quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!


Alguns marcos se tornam simbólicos demais para que eu também os ignore. Então, a todos, um Feliz Ano Novo!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Presente de Natal

Rendida ao momento natalino, pedi gentilmente que o tal do senhor Noel me presenteasse com o meu atual sonho de consumo: aquela obra dotada de pele branquinha, olhos expressivos e pequeninos que escondem a intensidade de um azul escuro. 
Preciso, desesperadamente, que meus lábios sintam esse ser adorável, que estreou nos sonhos grandes momentos. Então, senhor Noel, faça o impossível!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Leitura entre garrafas

Ele: Vai, me conta, e o coração?
Eu: Ah, tá numa vibe adolescente.
Ele: Justifica, por favor! 
Eu: Vivenciando experiências platônicas.
Ele: Hum. Cria coragem e chega as vias de fato, vai. Nunca te vi covarde, saia a caça.
Eu: Não dá. Agora é diferente.
Ele: Sério? Enfim tu estas apaixonada?
Eu: Sim...
Ele: Isso merece mais uma cerveja. Essa tua vibe é inédita.  Vamos comemorar sua rendição a esse seu lado humano das emoções. 
Eu: E quem disse que me rendi?!
Ele: Pode negar se desejar. Mas agora eu vejo nos seus olhos que  aquilo que julguei ser o brilho etílico é na verdade uma paixonite assustada. E não se engane, você já se rendeu no instante que admitiu. 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mas será que sabem o que é o tal do plagio!

Quando iniciei esse meu hospício nunca imaginei que teria algum leitor, ou algum louco que se identificasse com meu caos mental, ou ainda que se fizessem presentes aqui. No entanto, vocês apareceram e para minha surpresa, comentaram, se preocuparam, etc. E eu fiquei feliz! De verdade, embora não lhes retorne ou mantenha algum feedback, mas enfim (outro dia me explico)... o fato é que vocês vieram.
Mas também, quando iniciei isso aqui, jamais imaginei que alguém pudesse copiar essa minhas palavras desarrumadas e lhes tomassem como sua. 
Só que, quem disse que doido pensa, né? 
E agora tenho outra surpresa! Foi isso que aconteceu: me tomaram as minhas palavras! E o que eu penso é: Porra, todo mundo tem sua doideira, usa a sua e dá sentido no seu caos!

domingo, 21 de novembro de 2010

Identificação

Minha total identificação para com quem se fez quebrado, inacabado, imperfeito. 
Completo reconhecimento e aceitação. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Patético

Olhar a folha em branco e temer. 
Desespero ao perceber que as horas se foram e a folha permanece vazia. 
Ela faz troça da minha cara, perturba, e ameaça.
A ansiedade cresce. E nada das letras surgirem.
Eles acreditam que eu posso, que eu consigo, mas na verdade, quando encaro o branco tenho consciência de que meu máximo não é suficiente. Eles podem, eu, não. O tal do meu potencial  é medriocre demais para ousar estar entre eles.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Nas despedidas

Nossa despedida sempre é acompanhada de ansiedade. 
O tempo para na ausência e corre na presença.

Acordei com o seu gosto
E a lembrança do seu rosto
Porque você se fez tão linda
Mas agora você vai embora
Quanto tempo será que demora
                              Um mês pra passar                                    (Biquíni Cavadão)

sábado, 13 de novembro de 2010

Agora

Já não me basta ensaiar. Esperar até o dia da estreia. Quero arriscar o improviso da vida real. E se você, meu par, teme essa experimentação, já não posso mais te esperar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Das diferenças

Algumas mudanças fizeram com que eu saísse da minha zona de conforto. Muitas reflexões foram desencadeadas, muitas argumentações surgiram. E foi bom! Mas confesso que sinto falta, algumas vezes, de ter pessoas ao meu lado que creem como eu, ou seja, que a diferença deve ser respeitada e valorizada, e que o inimigo não é aquele que opta por um "estilo de vida" diverso do seu. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Palavras que não digo mais

