quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aqui a Justiça é ficção

Dada a minha experiência aprendi que o tal do Código de Defesa do Consumidor é uma mera ficção jurídica! Um livrinho que traz no seu corpo tudo aquilo que alguns estabelecimentos não deveriam fazer, e mesmo assim fazem, e os famosos direitos que nós como consumidor teríamos e que poucas vezes são respeitados.  
Um livro a deriva numa ilha de analfabetos!

Minha revolta e desgosto com nossa legislação vem realmente da minha experiência, pois não houve uma vez na qual evoquei alguns daqueles preceitos, que fui respeitada ou que meu problema foi solucionado.  Geralmente é desrespeito total. Fico completamente desamparada, e se quero alguma solução devo busca-la via judicial, ou através do Procon.  Onde a sensação de desamparo ao invez de desaparecer transborda.

Dependendo do valor a dor de cabeça é muita e não compensa os encargos de um processo. Tudo bem que no Juizado Especial não há necessidade de advogado, mas até a audiência ser marcada (aqui na roça leva quase um ano) mais o gasto com xerox e papelada em geral, já são razões suficientes para desestimular qualquer um. 
O Procon, mesmo que auxilie muitas pessoas e obtenha sucesso a nosso favor, tem me despertado uma grande furia, pois aqui, atende mediante distribuição de senha, e como a demanda é grande a espera também é. E isso transforma-se em mais uma razão para querer mandar tudo a merda! 
Ou seja, em ambos, alem de cultivar a raiva deve-se cultivar a paciência, e esperar, e esperar, para quem sabe daqui um ano o problema possa ser resolvido. 
Essa demora resulta numa aparente injustiça. A sensação de que não vale a pena, que as "coisas" não se resolvem. Que vivemos num pais sem lei. Que a justiça não é para todos.


Tudo porque aqui na terra Brasilis a justiça é uma ficção, que existe em pedaços entregues sempre para degustação tardia. E ai, o judiciário entrega "o direito" perecido!

domingo, 26 de outubro de 2008

Você é meu vicio

Essa taquicardia instalada no meu peito é fruto da ignorância que você me cede diariamente. 
Será que custa muito abrir uma frestinha e procurar meus olhos? Custa muito permitir que eu vislumbre por mais alguns segundos sua adorável personalidade? 
Tudo isso é pouco para você, então deixa a porta aberta porque me faz um bem danado te observar.
Por favor, me dá só mais alguns instantes de você. Eu preciso. Eu já disse, você é meu vicio!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Liberdade

Liberdade. Liberdade. Liberdade.
Pode até não ser plena.
Pode ser uma condução velada. Uma construção ficcional.
Mas ainda que seja em pedaços, faço que meu espaço seja livre dentro dos seus limites invisíveis.
E isso, a liberdade aparente que adotei, tem confundido muitas cabeças. 
Cabeças que costumam ditar procedimentos, etiquetas, e que não conseguem entender a essência da liberdade. Entender que o ser é livre da exigência de padronização. 
 

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Nosso platonismo

Está pregado no meu pensamento. O seu nome. As suas palavras. Você.
Meu tempo agora é seu. O que penso é você. 

Perdida, inconformada com o não saber. Maldita indiferença! E só penso: Seria possível me apaixonar pelas suas idéias, pelas suas frases, pela sua imaginação? 
Seria? 
Eu não te conheço. O cara a cara nunca existiu e pelo caminhar nunca existira. No entanto, já estou tão apaixonada por essa sua personalidade. Essa personalidade que traduzi dos seus textos, que me deixou, assim, boquiaberta te querendo. E querendo mais, sempre mais. 
Degusto das suas palavras para te amar. É um vicio já. Diariamente preciso das suas doses. É assim que te amo. Consumindo suas idéias, seus momentos, suas narrativas.
Me diga, é possível te amar assim? Um rosto sem face, mero modelo descritivo?
Não encontrei nenhuma maneira de extrair da minha imaginação essa paixão. Nesse plano mental sou completamente, perdidamente apaixonada. 
Uma romântica apaixonada, é o que sou.
Mas eu não te vejo. Não te sinto. Sinto, mas não é palpável. E te consumo em desespero.
É possível? 
É o que isso?
Platonismo textual? Intelectual? O que? 
Minha personalidade precisa de respostas, mas tua tradução não me diz nada. É sempre silencio. É mais do que ausência. 
 
