segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Ao coração é dificil enganar

Em época de festas sempre há pessoas felizes pela rua.
Mas as vezes, ou quase sempre, essa alegria é apenas superficial.
Essa alegria apenas mascara uma leve depressão. Uma tristeza eterna.
Entre um olhar e outro é fácil perceber uma certa melancolia, um resquício de tristeza, uma pontinha de lágrima.
No meio de tanta felicidade, tantos sorrisos é possível encontrar um olhar mais tímido carregado de tristeza. Uma tristeza que trás saudades, que trás dor!
Em época de festas doí mais aquela ausência de quem já se foi. Doí a distancia. Doí a separação!
Parece que em época de festa o sentimento da perda se duplica e sangra mais.
Talvez sintamos mais falta daquele sorriso nessas épocas. Talvez, realmente a ausência se faça mais dolorosa nesses momentos de festa.
Mas fingimos tão bem que essa dor fica escondida. Fingimos tão bem estarmos felizes que parece insignificante aquela dor.
A saudades sempre cresce nessa epoca! Aperta o peito. Mareja os olhos.
E não adianta sorrir, afinal, ao coração é difícil enganar. E sempre sentiremos saudades desses que já nos deixaram.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ano Novo, apenas uma mudança de folhinha!

Vai chegando o fim de ano e nós, os mortais, fazemos mil planos e promessas de mudança, de uma vida nova. Enchemos o peito de esperança e visualizamos um futuro menos ordinário. Invocamos aquela celebre frase: Ano que vem tudo será diferente!
E acreditamos!!!
Acreditamos piamente numa vida melhor. Em um país melhor. Acreditamos em pessoas melhores!
Falando sério como podemos nos encher de esperança apenas com a mudança de calendário?
Como podemos acreditar que as coisas fluirão melhor apenas por que algo chegou ao termino e algo se iniciou?
Francamente, como posso amanhecer diferente, inspirada, reavivada, apenas porque fui dormir no dia 31 de um ano e acordei no dia 1 de outro? É apenas a vida seguindo seu curso medíocre!
Nada de tão espetacular pode ocorrer em apenas 24 horas, de um dia ao outro, apenas porque mudamos o calendário.
Não trocamos de vida, nem de corpo, apenas mantemos uma falsa esperança para tentarmos sempre ter forças pra virar a folhinha do calendário.
Ano Novo, apenas uma mudança de folhinha!

Mas mesmo assim, uma pontinha de mim ainda planeja e acredita em uma vida e um futuro melhor. Uma pontinha ainda acredita em um país justo, e em pessoas melhores!
Às vezes eu até me deixo contagiar pela doença dos normais.
E por que não, acreditar que ano que vem tudo poderá ser diferente, melhor?!
Por que não me contagiar com essa doença chamada esperança?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Não tem como mudar esse amor

É inegável!

É imutável!

É eterno!

Por mais que eu negue. Por mais que tente. Por mais que eu implore e peça. Percebi que é impossível! É inevitável! Irremediável!

Realmente, não há possibilidade. Não há o que se possa fazer pra alterar essa verdade.

Eu te amo.

E não tem como mudar esse amor.

Te amo! E isso é verdade! Meu único dogma!

E te amar me faz apenas sofrer.

Sofro todas as dores de quem é desprezado, esquecido, trocado. Sofro com o descaso e a indiferença. Sofro com a ausência!

Perceba! Tentei. Fiz de tudo o que estava ao meu alcance, mas foi impossível superar um amor tão grande.

E por isso sofro todas as dores de quem ama e não tem o ser amado. Me restando apenas sonhar. Imaginar você ao meu lado.

Passo os dias fingindo que não sinto tanto essa ausência! Fingindo que não me importo.

Só posso fingir que tudo isso não é dor!

Só posso fingir que tudo passou e que tudo mudou. Que eu mudei e deixei de te amar.

Só posso fingir que não me importo. Que não ligo.

Mas minhas tentativas são sempre infrutíferas. E nesse momento de seguir a diante sou atropelada por seu nome.

É melhor nem tentar. É melhor abraçar a única verdade. Que eu te amo e não tem como mudar esse amor.

Não tem como apagar ou esquecer essa estória!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Amar é um verdadeiro delírio

Quase nunca consigo entender esse lance que é o AMOR.

