu redor, vai poder perceber que sempre vai ter aquele com um olhar perdido, melancólico, desesperançoso. Esse ai, pode ter certeza, é o desgraçado da vez!
Tente acompanhar o andar dele e você verá.
Tem-se a impressão que os ombros encolheram. Que ele está sendo obrigado àquele caminhar. Que é forçoso continuar com essa brincadeira. Eles tem cara de fracasso mesmo. E nem pense que tem algo a ver com dinheiro.
Deve passar tanta coisa na cabeça desse infeliz. Que perguntas habitarão naquela mente!?

Por que alguns se dão tão bem? Por que alguns conseguem tudo tão fácil? Por que tudo dá errado? O que me falta acontecer agora?!

Não me venha com essa de "atitude". Algumas pessoas realmente nasceram apenas pra servirem de contrapeso. E é isso. Não adianta o que elas façam, nunca se tornarão o herói. Sempre serão o coadjuvante que abre as portas! Sempre o insignificante, o perdedor, o azarado!
Chame do que quiser, mas perceba, essas pessoas existem, e sempre serão os desgraçados que nos farão perceber que a nossa vida podia ser pior.
Na insignificância da sua existência elas continuam com os ombros arqueados tentando qualquer coisa que seja capaz de diminuir, atenuar essa tristeza que é viver como um perdedor!

De vez em quando eu me pergunto, por que colocaram eles nessa terra? Me pergunto se seria mesmo necessário ter um perdedor? Se tudo isso não seria apenas mais uma forma de entreter o grande diretor nesse mosaico sem sentido!?

Por que a vida precisa desses fracasados?