quinta-feira, 28 de agosto de 2008

É a verdade que doi.

Releu os gestos. Parou no olhar. E aguardou que a certeza fosse declarada. Enquanto esperava a frase ser concluída implorou por um milagre! E foi atendida. 
Ele preferiu ocultar a verdade não contando onde estava a noite passada entregando-lhe uma desculpa qualquer. Ela fingiu acreditar.
A mentira, no caso reconforta, enquanto a verdade dilaceraria aquele coração. Assim, aquele falsete foi o melhor calmante aos seus nervos.
Fingimento e ocultação da verdade são apenas atenuantes, são exigências para a sanidade mental de um coração apaixonado, são medidas compensatórias quando a verdade dói mais.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Épocas

A época do orgulho já acabou. 
Agora, vivo no tempo da barganha! E você, no período das amenidades.
Geralmente intercalamos nossas épocas e vontades, mas esse ano, impreciona-me o equilibrio que experimentamos, a calmaria. 
Suspeito de tempos tranqüilos. Talvez  tanta animosidade seja sinal de tempestade!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Você

Você, que ressurgiu e me surpreendeu com sua presença.
Você, dono daquele sorriso belo e olhos amendoados encantadores. Que com olhar moleque me derrubava perante seus desejos diários. Que com aquele sorriso aberto de lado, o levantar da sobrancelha,  o adorável e delicado passar de mãos nas minha pernas, me roubavam o ar fazendo de mim sua vassala. 
Você, que retorna após anos de sumiço. Me assustando. Me fazendo queimar de novo. 
Você,  que me faz esconder a nossa atual pouca intimidade entre palavras que conhecíamos em outros anos. Você, que é mestre no desejo, me faz guardar minha autoridade rancorosa e vestir meu casaco dócil e esperançoso, enquanto espero o encontro.
Você e sua boca contornada pela barba negra, seu olhar perdido, e aquele sorriso entreaberto, voltaram do passado apenas para me presentear com o melhor bom dia da minha vida.
Mas, você, que traz esse passado tão excitante implicitamente traz a constatação do obvio: o tempo é intransigente demais!
Nunca imaginei que fosse te ver barbado e de olhos cansados...sucumbimos ao tempo e seus efeitos.
Nunca imaginei que depois de tanto transcorrer, seu canto ainda me inebriaria, minha ansiedade pelo olhar ainda teria vez, e que meus dedos saberiam que caminho seguir na sua pele.
Você, ainda é você! Com ou sem tempo, me faço novamente sua vassala.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Tentei, mas cedi

Tentei. Tentei. E tentei. Mas não deu.
Perdi horários e prazos. Deixei de entregar relatórios. 
Culpa minha. Culpa dessa maldita otite combinada com a enxaqueca. Casaram-se e fizeram festa de 7 dias e 7 noites no salão dos meus pensamentos.
Tentei. Mas sucumbi a esse novo casal que habitava minha cabeça. Entreguei aquele espaço para que se divertissem, enquanto eu procurava decifrar palavras que iam e vinham nos meus adorados livros. O barulho abafado era tanto, que não restou alternativa. Parei! Três dias na escuridão,  obrigações postas de lado. E remedinhos tornaram-se meus heróis e amantes noturnos.
Resultado final: a semana vai ser longa, apenas com pequenos intervalos para umas horinhas de soneca, e grandes torcidas para que o casal fique bem longe, curtindo sua lua de mel em outro espaço mental! Enquanto eu limpo a sujeira deixada pela festa.

sábado, 23 de agosto de 2008

Estamos quebrados

Não me venda mais um conto!
Deixe de promessas. Deixe de enrolação. Deixe as tentativas de amortecer a queda. Deixe de artifícios e idéias mirabolantes. Nada disso resolve.
Eu sei o que vejo. Eu sei o que sinto. E eu sei o que maqueiam.
Vamos encarar a realidade: está quebrado, e pronto! 
Sim, Infelizmente, estamos quebrados. Apresentamos um vicio de mal funcionamento há anos, e agora, o rendimento está comprometido. 
O conselho técnico foi jogar fora.
É mais eficiente do que remendar e deixar parado no nosso altar.   
Substituir o produto seria o mais aconselhável, afinal funcionar pela metade não é suficiente para nós.

Como um cinema mudo

Tudo que precisamos é fazer da nossa vida um cinema mudo. 
Esquece dos diálogos. Esquece do clichês. 
Apenas escute a musica de fundo. Apenas interprete os gestos. 
De importância para o olhar.  
Não terá entrelinhas que nos confunda. Aquela fala incompatível com o sentir não terá oportunidade. Será aquilo e apenas aquilo. Sem interpretações dúbias. Só aquela delicadeza pura. 
Uma historia romântica sem personagens complexos. Apenas dois amantes em um fundo preto e branco. Dois desistentes das tensões humanas.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Perguntar ou não perguntar?