"Eu te amo". 
Não digo mais. 
Basta.  
As aprendizagens vindas da interpretação da minha narrativa me levam a essa promessa. 
Sem eu te amos, sem demonstrações, sem mais...
   

domingo, 10 de outubro de 2010

Nas entrelinhas

E tínhamos a necessidade de criar discussões e briguinhas. Fazíamos apenas para sentir o toque que vinha com o abraço acompanhado das desculpas. O medo de cruzar a linha dos sentimentos sempre nos fez abusar de alguns subterfúgios e estratégias que, posteriormente, nos davam a desculpa de sentir a pele, sem a necessidade de declarar a maior vontade: o tato expressando todo o amor.
 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Coisas da vida

E dai que eu estou cansada. Física e mentalmente. Quis abraçar o mundo e meu corpo e mente tem dado sinais de que "hoje para". No entanto, essa correria na qual me meti, na maioria das vezes, tem sido satisfatória, só que exigiu organização, planejamentos e redefinição de prioridades. 
Por tudo isso e mais um pouco tenho estado afastada desse meu espaço, que defino como o divã do meu caos mental, e de outros espaços virtuais que adoro frequentar... mas, é a coisas vida, não?
Aproveitando minha passagem por aqui, deixo registrado que o Sarge voltou e de casa nova (bom demais!), vale conferir. 
Tem também o selo que recebi  Pensamentos Soltos
Porem, como sou uma criança que não sabe brincar, ao invés de indicar (maldito tempo), deixo ai pra quem quiser continuar.  
Tenho tantas palavrinhas acumuladas na minha cabeça que se não voltar logo realmente enlouqueço.

domingo, 3 de outubro de 2010

Incertezas

Receio que isso que tenho sentido não sejam apenas angustias. Mas sim os temores causados pela incerteza da correspondência do amor.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Encantamento

Sua fala. 
Seus gestos. 
Sua delicadeza em mover-se. 
Seu cheiro. 
Seu gosto. 
Suas ideias. 
Você! Meu único encantamento.

sábado, 11 de setembro de 2010

Na noite

E toda a racionalidade perdeu-se na noite. Entre cheiros, toques e sons ela faleceu. Total entrega de uma emoção única. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Poucos

Há poucos que chegaram, tragaram e permaneceram em minha vida. Poucos que não seguiram na direção oposta, mas caminharam junto. São poucos que me dão espaço para ser. E, portanto, são poucos que amo.
Mas que importa a quantidade se os que tenho me dão aquilo que é mais importante. 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Juntos

Porque apesar de todas as palavras amargas, egoístas e brutas que despejei em você existe uma que faz teu coração amolecer. 

Novos óculos

Preciso de novos óculos para encarar a humanidade. 
Esses meus já estão por demais viciados.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Coisas da vida

Depende do seu ponto de vista. 
Poderia, portanto, ser apenas um encontro casual, simples coincidência, ou apenas destino. Um encontro ou um destino onde dois cruzam os olhares, se reconhecem, mas fingem conscientemente desconhecerem-se. Dois desconhecidos intimamente ligados. Consequências da vida, das dores e das magoas que sempre transbordam.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Observações

As vezes tenho atitudes previamente construídas apenas para observar a reação de outras pessoas. Me divirto com isso e reflito muito. E alguns dias atras voltei a exercitar esse meu lado. Sabendo da existência de uma reunião e quem seriam os envolvidos (digo, a qualificação profissional + mais qualificação acadêmica) premeditei desde o local onde sentaria, a postura que teria, e o que e como falaria. E esperei... e foi bom demais. Mas os detalhes não posso revelar.
Tem gente que considera esse exercício muito cinismo. Pode até ser. Mas as vezes eu preciso disso.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E aconteceu

