terça-feira, 2 de dezembro de 2008

No nosso tempo

Não entendo essa necessidade em se estabelecer medidas, em quantificar amizades e sua duração. Não entendo! 
Tudo precisa de números, de regras, de contagem?
Qual a relevância em dizer faz seis anos que nos conhecemos? Faz três anos que nos formamos? Faz dois anos que namoramos? Tenho um milhão de amigos? E daí? Qual o significado desses números? 
Talvez apenas ocultem a nossa fragilidade, apenas demonstrem nossa carência. Se eu não medir, não estimar, como saberão da importância que fazem na minha vida?
Nesses anos, nessas amizades, com os amores, não foram os números que mandaram, foram os sentimentos. E esses, não conseguem ser quantificados, são vividos.
O melhor da vida é muito breve para medidas exatas.
Pensando em números, no tempo, na vida, nas pessoas, nas saudades e nas ausência... porque final de ano é tempo de reencontro. 
Surpresas e desgostos sempre apontam no meu horizonte nessa época.

6 comentários:

  1. Imaginei o Pequeno Príncipe sentado dizendo exatamente a mesma coisa... As pessoas grandes e os seus números...

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  2. Gostaria de me sentar à uma mesa e beber com você... É ótimo fazer isso com pessoas tão sábias rs.

    Beijos moça

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. pois surpresas e desgostos acompanham a todos que se decidiram por enfrentar o fim de mais um ano. e bem feito, não poderia ser mais justo. agora, particularmente, tenho uma ignorância tão grande quanto a sua em relação a números.. mas aprendi exatamente a medir as dores que senti. enfim..

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  5. Laila, adoro ver os muitos limite das pessoas grandes.

    Marcio, não tenho nada de uma pessoa sabia, mas pratico um pouco filosofia de boteco.

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  6. Marcella, parece que temos necessidade em medir nossas dores. Mas, confesso que pela minha vocação ao drama, minhas dores e magoas parecem imensuráveis... sou um exagero em tudo!

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