Perguntar ou não perguntar?
Deixar a duvida instaurada, ou receber a magoa numa pontada só?
Será que questiono? 
Ou fico só no como vai?
Deve me intrometer e tentar participar da vida, mesmo sabendo, mesmo temendo respostas que trarão a tona o pior sentimento? 
Ou devo me manter nessa ignorância segura?
Mas a ignorância não será a minha queda? 
Sem saber, eu sinto esperança. E na esperança, eu acredito na volta. Mas assim não estarei desistindo de possíveis alternativas, de novos amores?
Melhor perguntar. Melhor tirar o band-aid de uma única vez.
Melhor transformar o frio na barriga em certeza, do que manter a duvida e atrasar a vida.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Mãos dadas


Gosto daquela sensação de mãos entrelaçadas. Os dedos se abraçando, a palma se unindo, o bale acontecendo.
Daquela nossa época, me lembro da sensação das nossas mãos. Sua pele quente derretendo o gelo da minha ansiedade. Sua confiança me conduzindo. Meu afeto. Seu carinho. Minha entrega. Sua proteção.
Um gestual tão simples, comum de casais apaixonados, mas que me fazia o coração pular.
Adorável. Meu maravihamento em andar de mãos dadas e tantos significados...
De mãos dadas, eu e você, assumíamos o amor, enfrentávamos o mundo, e existíamos naquela união como apenas um. Um casal apaixonado. Que vivia sempre de mãos dadas.
Era bom viver apaixonada.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

É amor ou amizade.

Como conviver com a amizade se até ontem o que habitava ali era amor?
Impossível transformar o sentimento mais humano, o egoismo, em simples afeto! A nobreza de sentimentos some diante da dor de cotovelo, da rejeição, da paixão não correspondida.
É o tudo, ou o nada. É o amor, ou a amizade. É a aposta condicionada naquilo que oferecerá menos dor.
Não posso ser amiga e continuar te amando. O conhecimento da tua vida fere meu coração quando sou apenas mais uma amizade. 
Longe dos olhos sempre doí menos no coração. Por isso, nem amiga, nem namorada, apenas lembrança.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Quando a furia se libertar


Minha pele está derretendo. É muito calor. É muito fogo. É muito suor. É doença domesticada.
Queimo. 
Os olhos, a boca, o ouvido, o corpo, a mente.Tudo arde.
É dor. É impaciência. 
Me seguro. Me adestro.
Até quando o outro que reside meu espaço mental resistira a mordaça? Me fazendo tremer de frio, me fazendo arder em fúria? Me fazendo ocultar minha melhor parte? 
Até quando essa doença vencerá a vontade do grito de basta? A liberdade sem maquiagem?
Essa moléstia que me prende na corda bamba da vida tem vencido na maioria das vezes, mas o que passará quando a fúria se libertar? O que fazer quando aquele outro ser que me habita vier a tona e não mais se calar? 
Será tão mal deixa-lo exposto fora da jaula? 
Será que partirei para novo exílio ou domesticarei novos desejos?

domingo, 17 de agosto de 2008

Poemas e flores

Deitados na cama brincavam com as mãos no ar. Coreografavam a paixão nos gestos. Encaravam os olhos. Sorriam. A menina não agüentou aqueles olhos negros e se atirou na boca dele. Após o beijo, quebrou o silencio de vozes.
- Por que nunca me deu flores?
- Prefiro te dar poemas! Eles não murcham. Mas se prefere flores, segunda te envio rosas.

sábado, 16 de agosto de 2008

O que me desabona

O que me desabona a teu olhos?
A ausência de dedicação intensiva. 
Sinto pela sua tristeza, porem, não forneço exclusividade de repente a qualquer um! Demanda tempo, e muito.
Meu afeto e apreço vêem diluídos nas gotas do tempo. Portanto, não queira apressar o relógio. Apenas deixe a vida acontecer.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Coitado do palhaço

Meu medo de palhaço supera o bom senso. Deve existir qualquer explicação de divã que ponha fim nesse panico insano, mas até agora não a busquei. 
Chega a ser patético!
A gargalhada que recebo quando confesso esse meu temor vem sempre acompanhada de um: SÉRIO? Mas por quê? 
Não tenho respostas, apenas desculpas, que oferece com acanhamento infantil.
E quando racionalizo, nada mais obvio do que ter medo de tal criatura, afinal, pintar a face e esconder o olhar e a tristeza numa bocona vermelha de riso só pode gerar nos demais seres pavor, não é mesmo?
.......
Acho que entendi, não é de palhaço que tenho medo, deve ser de pessoas! 
Coitado do palhaço!  Só queria me dar o riso, mas me dá o medo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ninguem viu