Nunca me aconteceu aquele clichê de "apaixonar-se pelo professor". Nunca vive esse platônico, nem os suspiros por aquela figura. Mas aconteceu, e atualmente, me encontro perdidamente encantada por aquele sujeito que anteriormente apenas me representava a ligação entre o saber. Hoje, vivo um clichê perigoso, distante da idealização e potencialmente em vias de acontecer. 
Que posso fazer? Se aconteceu, para que questionar? 
No entanto, o porém reside na vontade e desejo do outro, que eu ainda desconheço. 

domingo, 15 de agosto de 2010

Inverso de amor

Você é o inimigo. 
Sinônimo de monstro.
Tanto ódio lhe é direcionado. 
Palavras rancorosas e escarnio partem na sua direção.
E de repente machuca. 
Magoa. 
Inevitável é a dor que cresce. 
Rancor que parte de quem, a principio, desejou que você nascesse.
  
 

domingo, 8 de agosto de 2010

Entre o que dizem e o que fazem

São muitos os discursos das palavras. Dizem: respeito e tolerância. Mas o que vejo, o que recebo, e que comigo compartilham, são atitudes do oposto. Reagem com violência quando encontram quem vive sob a despreocupação das regras da "normalidade".  

sábado, 31 de julho de 2010

Palavras

E tudo que eu queria dizer perdeu-se entre o caminho dos seus olhos à sua boca. Palavras já não importam.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Se não fosse eles

E daí que descobri (mentira, eu já sabia há tempos, apenas não queria encarar!) que não encontro apoio naqueles que teoricamente me declamaram amor incondicional. Por sorte, tenho amigos que atenuam minhas angustia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não há mistério

Me expor é a parte mais difícil. E embora, em todo inicio, essa ausência de entrega, de abertura, seja compreendida como ares de mistério, o transcorrer do tempo a transforma em outro significado: frieza, distancia, falta de afeto.
Pois bem, eu confesso: sou a soma da minha narrativa histórica e a dificuldade é apenas uma forma de proteção. Assim, não há mistério, frieza, ou ausência de afeto, é apenas medo do resultado e consequências da entrega.

domingo, 25 de julho de 2010

Domingos

Nos domingos me perco nas lembranças.
Ah, e como isso me afeta! Me transforma e amedronta. 

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Destruindo a tese

Em segundos a respiração fica em suspenso e o coração perde o compasso. Consequências da simples menção ao seu nome. E de repente, ao abrir da porta e sua presença, todo o corpo se altera. Físico e emocional denunciando, servindo de contestação perfeita à tese dos amigos de que o tempo me faria esquecer.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sinais

Quando nossos encontros são apenas rotina.
E quando suas palavras silenciam.
Sei que perecemos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tem dias...

Tem dias que prefiro evitar meu desgaste e por isso economizo esforço mental e diálogos perdidos. Nesse dias, reflito: será que querem realmente saber o que penso a respeito, ou será que apenas minto? E como resultado da minha ponderação opto pela omissão (ou mentira, isso depende do ponto de vista). 
Tal estrategia tem perpetuado minha sanidade (essa, também depende do ponto de vista do observador), e consequentemente minhas relações aparentes sobrevivem.

domingo, 11 de julho de 2010

Rótulos

Que a sociedade me imponha rótulos (mesmo que eu os tente ignorar), eu ainda consigo digerir. Mas que não me imponha prazo de validade!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Das recordações

As recordações de nossas noites estão pregadas em minha memória. Talvez essa seja a razão que me leva a compara-las as novas noites e perceber que já não experimento a mesma emoção.

Porque neles há amor

São 43 anos de casados. E ainda há espaço para declarações de amores, seja por palavras ou por gestos. Ainda há um brilho no olhar quando percebem a chegada um do outro. Ainda há encontro. Ainda há cumplicidade, afeto e respeito. Percebe-se neles e por eles que há amor, e muito. É um amor vivo.
São anos de uma dinâmica de vida que eu nem imaginei que pudesse existir, ou que ousei sonhar em experimentar. Ao vê-los, apenas imagino, percebo, que não amei e talvez não saberia amar com tanta entrega.

