terça-feira, 24 de junho de 2008

Se você soubesse, teria respeito

Se eu não soubesse te ler até diria que era excesso de verdade. Mas como teu passar de mão no cabelo por traz da orelha sempre denunciou, eu já sabia, era nervoso. Uma tentativa de disfarce?
O que queria esconder? Qual verdade era tão terrível?

Inexplicavelmente você desejava que eu acreditasse. Por quê? Por que a necessidade em crer naquelas palavras expulsas da sua boca? O que era ocultado?

Eu sei que você corria atrás de um equilíbrio, de uma calmaria que silenciasse minha desconfiança e temor, mas eu sempre soube te ler. E esse foi o fim. O meu saber sinônimo de fim. Como eu queria não te conhecer, assim, tão bem.
Eu sabia que aquela falsa proteção que me vendia iria me ferir.
Eu sei como te ler!E se você soubesse que em cada gesto uma letra me dava a sua historia... Se você soubesse que sempre te vi e nesse ver eu aprendi o que o seu silencio escrevia. Se você soubesse... Não tentaria me vender àquela mentira, não tentaria camuflar aquela verdade. Teria respeito!
Você apenas disse “Nada aconteceu”, mas o teu gesto cantou no meu ouvido “
Eu sinto muito, mas aconteceu”.

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