P.S: Sim. É para você mesmo!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O orgulho

É no meio dessa confusão, desse atropelo de pessoas, de ruído de conversas que percebo os sentidos daquelas frases. Aquela conversa descabida, despretensiosa e confusa que cresceu no nosso espaço e me acuou. Aquela violência verborrágica que me tirou o sono e a paz, para depois me expulsar junto com a ignorância.
Foi somente quando passou horas e os dias vieram que compreendi o que tudo aquilo significou. Era apenas medo. Medo que se fantasiou em maldade. Se transvestindo e  tentando encobrir o quanto pavoroso era imaginar a possibilidade da mudança. 
Era o medo o motivo do ataque. 
Suas razões. Seus motivos. Seus medos. E a conclusão de que era melhor conviver com o orgulho. 
Demorou, mas eu entendi. Precisei da multidão. Do barulho de outros pensamentos. De outros amores. Mas entendi.  E o momento se perdeu, ficou apenas na memória daquelas palavras brutas que não deixaram espaço para volta. 
Agora só cabe o orgulho entre nós.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Menti descaradamente e acabei adquirindo o péssimo hábito de crer que mentiras sinceras machucam menos. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Eles mudam de opinião

Não sei quando nasceu esse rancor que sobe e desce no meu peito. Tenho a impressão que de tão velho já calcificou na minha carcaça se tornando mais uma parte do meu ser. Parece que impregnou na minha personalidade.
Não sei o que me fez cultivá-lo por tantos anos. Se a necessidade, ou se o usei como defesa e agora ele sou eu. Apenas sei que ele vive e guia minha vida e eu tento esconde-lo, amenizá-lo para os outros olhares. No entanto, ultimamente não importo mais em oculta-lo. O deixo livre aos olhares assustados daqueles que me julgavam um doce. 
É sempre uma "surpresa" quando eles mudam de opinião.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Numa dessa centrais de atendimento

Numa tarde de muito calor. Em uma central de atendimento qualquer. Um funcionário qualquer recebe a mensagem:
Conforme o Código de Defesa do Consumidor, ninguém será obrigado a receber ou manter um serviço que não solicitou. Contudo, parece pratica comum desse estabelecimento não atentar para alguns preceitos da nossa legislação, afinal, meu marido falecido há dez anos, recebeu na residência na qual nunca habitou, um cartão de credito que nunca requisitou.
Na minha ignorância de boa brasileira prestativa, entro em contado pelo canal de atendimento. E após minutos infindáveis, não consigo falar com qualquer que seja, para informar que a tal pessoa não precisa de nenhum produto, muito menos um cartão, e que o atestado de óbito foi entregue a tempo oportuno para que todos os dados e obrigações da pessoa fosse extinto junto a esse estabelecimento. Afinal, reza nosso Código Civil que  a morte põe a termo não só a vida, mas muitos dos direitos e deveres da pessoa (obvio!).
É mais do que evidente o que quero dizer através dessa simplória narrativa! No entanto se presumi errado, vai ai um resumo:
1-SE NÃO SOLICITEI NÃO ME ENVIE!
2-GENTE MORTA NÃO PRECISA DE CARTÃO
3-NÃO VOU ME DESLOCAR PARA RESOLVER UM PROBLEMA QUE NÃO É MEU, E SIM DE ALGUM FUNCIONÁRIO QUE RESOLVEU RESSUSCITAR O DEFUNTO!
Mais rápido que uma bala o funcionário resolveu o problema do milagre e novamente enterrou o defunto. Dessa vez definitivamente. Pelo menos, é o que se espera.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quem fala?

-Alô!
-Aqui é da Central de Línguas, com quem falo?
-Com quem gostaria de falar?
-Tanto faz. Quem fala?
-Tanto faz eu não querer falar?
-Heim?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Momento meu fim de semana

E era feriado. E o que seria tempo para o descanso se transformou em uma viagem, mas não a prazer. Então que eu coloquei na mala o ego, o id e o alter ego, e saímos da roça rumo a capital. Levei comigo algumas frases: Cuidado para não se perder! Presta atenção no seu ônibus!  Não perde o celular! Se não sabe chegar pergunta, não tenta adivinhar! Porque eu que não possuo noção de direção nenhuma, e tenho a cabeça frouxa, me perco com muita freqüência,  e escuto muito tudo isso.
Sábado pela manhã, chego na capital e vou pra Barra Funda. Simples, fácil, sem demora, e sem surpresa. E eis que vem o domingo, e lá vou eu pra minha provinha.  
O impensável acontece! 
Qual a probabilidade de uma pessoa sair da roça e ir pra São Paulo fazer prova, e na sala, precisamente na carteira da frente, sentar-se a noiva do homem do seu passado tenebroso? 
Exato! Tratando-se da minha pessoa, a probabilidade era altíssima mesmo!
Ela, toda simpática, alheia a quem eu era. E eu toda amistosa, até o momento sem saber quem era a fulana, numa conversa animada, até que vem o nome, sobrenome, RG, e endereço do fulano. Fiquei verde, e ela ficou na ignorância, mas me contou tudo sobre eles, e que pretendem voltar para o interior logo logo. Teve um momento que eu até pensei que estava fantasiando aquele situação, mas não, era real mesmo.
A prova acabou. A surpresa também. Minha cabeça ferveu e eu fui me perder em São Paulo, apenas por força de hábito.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Domaram a fera