Uma breve história de amor

Os protagonistas dessa história ainda não entenderam ou não sabem, se aquilo que vivenciaram era desejo, paixão, amor, afeto, ou simples e pura amizade. Embora, eles saibam que, em alguns momentos o ar faltava, o coração explodia e, a necessidade pela pele era urgente, não tinham certeza de como rotular ou compreender as sensações.
O problema era esse: tentar entender o que sentiam.
Racionais demais para ceder espaço às sensações, a apenas vivenciar. E, portanto, como tudo aquilo que diz respeito ao amor não admite o raciocínio critico e objetivo ao qual estavam tão habituados, acordaram, pelo bem da sanidade,  encerrar a suposta  historia de amor.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ausência

O mais difícil não foi a despedida. O mais difícil não foi lidar com a acidez do estomago, a falta de respiração, ou os olhos embaçados pelas lagrimas. O mais difícil foi o retorno a casa, encarar aquele vazio de vida, o tormento do silencio, e a certeza que a solidão era quem regeria o peito por tempo indeterminado.

sábado, 26 de junho de 2010

Meu fingir

O que se passa comigo e com os olhos negros ainda não está definido. Ainda são apenas olhares. Reconhecimento. E puro charme. Eu mais observo do que invisto. Espero. Aguardo. Analiso. E finjo, finjo que não percebo os olhares e as insinuações. Finjo que sou a caça.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Provisoriamente

Blindei meu coração. Descartei aquelas emoções que atiçavam as borboletas. Pelo menos, por tempo indeterminado, prefiro silencia-lo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sempre assim.

Só. Livre. Sem compromisso. Sempre uma corrida com metragem precisa. Sempre com prazo de validade gritando na minha cara que vai expirar. Inevitável. Cobranças me aborrecem e sempre chegam, e isso me conduz ao fatídico "melhor terminar". Fim ou recomeço. Sempre volto ao momento Só. 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sem resistência

É aquele olhar atento, muito treinado e sempre curioso, o segundo culpado. Depois vem o toque, que sempre começa sutil, seguindo gradativamente as temperaturas e por fim ferve. Toma meu ar, minha voz e guia o batuque do meu coração. Suspende o tempo. E quando percebo, já não resisto.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sempre ele

E ao final, todas minhas atitudes se resumem ao amor. Seja a sua falta, seja a minha fuga, seja o que arrisco a experimentar. É culpa dele,  sempre dele.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Alma gemêa?

Encontrei a minha alma gêmea mental. No entanto, que fique claro, apesar de não acreditar em alma gêmea e tals, me permiti retroceder. 
Mas um pequeno detalhe, embora enquanto novidade, isso seja extremamente excitante, daqui algum tempo vai ser um profundo aborrecimento, porque afinal, quero quem me desafie, me imponha desafios e que me proporcione reflexões, e quem pensa como eu me conduz a estagnação e a falsa impressão de que a minha "verdade" é a verdade de todos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

E outro 7 de Maio

Só para não perder o habito de velhas praticas: Feliz Aniversário!
E esse ano, diferente da nossa tradição, rompo o silencio e digo:
-O som do meu nome na sua voz ainda ressuscita as minhas borboletas.

domingo, 2 de maio de 2010

Minha sanidade

Não sou uma pessoa intransigente às ideias diferentes da minha, pelo contrario, sempre acreditei ser essencial perceber as nuances, as diferenças de outros pensamentos, de outras vivencias, para compor meu processo de construção. Sempre pensei assim. Sempre argumentei polidamente quando necessário para proporcionar a duvida e desconstruir percepções preconceituosas, mas permitindo a liberdade da negativa da outra parte. No entanto, atualmente, para minha sanidade, tenho percebido ser primordial não argumentar mais, pelo menos no que diz respeito a pequenas pessoas e mentes.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Das tardes vividas