Sei que é difícil descrevê-lo. Az vezes dói sentido-lo. E mesmo doloroso sempre desejamos te-lo.

Mas o que mais me intriga é o exato momento que deixamos de amar alguém.

Isso é fato. A única constante de uma relação afetiva é o momento em que tudo chega ao fim. Nunca existe o "viveram felizes para sempre". Ao final alguém sempre será abandonado e magoado.

Não importa se amigo, amante ou parente, mas em algum momento, nosso sentimento muda e do amor vamos ao ódio.

É essa situação que eu queria poder precisar com exatidão. Dia, hora, mês e ano. Aquele marco que nos faz dizer: eu não amo mais você.

De uma hora a outra deixamos de nos preocupar com aquele ser e colocamos um substituto em seu lugar. O titular vai pro banco e escalamos um novo personagem até o termino das ações dessa nossa personagem.

Dificilmente uma relação chega ao fim do dia pra noite, sei disso. Porem, mesmo sabendo que o sentimento vai sendo minado diariamente até chegar ao fatídico, há um exato instante que começa a reviravolta. Aquele momentinho onde os defeitinhos são transformados em defeitoes. E é isso que eu queria poder evitar, transformar. Afinal quando isso começa a ocorrer o abismo já se aproxima

Será que nada pode ser feito se soubermos o momento em que isso começa a ocorrer?

Será que somos tão cínicos e dissimulados ao ponto de tornar totalmente relevante uma coisinha mínima em um relacionamento... ?

É esse pensamento de coisinha mínima que nos calou em determinada ocasião que poderia fazer toda a diferença, e que trás apenas tristeza porque deixamos de ser honesto.

Será que ao invés de dar importância a picuinhas e se tivéssemos realmente agido com honestidade teríamos evitado o suicídio desse sentimento?

Amar é andar na montanha russa. É sentir a cegueira domar nossa consciência e assumir a rédea da nossa malfadada relação.

Matamos nosso romance. Plantamos aquele ódio e tensão entre duas pessoas que em outro tempo sintonizavam com maestria.

Tudo isso porque o amor é completamente instável e inconstante.

Amar é um verdadeiro delírio, uma embriagues que transforma uma alegria na maior ressaca!


 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Beleza é fundamental


Sempre me disseram que é mais importante ter conteúdo do que beleza. E houve uma época em que acreditei nessa maldita "verdade".

Acredito que me disseram isso apenas pra atenuar o fato de eu não me assemelhar em nada com as modelos das revistas. Como uma forma ou uma medida compensatória da minha pouca beleza.

Sem preconceito ou estereótipos, nem toda bela é burra, e nem toda feia é esperta. Mas parece que vale mais ser bela e burra do que ser "aquilo", como eles dizem, de quem não possui os atributos físicos de Bonitona.

Meu conteúdo intelectual não é o dos excepcionais. Pertenço aquela media que não passa vergonha, mas que não se destaca no âmbito da genialidade. Posso não ser um gênio, mas também não tenho muito do que reclamar.

E conhecendo o mundo que conheço hoje, penso se vale mesmo a pena ser mais inteligente do que bela.

Ponderei alguns pros e contras. O que pesa mais, se a beleza ou a inteligência? E Cheguei à conclusão de que beleza é fundamental. Sem ela, pobres mortais como eu, vivem a chorar o descaso de um amor não correspondido, a falta de atenção e tantos coisas mais...

Claro que chego a tal conclusão em consonância com os acontecimentos da minha vida. Acabei de sofrer uma daquelas injustiças onde uma bonitinha se sobressaiu apenas por ser mais bela do que eu. Em beleza sim, mas em conteúdo eu era bem melhor. Mas isso não adiantou em nada.

Fui preterida por alguém que apenas era melhor a mim em beleza... Isso dói, afinal, não consigo melhorar essa característica minha.

Lembro-me da frase de uma amiga minha que foi trocada por uma gostosona burra, e num desabafo me disse:

- É melhor ter dois peitões do que dois mestrados e sábados solitários!

Hoje eu entendi muito bem a frustração e a raiva que ela sentiu na ocasião.

Beleza sim é fundamental!

Ainda bem que o que lhe parece feio, belo também pode ser. Nessa vida tudo é tão relativo que ainda posso ter salvação.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Quando chegar a noite me empresta seu corpo

Quando chega a noite.... só vejo seu corpo. Só sinto seu cheiro. Só desejo sua boca.