Ele pegou o telefone, criou coragem e ligou. Mal deixou ela dizer alô e ordenou que ficasse em casa que ele passaria lá para conversar, o assunto era urgente e importante.
Ela como boa obediente o aguardou sentada. Dez minutos e nada. Vinte minutos e nada. Trinta minutos e nada. Curiosa. Ansiosa. Será que agora reatariam? Imaginava. Ou pior, será que ele descobriu? Impossível ter descoberto! Ninguem viu.
Ansiosa. Nervosa. Aflita. Se tanta urgência, por que a demora?
Não esperaria mais. Ligou.
-Perdeu o caminho da minha casa?
-Que nada, dona brava, acabei de encontrar o Dinho, e viemos tomar uma cerveja. Amanhã conversamos, o assunto,não é assim, tão importante.
Desligou o telefone com a certeza que não reatariam. Agora ele descobriria a verdade. Ninguem viu, mas o Dinho era o cara.

"Pra que"

Por esse dias sofro de síndrome do "pra que".
Pra que estudar, pra que me preocupar, pra que me dedicar, pra que, pra que, pra que... continuar.
É, eu sei, o "pra que" incomoda! Mas a síndrome logo passa, basta eu remover o objeto que me deprecia e tudo volta quase que para normal: minha vida louca!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Enquanto ele tentava criar frases que consertassem aquele ataque verbal da mãe, os convidados riam-se.
Corava de desespero, tremia de vergonha. Entre a duvida do que fazer, como portar-se, o que falar, e a indignação daquelas palavras maternas, preferiu soltar um vá à merda e ir embora. Abandonou a mãe, satisfeita com a vitoria; os convidados, refestelados com a humilhação.
Correu até o quarto, enfiou a mão debaixo do travesseiro, encontrou o punhal, e foi fazer tocai no quarto da mãe. Esperou até a madrugada quando os roncos eram os únicos sons da casa, e enfio-lhe a lamina no peito. Adormeceu vendo o sangue escorrer no tapete e deu-se por vingado.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Não tolero. Não desejo sentir

Parei de me importar. Esqueci o momento exato em que isso ocorreu. Mas parei. Pensar nos porquês, nos poréns, nos problemas, pensar nos outros, nas palavras, nas magoas... não importa. Nada mais significam. Já passei do ponto. Já vivo a desistência. Já cremei a historia. Já engoli a dor. Enterrei a fé.
Tantos e tantos desapontamentos que o nascimento da barreira protetora foi inevitável. Esse escudo é o amparo baseado na descrença. É assim que sobrevivo aos heróis que se tornaram pessoas quebradas, aos seres descompassados e insanos, aos humanos errados, aos escrúpulos deturpados, as palavras afetadas de ódio.
Não tolero. Não desejo sentir. Apenas desisti. Aderi à barreira e sigo assim. Indolor. Gélida.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Aquelas palavras dele

Foi ele quem ensinou a lição que trago até hoje. Aquelas palavras nunca conseguirei esquecê-las. Tão jovem, apenas 15 anos, mas já tão maduro. A mãe era uma bruxa. Mas ele, ele era perfeito. A sabedoria. O meu amigo. O meu amor. Aquele que me trazia conforto depois da merda da tortura emocional.
E foi ele quem me disse àquelas palavras que hoje soam tão brutais e reais. Demasiadamente verdadeiras. Três frases que juntas nem sentido possuem. No entanto, naquele contexto, naquela época, após aquela desconfiança, completo sentido fez. São frases que ditas por aquela boca transformou dor narrada em interpretação de texto.
Me analisou e diagnosticou: loucura imposta. Me deu o prognostico: mandem-nos a merda!
-Mesmo que morram de inveja da sua vida, você nunca conseguira corresponder à expectativa. Eles podem querer viver a sua vida, mas você será sempre um nada incompetente naqueles olhares. É isso que eles querem e é só isso que eles são capazes, destruir.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Agenda Alternativa

Numa sexta-feira chuvosa e gelada ela preferia ficar em casa, na cama, assistindo ele.
Ele, no entanto, preferia encarar o temporal e respirar a mistura dos perfumes da noite regados a embriagues.
Duas vontades diferentes. Dois sujeitos frustrados com uma agenda alternativa. Encontrariam o casal de amigos. Fingindo que eram perfeitos, durante umas horas de degustação culinária, alcoólica, e mentiras alternativas, venderiam aquele sentimento barato.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

É mais seguro

Mesmo que contratássemos os melhores engenheiros, projetistas, arquitetos, empreiteiros, jamais conseguiremos transpor esse abismo mental que se instalou entre nós. Eu não mudarei, e você muito menos. Portanto, vamos permitir que o buraco se alargue sempre. É melhor! É mais seguro que qualquer lobotomia.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A honestidade dele