Era um grupinho formado por uns dez adolescentes. Sentados, um dedilhando o violão enquanto os demais acompanhavam cantando. Vez ou outra paravam a musica e riam, brincavam entre si, e logo após, sorrindo muito, voltavam ao seu repertório. 
Sentidos sendo vivenciados e experimentados. Alegrias das tardes compartilhadas favorecendo construções de amizades, de amores, de paixões.
A cena me causava inveja e saudades. Traziam lembranças do tempo em que entre sorrisos e brincadeiras eu aprendia as coisas mais erradas e as mais maravilhosas.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ponto alto da minha tarde

Eu, toda concentrada, executando minha tarefa burocrática do dia, e claro, pensando paralelamente em Weber, tenho meu silencio perturbado por uma voz feminina.
-Você não acha que a Tereza tinha que ficar com um garotão?
Eu, besta que sou, pergunto: Mas a Tereza mal casou e já separou do marido, e já tá ficando com um garotão?
-Ai bebezinho! Bem que dizem que você vive em outro mundo. To falando da Tereza da novela?
Que p***a, quem descobriu que sou de outro mundo? E que merda, já pedi pra não me chamar de bebezinho!
Esquece do Weber. Perdi minha concentração. Agora só vejo papel.

sábado, 24 de abril de 2010

Talvez seja eu a errada

Já escutei muitos absurdos, e dada as proporções das asneiras que já fui obrigada a ouvir eu não deveria me surpreender com mais nada, certo? Errado. Porque ainda me espanta a capacidade de besteiras que algumas pessoas são capazes de pronunciar, seja em virtude de preconceito, seja em razão de ignorância, ou pela crença de que seu universo sempre será o melhor (de um jeito, tudo isso sempre se relaciona. inevitável).
A beleza de tudo está na complexidade e na nossa diferença. Ou talvez, eu seja a besta preconceituosa e ignorante, por não conseguir visualizar a "real beleza" desse "universo" que criaram: penso igual, sou igual, sou melhor. 

terça-feira, 20 de abril de 2010

A caça

No silêncio, se aproximou, a encostou contra o armário, e fitou seus olhos. Com voz rouca disse que iria traduzir todos os mistérios daquele olhar.
Mal recebeu essas palavras a outra sorriu e soltou um boa sorte, se livrou do corpo e declarou com tom irônico:
-Suas aptidões estão muito distantes para tal feito. Traduzir-me é impossível. 

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coisas da vida

E dai nesse tempo que sumi fiquei com dengue, perdi, "desperdi" e comecei o estagio que consegui. E tenho mergulhado na imensidão dos olhos negros , o que tem me assustado muito. E muitas outras coisas da vida tem me proporcionado muitos sorrisos bobos, historias engraçadas e pensamentos impuros. Enfim, vivo uma correria maravilhosa.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Desilusão amorosa

E dia desses tive que fazer um tal de exercício de memória. Da época da minha 1ª a 4ª serie. E do que lembrei, acabei por descobri que a escola foi meu primeiro caso de amor e consequentemente minha primeira desilusão amorosa.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Enredo

É como se a historia possuísse apenas o meio. Sem inicio, o que a deixa completamente descabida e, sem um termino, o que a deixa sempre em suspenso. 
É assim, sem sentido, que nós dois resolvemos escrever nosso enredo. 

quinta-feira, 18 de março de 2010

Contraponto

Prefiro sustentar a mentira à deixar de me proteger. 
A desconfiança é inata. E meu escudo, mesmo que erguido na mentira, além da liberdade segura minhas lágrimas.

