sexta-feira, 27 de maio de 2011

Namoro

Houve época em que a palavra namoro não era sinônimo de repulsa. Significava, antes de mais nada, experimentar sensações adjetivadas por clichês.
Hoje, a tal palavra representa ausência de todos os clichês. Ou o fingimento da sua não existência.
Foram os acumulo das experiências que criaram essa invisibilidade. O que significa que todos os clichês estão apenas a espreita.  

domingo, 22 de maio de 2011

Coerência, qual a dela?

Democracia sim!
Mas só até onde eles deixarem.
Liberdade sim!
Mas só se seguir as regras deles.

Instantes pequenos para simples desabafo/reflexão.
Eita povo sem coerência!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mudanças

Esperei que um dia eu também fosse motivo de orgulho. Esforço, dedicação, estudo, compromisso, responsabilidade, e nada, nunca consegui arrancar os elogios. Até que percebi. O importante nunca foi a conduta correta, o importante sempre foi a aparência. E nisso, nunca fui competente, e provável que jamais serei. 
Já não me importa mais ser motivo de orgulho. Agora, vivo por mim. E isso basta. 

domingo, 15 de maio de 2011

Percepções

Alguns inícios tem razões tão curiosas. Creio que o meu espaço foi iniciado em virtude da necessidade do desabafo de você, o que é curioso, afinal, essa "culpa" vinda de terceiro é uma coisa tão...sem coragem.
Mas, enfim, as razões iniciais, que primeiramente transformaram meus desabafos em tentativas expostas em letras, hoje evoluíram à constatação surpreendente que através da interpretação das linhas gerei meu autoconhecimento. 
E vou te falar, viu? Autoconhecimento, as vezes é uma merda!

Você não sabe

É culpa da timidez associada à mudez, que sempre surgem quando as borboletas te veem, você não saber o quanto significa pra mim.  

domingo, 8 de maio de 2011

Da decisão do STF

E daí que essa semana teve o lance do STF e a união estável homoafetiva. É, eu sei, noticia velha e decisão que vem com muito atraso, mas que considerando as particularidades nacionais mostra-se de extrema importância. Enfim, não pretendo entrar no mérito nem discutir os aspectos jurídicos, meu  proposito, por hora é outro, e diz respeito, justamente da dificuldade que encontro em me manter viva, saudável e sem atritos intelectuais, nos espaços que estou transitando. 
Se antes me relacionava com pessoas que, por terem uma trajetória histórico-cultural semelhante a minha, permitiam minhas expressões, atualmente convivo com sujeitos com concepções diversas, o que, apesar de gerar novas interpretações, ressignificações, e também me auxiliarem a compor o quadro dessa tal humanidade, por outro lado, causam certos desgastes. 
Que fique claro, não encaro orientação sexual como um requisito de distinção dos sujeitos, não vejo diferença no amor e afeto entre casais héteros e homoafetivos, portanto, decisões que tem o escopo de mostrar o real significado da palavra igualdade, recebem meu aval.  E todos sabem das minhas posições, portanto, nunca estive em armários seja quanto minhas ideologias e crenças, seja em emitir qualquer opinião, mas agora, percebo que tentam impor um limite as minhas expressões, ou seja, uma tentativa de deixarem aflorar apenas os pensamentos orientados por uma visão cultural distorcida (a do homem branco, hétero e detentor do capital), na tentativa de que eu compre essa ideia, e, isso, tem gerado tensão em muitos momentos.
Dito isso, se no meu espaço não posso escancarar através de algumas palavras (afinal, para romper preconceito é necessário a desmistificação de algumas situações e isso leva tempo) digo aqui o que tive que engolir na quinta-feira:
Não diga que é um estardalhaço comemorar se não lhe é negado as manifestações de carinho em publico, se não lhe é negado a igualdade de direitos quando as obrigações são iguais.  Não diga que não é importante se você é um sujeito visível aos olhos do mundo. 
Embora eu não tenha dito literalmente tais palavras, venho gradualmente expressando minhas opiniões, e tentando proporcionar a duvida quanto quem construiu os esteriótipos e caricaturas que eles juram odiar tanto. É um processo lento, difícil, e  que talvez desperte algumas mentes, ou talvez nem isso. E quem sabe, um dia eu entenda a humanidade e talvez ela também me entenda.
 


sábado, 7 de maio de 2011

7 de Maio


Eu sei que sempre foi uma tradição nossa a comemoração silenciosa e sempre polida. Características estas que nos serviam mais como desculpa da suposta distância do que realmente a verdade representada.
E mesmo que com toda contradição, todos sentimentos ambivalentes que mantivemos entre nós, sempre tínhamos o nosso dia especial de maio.  Mas hoje, depois de anos, minha presença no seu 7 de maio chega ao seu fim. Encerrando, assim, mais uma faceta de tudo que construímos. 
Diferente dos outros 7 de maio, faço com que o silencio se transforme, realmente, em silêncio, sem interpretações em suas "linhas".

domingo, 1 de maio de 2011