Quando chega a noite e vejo que você não está aqui desejo que o tempo volte e a vida me faça encontra-lo mais uma vez, para assim, sanar a falta da sua boca. Do seu corpo. Da sua pele.

Quando chega a noite fico pensando naquela época em que eu te abraçava, fungava no seu pescoço e dormia nas sua mãos. Naquela época que todo meu desejo era realizado.

Me dá um calafrio só de lembrar de quando você me abraçava e enroscava sua boca no meu pescoço.

Não poder dar vazão a tudo o que sinto, a esse desejo que tenho do seu corpo, fico com uma melancolia provisória. A tristeza preenche minhas horas e eu imploro que você empreste seu corpo. Imagino o que me fez chegar a esse ponto de apenas sentir saudades

Quando chega a noite me pergunto se ainda terei tempo de senti-lo só mais um pouquinho. Só mais um pouquinho pra deixar definitivamente marcado na minha lembrança o que era o prazer de te-lo só pra mim.

Quando chegar a noite você deveria me empresta seu corpo! Se doar um pouquinho e esquecer dos nossos erros passado.

Quando chegar a noite deveríamos nos amar. E amar. Até que não seja mais possível aquela dor da ausência se fazer presente.



É quando chega a noite que eu sinto mais a sua falta. Sinto a ausência do amor.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Que ele seja mais do que um amigo, uma transa e um adjetivo

Acredito que temos um único e grande amor!
Pelo menos comigo é assim: uma vida, um amor!
Essa minha paixão é eterna e invencível. É fato notório!
Só amo a ele e ponto.
E mesmo com minhas fracassadas tentativas te tentar esquecer essa antiga paixão e seguir em frente cheguei a conclusão de que é impossível. E portanto, sigo amando apenas a ele, mas aberta a diversas possibilidades. Afinal quem casou foi ele e não eu. Quem enterrou nossa historia foi ele, então, eu sigo a procura de qualquer coisa que me faça sentir algo novamente.

Desejo a muitos.
Fantasio com muitos.
E até já tentei engrenar um novo romance. Mas como você pode imaginar, sempre chego ao mesmo ponto, ou seja, minha máxima expressão: uma vida, um amor!
E fico com aquela impressão de infelicidade eterna.

Só que hoje, diferentemente dos outros dias, acreditei na esperança!
Reencontrei um antigo amigo. Uma delicia de rapaz e que no passado povoou meus sonhos.
Estava triste e com saudades do Brasil e dos amigo, e por sorte minha, fui uma das primeiras pessoas que ele reencontrou.
E assim entre um olhar e um abraço, surgiu aquela famosa: vamos fazer algo; vamos combinar de sair, colocar a conversa em dia... E então pra minha surpresa veio a proposta:
-Por que não fazemos algo hoje mais a noite?
Eu que não sou boba e preciso afogar minhas magoas, topei. E não me arrependo!

Não ocorreu nenhum fato sexual. Apenas dois amigos aproveitando uma noite de Dezembro calorosa. Apenas isso.
Mas durante nossa conversa me lembrei o porque ele me fascinava!
Ele tem um lance de olhar nos olhos que parece que te traga todinha e faz parecer que você é a única que existe. Uma atenção! Um homem delicioso.
E pra melhorar uma conversa interessante e prazerosa.

Se dependesse dessa noite poderia até dizer que estou apaixonada. Porém fico apenas com o adjetivo encantada, maravilhada.

Ele é fantástico. Me tira do serio e me faz perder as palavras.
A atenção que ele me dispensa me deixa excitada! E encabulada!
Se eu tivesse coragem, rasgaria toda aquela roupa e pedia que me dominasse.
Pediria sua boca, seu corpo, e por que não, sua alma.

Não seria amor, mas já seria um passo significativo pra deixar o passado de lado. Uma tentativa de mudança. Uma nova esperança pra invadir meu coração.
Gostaria que ele fosse o responsável de me trazer de volta a vida.

Enfim, espero realmente que ele seja mais do que um amigo, uma transa e um adjetivo. Que ele seja minha esperança de vida!

Essa será sua vida!

Me pergunto o quanto uma pessoa pode se fuder nessa vida!

A impressão que tenho é a de que enquanto alguns conseguem tudo na maior facilidade, outras têm que penar e ralar muito pra pegar um naco daquilo que lhe deveria pertencer.

