quarta-feira, 28 de abril de 2010

Das tardes vividas

Era um grupinho formado por uns dez adolescentes. Sentados, um dedilhando o violão enquanto os demais acompanhavam cantando. Vez ou outra paravam a musica e riam, brincavam entre si, e logo após, sorrindo muito, voltavam ao seu repertório. 
Sentidos sendo vivenciados e experimentados. Alegrias das tardes compartilhadas favorecendo construções de amizades, de amores, de paixões.
A cena me causava inveja e saudades. Traziam lembranças do tempo em que entre sorrisos e brincadeiras eu aprendia as coisas mais erradas e as mais maravilhosas.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ponto alto da minha tarde

Eu, toda concentrada, executando minha tarefa burocrática do dia, e claro, pensando paralelamente em Weber, tenho meu silencio perturbado por uma voz feminina.
-Você não acha que a Tereza tinha que ficar com um garotão?
Eu, besta que sou, pergunto: Mas a Tereza mal casou e já separou do marido, e já tá ficando com um garotão?
-Ai bebezinho! Bem que dizem que você vive em outro mundo. To falando da Tereza da novela?
Que p***a, quem descobriu que sou de outro mundo? E que merda, já pedi pra não me chamar de bebezinho!
Esquece do Weber. Perdi minha concentração. Agora só vejo papel.

sábado, 24 de abril de 2010

Talvez seja eu a errada

Já escutei muitos absurdos, e dada as proporções das asneiras que já fui obrigada a ouvir eu não deveria me surpreender com mais nada, certo? Errado. Porque ainda me espanta a capacidade de besteiras que algumas pessoas são capazes de pronunciar, seja em virtude de preconceito, seja em razão de ignorância, ou pela crença de que seu universo sempre será o melhor (de um jeito, tudo isso sempre se relaciona. inevitável).
A beleza de tudo está na complexidade e na nossa diferença. Ou talvez, eu seja a besta preconceituosa e ignorante, por não conseguir visualizar a "real beleza" desse "universo" que criaram: penso igual, sou igual, sou melhor. 

terça-feira, 20 de abril de 2010

A caça

No silêncio, se aproximou, a encostou contra o armário, e fitou seus olhos. Com voz rouca disse que iria traduzir todos os mistérios daquele olhar.
Mal recebeu essas palavras a outra sorriu e soltou um boa sorte, se livrou do corpo e declarou com tom irônico:
-Suas aptidões estão muito distantes para tal feito. Traduzir-me é impossível. 

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coisas da vida

E dai nesse tempo que sumi fiquei com dengue, perdi, "desperdi" e comecei o estagio que consegui. E tenho mergulhado na imensidão dos olhos negros , o que tem me assustado muito. E muitas outras coisas da vida tem me proporcionado muitos sorrisos bobos, historias engraçadas e pensamentos impuros. Enfim, vivo uma correria maravilhosa.