sábado, 13 de março de 2010

E eles querem que eu case

E hoje foi dia de festinha de familia. Percebo titia encarando minhas mãos. Estranhei. Olhei e vi que mãozinhas estavam limpinhas e perfeitamente esmaltadas. Depois de uns minutinhos ela decide conversar.
-Suas mãos estão lindas. Que esmalte é?
-Ah, é vermelho não sei o que (melhor simplificar e nomear de vermelho do que tentar lembrar o nome pomposo da cor).
-Sei. Mas acho que está faltando uma aliança ai! Pede uma pra ele, pede.
-...
Tenho a impressão que a familia está começando uma cruzada.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Protect me from what I want

Queria me livrar dos medos. Queria me jogar com vontade dentro desse sentimento. Queria que esse adestramento cultural não tivesse adentrado tão fundo na minha pele. 
Quero enterrar a ambiguidade. Quero emergir. Quero o Eu.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Dizem

Especula-se que meu problema é não me preocupar com o que os outros dizem. Eu, honestamente, não consigo encarar isso como problema. Isso é solução. 

terça-feira, 2 de março de 2010

Como ela vive

Com a mesma facilidade que entra na vida das pessoas, também desaparece. Transita por todos sem mascaras e fantasias, vivendo como julga ser o seu correto. Nunca desperta emoções e nem saudades. Não faz planos, não se arrepende, e sempre segue em frente. E, talvez por isso mesmo, transformou-se em um ser absolutamente insignificante e invisível. Vive entre todos, mas se faz ausente, tal como um fantasma, e nem se importa. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Não tão escondido

O impacto do que aquela frase significava ainda ressoava no peito dela. E tentava, inutilmente, esconder o que aquilo tudo um dia significou. Procurava esconder tudo no canto mais escuro da alma, pois assim talvez, a antiga vida ilustrada por aquelas palavras rançosas, realmente pudesse ser enterrada na escuridão e esquecida. Sentia que todo o esforço ardia, e que um dia o coração cansado realmente explodiria libertando toda a verdade do “eu te odeio”.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

No meu imaginario

Ah se eu pudesse decifrar seus segredos invioláveis... Eu quero decifra-los. É uma necessidade urgente. Eu encaro seus olhos e penso se, talvez o meu imaginário coincidisse com a realidade, tudo se resolveria, e eu seria feliz. Pena que minha consciência me induz a acreditar que eu teria uma felicidade tingida de fantasia.

Coleção Particular

Colecionei pessoas a minha vida toda. Estão todas, todas aquelas que passaram pela minha vida, sem exceção de uma, em retratos grudados na parede do quarto e nas marcas causadas pela saudade na borda do meu coração.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Triângulo

Éramos três. E claro, como componentes de um triângulo, construímos uma área dotada de bons clichês românticos. Eu, ela e ele. Amigos no inicio, amantes e rivais à medida que crescia a cumplicidade. Eu o amei. Ela o amou. E ele, temo que nunca saberei, se e qual amou.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Olhares

Apesar de toda minha timidez eu encaro os olhos das pessoas com vontade, muita vontade. Firme, como quem quer penetra-los e traduzi-los.
 Focar nos olhos e sustentar o olhar já me acarretou inúmeros problemas e mal entendidos, porem não me importo, sei que tenho uma obsessão por olhares e não me rendo enquanto não mergulho dentro do outro, independente do que isso possa acarretar.  Mas até então nunca encontrei um par de olhos que fizessem minhas pernas bambearem enquanto duelávamos. Até hoje, porque de repente, quase no fim da manhã me deparei com uma imensidão negra, que mesmo sem nome, trouxe um sentimento de deslumbramento completamente novo. Um sentimento que aguça minha obsessão e curiosidade em desvendar toda a verdade daquele ser humano espetacular.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Prazeres

O cheiro é inebriante. Faz tombar todos os meus sentidos. E me fere profundo quando percebo o quanto me domina. É um desejo incontrolável que nasce do encontro de olhares. Todo prazer é inenarrável, imensurável. É êxtase febril.  Até que chega a despedida trazendo suas dores irreparáveis e novos suspiros de saudades.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Noites de carnaval

