sábado, 27 de setembro de 2008

Custaria a fé

Como que uma confissão pode ficar guardada por dez anos? Aquelas letras, aquelas palavras, as frases, tudo silenciado por meses, ignorado?
Tradução de uma sensação amparada por um pedaço branco de papel. Um consolo momentâneo relegado ao esquecimento de anos. Como pode?
Um papel. Um punhado de palavras. Seus sentidos. Uma carta. Como pode o autor daquilo permanecer oculto por tanto tempo? Quanta covardia. Quanto medo de deixar criar vida aquele parágrafos, aquela tradução.
O que custaria para aquela pessoa revelar ao mundo aqueles sentidos, aquela confissão? Custaria tudo. Custaria a alma. Custaria a perda do orgulho. Custaria a fé.

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