Ele: Nunca fui feliz ao seu lado.
Ela: Nossa, insensível. Pelo menos mentisse. Seria melhor...
Ele: Mentiria, mas não foi você quem exigiu a verdade? Pois então, nunca fui feliz ao seu lado. Nunca não. Acho muito rígido, o uso do nunca, então, talvez por uns cinco minutos, você me fez feliz. Só que essa felicidade passava após o cigarro!
Ela: Te odeio!!!!
Ele: Odeia nada. Na verdade, você ainda me ama. E isso dói. E por isso você não é feliz. Por isso prefere a mentira das outras épocas.
Ela decidiu que a honestidade não valia a pena e meteu-lhe a faca no peito. Mais tarde contou para as amigas que ele não parava de ligar, procurá-la, desejá-la, e isso já a estava cansando. Contou que aquele excesso de amor a sufocava.

Falta Tempo

Estava naquela cadencia de vai e vem há muito tempo, tempo demais, que se fosse terra já teria feito um sulco.
Gesticulava as mãos no alto e cantava a todo o momento: FALTA TEMPO! FALTA TEMPO! FALTA TEMPO! FALTA TEMPO! FALTA TEMPO! FALTA TEMPO!
Ficava nesse anda pra lá e pra cá e cuspindo esse mantra.
Tanto tempo naquela cena que já pendia para uma rotina. Mas a coreografia foi quebrada pela chegada de um sujeito magricelo.
-Pra mim sobra tempo! Qué compra o meu?
O ocupado da ser pedante, logo respondeu afirmativamente. E mal entregou o dinheiro já foi disparando:
-Sua besta, como é que alguém se desfaz de algo tão precioso, tão raro?
-Pra mim, tempo não importa. Oh, não uso nem relógio!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Nem um tiquinho

Nunca imaginei que sua boca fosse capaz de me negar algo tão importante.
Me negou o afeto, o conforto, a complacência. Nem um tiquinho de amor fraternal foi capaz de fornecer.
Era tão pouco. Era tão fácil me amparar.
Não eram necessárias nem palavras, bastava que me cedesse cinco minutos, bastava que me ouvisse, bastava um olhar. Apenas isso! Mas isso é muito quando se mostra o lado viciado da humanidade. Sobrepôs a correria do dia a dia à amizade.
E na manhã seguinte me pediu o afeto, e eu te dei, mesmo sabendo que você continuará me decepcionando.

domingo, 3 de agosto de 2008

Epopéia Nervosa

A menina parou na frente do menino. Os lábios moveram-se, mas as palavras ensaiadas não foram ouvidas. Ficaram guardadas no silencio. Ele Riu. Ela corou. Ele se desculpou. Ela tentou mais uma vez. E nada.

A cada tentativa ele ria. E ela corava. Cansado por esperar frases que não vinham ele tocou o braço dela e pediu calma. Puxou-a para perto e deu-lhe um abraço bem apertado. Imaginou que talvez isso a acalmasse. Errou. Apenas catalisou a tensão nervosa. Aquela atitude do menino demostrava que ele se importava, e isso, transformou aquela declaração do amor dela em uma epopéia nervosa.

Nossa existência

Alguns dias são cinza, outros coloridos e outros nem deveriam ter ocorrido. Mas é isso que torna belo o nosso existir.
É a postura que vestimos nas desgraças, e o sorriso que compartilhamos nas alegrias que nos tornam humanos. Não basta estampar a máxima do "podia ser pior" numa camiseta e fingir que tudo vai se resolver.
O que nos faz encarar a vida quando respiramos merda? O que nos faz erguer a cabeça e seguir adiante quando necessário? Nenhuma dessas e outras resposta vem narradas passo a passo num suposto livro de cabeceira. As respostas vão alem de qualquer dogma.
A nossa existência tem suas nuances que gritam, mesmo que a ignoremos, o silencio será rompido inevitavelmente, e a percepção do que é a vida descortina-se diante de nós.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Cleptomaníaco emocional

Era mestre. Maestro primoroso. Fazia mágica com os sentimentos. Os passava entre os dedos, fazia os dançar no ar, desenhava, pintava e cantava. Enfeitiçava qualquer um, em especial o proprietário da sensação. E quando já tinha roubado todas as atenções fazia desaparecer a emoção em uma nuvem de fumaça.

O dono dos sentimentos ficava lá, parado, perdido, sem saber o que ocorreu, e o que o atingiu ,enquanto ele partia com todas as sensações. As guardava dentro da cartola, ao lado do coelho, relógios e outros sentimentos esquecidos.

Alem de magico era também cleptomaníaco emocional.