O quarto já foi preto. As unhas vermelhas. Os cabelos loiros. Hoje, as cores são outras, temos o branco como uma constante, cores clássicas adornando as mãos, e um corte tradicional  com o brilho do castanho claro. Tudo tão básico, clean e normal. 
E enquanto eles pensam que domaram a fera finjo que me dobrei as convenções sociais. Mas se olhar cuidadosamente verá que a fera ainda está lá, a espreita, pronta para dar o bote e se revelar.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Esperando por ele

Ela esperou por muito tempo que aqueles braços a envolvessem. Esperou pelos beijos, pelo carinho, pelo conforto, pela atenção. 
Pacientemente admitiu a amizade e escondeu o amor por anos. E quanto mais o conhecia, mais o amava. Os dias passavam e aquela afeição dos inícios dos anos cresceu e cedeu a vez ao amor. 
Ela calava o sentimento, mas o seu coração sempre cantava quando o via. Foram quatro anos de tentativas de ocultação, de segredo, prostrada ao lado dele, sempre presente, sempre o amando, sempre na ignorância, sempre esperando. Esperou, até que um dia, ele percebeu de onde vinha o brilho daquele olhar. Esperou até que ele correspondeu. E passados oito anos do primeiro olhar, passados quatro anos do primeiro beijo, a espera chegou ao fim. Ele lhe deu o braço, os beijos, o coração e a frase dos apaixonados.

Modelo clichê

Você é tão clichê! Mas o que me encanta é justamente isso. Essa sua forma extremamente romântica de amar e ver a vida, seus diálogos recheados de palavras obvias, mas que são tão verdades. Gosto disso. Gosto do seu modelo clichê porque nele também cabem algumas surpresas.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Nova Formula

Meu desequilíbrio mental e minha instabilidade emocional atingiram o ponto máximo esses dias. 
Eu não gosto de rotina e por isso mesmo tolero muito bem qualquer tipo de mudança. Alem de tolerar me adapto com muita facilidade. Mas, mesmo assim, sou completamente inflexível na alteração de algumas coisinhas, e não abro mão de meia duzia de procedimentos e produtos que há anos estão presentes no meu dia a dia. Entre um desses produtos está meu precioso tablete de chocolate Alpino, que deve ser consumido logo após ao almoço quando antevejo tempestade. 
Aquele sabor todo peculiar "dos Alpes" sempre fizeram meu dia um pouco menos cinza. Esse habito e outras coisa, que agora são irrelevantes, são medidas compensatórias à pequenos dissabores diários. Mas minha paixão por  esse chocolate e toda minha estabilidade foi alterada no dia que apareceu uma tal de "nova formula" gravada na embalagem vermelhinha do Alpino. E foi como um desencanto quando o primeiro pedaço adentrou a goela. Meu dia acabou, virou temporal. E a loucura se instalou na minha cabecinha. Os Alpes  sumiram!
De quem foi a brilhante idéia alterar aquilo que era perfeito e magico?! Provavelmente de algum ex ressentido comigo.
Detestei essa nova formula!
Agora combino Coca Zero e esse Alpino fajuto quando preciso de "impacto" na minha vida.

domingo, 5 de outubro de 2008

Eu te quero

Porque eu te quero. E não quero te magoar.
Já ouvi muito isso, e francamente, não consigo entender o que significa! E creio que nunca entenderei.

Solidão

É a ausencia da sua respiração que me fez perceber a falta que faz um outro corpo. Minha pele nua e o lado esquerdo da cama vazio me lembram a todo momento que a solidão é a dor mais violenta do mundo. E me faz perceber que estou só nessa cama que já foi nossa.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

É porque eu gosto

Sou do tipo de pessoa que tem aversão à explicação. Não gosto de me justificar a todo instante, mas mesmo assim, sou impelida a explicações diárias. Nunca digeri bem a necessidade que têm de saberem o porque prefiro a cor azul e a preta, do porque prefiro rosas vermelhas, do porque gosto da noite, do porque amo dias de chuva, do porque gasto meus minutos com o por do sol. Tenho respostas para minhas preferencias que vêm resumidas na simplicidade do é meu gosto. Para mim isso basta. Eu gosto. Não vejo porque me explicar, justificar, de construir uma resposta com mais de duas ou três palavras, ou criar uma historia para o porque do que faço. Eu apenas gosto. E gosto do que sinto. E isso por enquanto me basta.
* Sim, a foto é minha.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Olha e fala

Não precisa falar alto. Insinuar. Fingir felicidade. 
Não precisa tentar me vender essa mensagem de comercial de vida feliz. Se você falar que é feliz, pronto, basta, eu acredito. Mas olha na minha cara e fala. Não manda recado não.