Sabendo da existência desses dois tipos de pessoas me vem à mente a seguinte situação: um completa o outro, como se fossem uma medida compensatória pra manter o equilíbrio, a ordem! Enfim, qualquer coisa nesse sentido. É compreensível que se há um vencedor, conseqüentemente deverão existir os perdedores. Mas a minha duvida é: quem os escolhe? Qual o parâmetro utilizado pra dizer esse será o fudido da vez?

Nunca consegui encontrar uma resposta convincente e plausível.

A única coisa que sei é que tem gente que mais parece que nasceu no dia errado, melhor, parece que é tudo errado. Que a vida está errada!

Tenho a impressão que pertenço a esse grupo dos fudido. Sabe aquelas pessoa que tentam e tentam, mas não conseguem nem ao menos sair do lugar. Enfim, esse é o resumo do que sou!

Sempre que parece que minha sorte vai chegar, ou que terei aquela quinada na vida, vem àquela maré de azar... E nunca passa!

Podem até dizerem que essa ausência de sucesso e excesso de fracasso está intimamente relacionada à minha postura. Discordo plenamente. Afinal foi a própria vida que me conduziu a isso! Sou simplesmente uma conseqüência dos fracassos da minha existência!

Veja bem! Antes de ter esse pessimismo e personalidade tão ao gosto de Murphy as coisas já desandavam pra mim, e essa minha alegria de encarar a vida só surgiu em conseqüência dos fatos e acontecimentos que me trouxeram até aqui!

Posso dizer que fui barrada na porta do sucesso e fortuna! Parece que quando vim ao mundo me disseram:

- Viva mais ou menos! Não seja muito. Não espere muito. Não tente muito. Não acredite muito e não torça muito... Porque o que tiver de ruim pra acontecer será com você! E nem tente mudar. É esse o personagem que lhe pertence! Seja isso e se resigne, sua azarada! Essa será sua vida!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Se eu fosse poeta!

Se eu fosse poeta usaria seu nome para definir o amor.

Usaria nossa historia para construir o nosso Idílio De Amor!

Transformaria minhas lagrimas e tristezas em poesia, em melodia, em arte.

Saberia encontrar as palavras perfeitas que dimensionassem e qualificassem todo meu sentimento por você.

Conseguiria construir versos que tocassem sue coração. Que te marcassem que te fizesse compreender o que é essa grandeza..., esse meu amor!

Com palavras belas te faria entender o que é isso que trago pulsando dentro do meu peito.

Conseguiria suspirar frases que fizessem te arrepiar de emoção, alegria e excitação.

Se eu fosse poeta saberia explicar melhor toda a minha emoção. Saberia e encontraria a maneira perfeita de narrar toda minha adoração, minha fixação, minha obsessão por seu corpo, sua pele, sua boca.

Cantaria seu sorriso em versos. E assim alegraria meus dias, minhas horas.

Se eu soubesse usar as palavras...

Se eu pudesse encontrar uma maneira que te fizesse me notar. Que te fizesse ver que sem você eu não respiro, eu não vivo.

Se eu fosse poeta Eternizaria toda minha paixão.

Publicaria todo esse meu sentimento que você insiste em não reconhecer e tão friamente despreza. Escancararia ao mundo essa minha adoração, gritaria minha poesia ao mundo.

Quem sabe se eu fosse poeta essa sua frieza fosse transformada em emoção. Quem sabe se eu fosse poeta você não veria que esse nosso amor deve ser cantado, suspirado... Vivido.

Se eu fosse poeta, ao menos os meus desejos e sentimentos serviriam pra tocar algum coração, mesmo que não seja o seu, mas alguém que então, descobriria todo esse meu amor!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Só eu sei a dor que carrego no coração

Não me venha dizer que faço drama, que sou exagerada, que faço tempestade em copo d’água!
Chega de dizer como devo me portar e agir, afinal só eu sei a dor que eu carrego no coração!
Falar da atitude e sentimentos dos outros é fácil. Difícil mesmo é carregar o mesmo fardo e se manter em pé.

Chega de criticas, chegou a hora de abrir a boca e gritar:
- Cuida do seu que eu cuido do meu!