- E dai que de novo é carnaval. Lembra do que aprontávamos?
- Sim. Nosso passado realmente nos condena!
- E de tudo, do que mais tem saudades?
- Das nossas borboletas revoltadas. Que insistiam em experimentar a teoria da paixão de carnaval. 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Em processo de mudança

Curioso como uma antiga lembrança ou uma antiga conversa é capaz de instigar todo um processo reflexivo. E foi uma dessas antigas lembranças que serviu de gatilho para minhas atuais reflexões.
No meu passado, não muito distante, recordo de uma conversa com uma amiga, na qual eu muito nervosa encerrei com a frase alguns sonhos se perdem pelo caminho. Lembro-me perfeitamente porque a disse, inclusive, me recordo do aperto que senti no peito quando a disse. Enfim, anos passaram-se, e mais uma vez repeti a frase. A repeti mais como tentativa de justificar a situação, ou a minha insatisfação, mas o que vem ao caso é o que essas lembranças estão me proporcionando. A partir delas deu-se toda uma analise critica e reflexiva das minhas ações (no caso, omissões), que me conduziram a essa situação de intensa insatisfação, e mesmo que anteriormente tenha percebido que minha atual posição é consequência direta dessas minhas ações, eu continuei apenas lamentando.
No entanto, como “disse”, tenho percorrido o passado com olhos mais apurados e críticos, e isto tem favorecido minha reorganização mental para inverter esse estado de apatia sufocante no qual me encontro. Assim, contrariando a vontade, expectativas e sonhos de terceiros, venho me posicionando em busca de um respirar aliviado. E o primeiro passo foi dado no momento que troquei a área jurídica por uma nova empreitada. Agora faço o caminho de volta para meus sonhos perdidos, e mesmo sabendo das dificuldades  e da insegurança financeira, sinto um alivio e uma felicidade que nunca experimentei, entende?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ele ainda pulsa

Eles sabiam as razões dos meus olhos vermelhos e das minhas frases amargas. Vez ou outra, quando se preocupavam, me encaravam e diziam que com o tempo as dores passariam. Com o tempo você esquece, me falavam.
E mesmo com a dor e o vazio tão imensos condicionei minha cura nessa verdade. Porque não? Talvez realmente ele me trouxesse a cura, talvez ele pudesse descomprimir meu peito, talvez bastasse deixa-lo fluir e o amor se diluiria em lembranças apenas.
E então, deixei o tempo correr na mesma medida que fingia desdém e esquecimento.  No entanto, mesmo que o tempo tenha fluido, afinal foram-se dez anos de fuga, de mentira, e de fingimento, a dor não passou. E o amor, tão sozinho no meu peito, ainda pulsa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Contrato

É o único item do nosso acordo tácito e  inegociável para uma prazerosa relação:  Não me fale de você...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Entrega

Os olhos dele me devoram. Me consomem em segundos. E francamente, é difícil resistir. Incompreensível o domínio que aquele olhar tem sobre meu corpo, e ao final, eu não resisto.
Inexplicável como em tão pouco tempo, em encontros tão esporádicos, nasceu tanto deslumbramento. 

Ele diz que é amor.  Eu digo que é loucura. E entre as investidas dele e as minhas tentativas de fuga tem aquele espaço do olhar. E eu não resisto. Há a minha total entrega.

sábado, 9 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Feliz Aniversário

Sou arrogância, mentira e petulância. Sou indigesta e intragável. Sou comemorações esquecidas.
E venho fermentado há duas décadas e alguns anos os piores clichês. 
Mesmo assim, alguns e algumas ainda me felicitam na data em que envelheço. 
Talvez, mas só talvez, ainda exista resquícios de alguma humanidade na minha adorável personalidade, que faça com que eu continue aceitando o "Feliz Aniversário" como palavras que importam. Talvez.