Se você pensar bem, todo mundo está disposta a julgar o outro, a punir o outro, a criticar o outro, sem ao menos saber toda a historia e toda a lágrima que aquele pobre coitado já derrubou.
Carregar tristezas no coração é fácil, difícil é ter que manter tudo em silencio e agüentar toda a falação alheia

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Desaparecer

É impressionante como de uma hora pra outra tudo pode mudar, tudo pode acabar!
De repente, em apenas um instante tudo fica escuro. Tudo chega ao fim!
Um tremor. Um medo. Questionamentos. E um nada eterno. É ela que vem vindo... Ela que vem chegando. Falta respiração! E em minutos tudo volta a suas formas. A vida ressurge. Reapareço!
Foi só um susto. Uma previa do dia que ainda virá. Mas o ensaio traz pensamentos que nos faz perceber como é fácil desaparecer!
A única mudança independente de nossa vontade. A única certeza. O único momento que nos faz querer reviver tudo de novo, que nos faz desejar mais e mais.
Será que alguém notaria, notara?
Talvez essa ausência de socialização seja apenas uma forma de atenuar a insignificância que represento.
Ninguém sabe! Ninguém viu!
Ninguém nunca verá? Afinal, é muito fácil desaparecer. Sumir. Se esvair. E ninguém nota ninguém sente sua falta. E todo aquele trabalho de se fazer notar chega ao fim. Um fracasso de audiência se conclui.
Se ninguém percebe, será que faz diferença sumir ou existir?
É muito mais fácil não ser nada do que ficar com medo da escuridão que se aproximará! Medo da ausência!
Falta pouco pra eu desaparecer?
Faltará publico? Ou apenas quorum necessário?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Comparações

Às vezes tenho uma saudade gigante das conversas que eu tinha com meus amigos da adolescência.
Saudade daquelas que chega a doer no peito, mas que fazem nascer nos lábios aquele sorriso verdadeiro.
Nossas conversas não tinham nada de extraordinário, nada de intelectual, pelo contrario, nossos assuntos eram dos mais banais e triviais o possível, nem por isso deixavam de ser interessantíssimos.
Naquela época a única pessoa que eu queria impressionar era meu amor. Meus amigos não precisavam ser impressionados, afinal, para eles bastava a nossa amizade verdadeira. Não importava o que pensariam ou se me julgariam pelas minhas idéias.
Com o tempo, tudo isso foi mudando. E aquela facilidade de nos expor foi alterada por uma barreira intelectual com medo de ser exposta a julgamento.
Quando eu e meu melhor amigo estávamos sozinhos, nasciam grandes historias, narrativa e fatos filosóficos. Era extremamente prazerosa nossa troca de vivencias e experiências.
Lembro que naquela época o que mais importava era realmente o lance de amizade. Esse afeto inexplicável e que defendíamos com grande afinco. Nossos amigos eram únicos e importantes. O lema sempre foi tudo por um amigo.
Essa memória me causa uma nostalgia melancólica. Quando comparo o antes e o hoje fico com um medo terrível do que possa vir...
Quanto vale uma amizade? É nisso que penso quando faço essas comparações.
Sei que com o tempo, alem de adquirir mais conhecimento e experiência, mudei o ritmo das conversas . E me pergunto o porquê disso ocorrer.
Será que foi mesmo necessária essa maturidade em detrimento da idealização?
Fico com a impressão de que aquela eloqüência juvenil se ofuscou e o raciocínio enrijeceu com a vida. Que a idade alem da sabedoria trouxe a arrogância, abandonando aquela ânsia em defesa pela liberdade, ideais, e pela vida que sonhávamos.
As transformações do tempo fizeram que todas aquelas experiências liberais se transformassem em regras e mais regras. Resultando num marasmo e obediência no relógio.
Daquele debate eloqüente e apaixonado pela vida surgiu a palavra moralista e a imposição de um caminho que deve ser trilhado.
São em momentos dessas recordações da minha adolescência e das minhas antigas amizades que me fazem questionar sobre a vida e o rumo que ela segue. São essas comparações entre o passado e o presente, entre o adorável e o detestável, que me fazem ver que, não importa qual o tempo, não importa qual a vida, não importa qual a pessoa, sempre deixamos e deixaremos morrer o mais sincero e o melhor de nós mesmos. É inevitável, rumamos a um abismo de mentiras e velhos sonhos.
E tudo isso porque devemos completar um ciclo chamado vida! Será que deve ser assim mesmo?

Sua boca

É na sua boca que me perco.

Nela esqueço do tempo, das pessoas, das tristezas, das dores, da vida.

Dela retiro meu ar. Alimento minha alma e ilumino meu caminho.

Saiba que você é responsável pela minha vida. É da sua boca que retiro o suspiro que me mantém viva. Sabia que por sua culpa eu existo.

Quando sinto os lábios sei que o mundo está girando e que tudo está funcionando como deveria.

É na sua boca que encontro conforto. Solidariedade. E amizade.

Em momentos de tristeza e lágrimas é sua boca que ampara meus sofrimento. É ela quem me reconforta.

Quando encontro sua boca, sinto seu cheiro, toco seus lábios, sei que sou feliz. Sei que a vida é como deveria ser. Simplesmente porque encontro sua boca.

Sei que existo apenas para apreciar e adorar sua boca.

Não perca a vida, empreste-me sua boca. Fazendo-me assim, repleta de alegria!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Minha vida surreal

Quando reflito sobre minha vida tenho a sensação de que estou em um transe.
Tenho a impressão de que a qualquer momento irei acordar desse sonho. Dessa vida bizarra, desse mundinho que é mais do que surreal.
Pode parecer loucura da minha parte, mas em determinados momentos tenho certeza de que estou sonhando, de que o que está ocorrendo não passa de um reflexo e não uma realidade.
Fico com aquela sensação de quem quer tocar algo, mas esse algo é impalpavel, como se fosse uma nuvem, ou um arco íris... aquela sensação de que quanto mais nos aproximamos mais longe estamos.
Piração é pouco. Mas é verdade.
Não bebo, não cheiro e não fumo, mas vivo essa realidade mais do que paralela.
Minha vida é tão desconexa que outra sensação não combinaria melhor com ela.
Que viva meu mundo lúdico!

Mas talvez tudo isso seja explicado pelas minhas atitudes. Sabe o complexo de Peter Pan, pois então, quem sabe eu não tenho algo parecido, algo que me faça sentir como se caminhasse fora do corpo, como forma de compensar minha insatisfação e monotonia pela vida.
São minha medidas compensatorias que fazem minha vida surreal!

Dores de adeus

O coração pesa.

É inevitável segurar o choro.

O olhar se perde e se molha. Fixa-se em um ponto. O foco vai embassando, e por mais que se tente, fica difícil conter as lágrimas.

Elas regam nosso olhar e demonstram toda nossa dor.

A cabeça lateja, parecendo que vai explodir. Uma dor inconfundível!

Nasce com o pranto e o desespero. Aquela dor é uma dor que sintetiza toda angustia.



São sensações inconfundíveis e difíceis de narrar. Mas quando alguém que amamos deixa a vida, deixa de nos acompanhar nessa jornada, não resta senão nosso desespero de dizer adeus.

Nossa única certeza é que encontraremos conforto nas lembranças, mas certamente por um tempo as lembranças apenas trarão angustia e aquela pergunta: por que?

Por que nossos amigos, nossos amores têem que morrer?
Por que tanta coisa que é boa chega ao fim?
Por que tudo tem sempre o mesmo fim?
Por que tantas dores? Por que tantos adeus?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ele não nos ama mais

Mulher desgostosa quando bebe é sinonimo de burrada! Piora se acrescentar que toda mulher tem um celular sempre em mãos!
Ai sim, uma combinação fatal: álcool, interatividade, e dor de cotovelo.
Se nossa personalidade já nos identifica como boas falantes, alcoolizada então passamos a tecer um monologo inconclusivo e doloroso.
Um desabafo pra qualquer desconhecido que nos olhem, mesmo que rapidamente.
Queremos contar a todos nossa tristeza. Queremos que o mundo saiba o quanto doí uma desilusão.
Queremos que nosso pranto seja ecoado a todo canto... quem sabe ele escute? Quem sabe ele me resgate?
Concluímos sempre nossa bebedeira em lágrimas. E em um telefonema que só nos causa mais dor.
Queremos ouvir a voz dele, mas ele já não nos trata com o mesmo afeto e carinho como antigamente. E assim, com o desequilíbrio de uma mente ébria, descobrimos...
Apesar do estado alcoólico ainda temos aquela percepção, notamos a diferença de um tom de voz, que simplesmente significa: não te amo mais!
Agora, a lágrima é justificada. A dor é uma realidade!
Ele não nos ama mais!