domingo, 23 de dezembro de 2012

Medo

Vou expor um pouquinho da minha vida nesse final de ano, tá? 
Amei por muito tempo meu primeiro namorado. Foram anos, muitos anos mesmo, amando uma única pessoa. Amei intensamente, mas não vivi esse amor. Ficamos juntos pouco tempo, mas o importante é que eu o amava e o amei por anos. E isso foi doloroso demais. Doeu tanto que eu fingia que não amava mais nada, e eu fugia de relacionamentos e mentia que não me importava com muita coisa, o que era uma mentira gigante porquê eu me importava sim. E eu imaginava que, talvez, o tempo me ajudasse a esquece-lo, o que não aconteceu. O que aconteceu foi que me apaixonei de novo, e de repente me percebi amando, e de uma forma tão limpa e linda que chega a doer, mas daquelas dores boas. Redescobri que é uma delicia agoniante amar e sentir o ar sumir quando alguém diz o nome da minha paixão. Sensações puras, plenas e pulsantes.  
Mas o triste disso tudo sabe o que é? Eu tenho um medo gigante de contar como é ter uma orquestra no peito para essa pessoa. Eu tenho um temor imenso de expulsa-la da minha vida. Um pavor que ela descubra o que sinto e me diga somos apenas amigos. Medo de ouvir essa frase, medo de não bastar como pessoas, medo... 
Medo: coisa mais besta essa sensação. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Desses dias

Eu tive que me fazer forte. Foi preciso endurecer o coração e fazer o peito calar as lágrimas que marcavam a pele. 
Foi necessário. Minha história me impôs isso como condição de sobrevivência
E hoje me importo menos com algumas coisas, menos com palavras. Hoje me cerco de pessoas que reservam a mim afeto, carinho e amor. 
E apesar de tudo tem dias que todo o ódio gratuito cai sob meus ombros, que o coração diminui e as lagrimas correm manchando minha pelo. 
E esses são dias tão difíceis. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

As consequências

"Eu nunca beijei meu marido na boca". 
Foi essa frase que nos deixou espantados. Os significados que esse teor tem nos serviu como um soco no estômago, tão indigesto.
Deixados os inúmeros porquês que nos fazem refletir sobre o ser humano, a sociedade, o casamento e a condição da mulher, fico imaginando a dor que é ser privado das emoções e sensações guardadas em um beijo. 
Me pergunto o que é amor para essa pessoa. O que é afeto? Se já recebeu carinho? 
Imagino se essa pessoa sabe doar amor, afeto, carinho. Me sinto pior quando lembro que essa pessoa tem filhos, e daí vem a questão: como aprenderam a amar se as expressões foram silenciadas? E é com e por esse último questionamento que "cai na real". 
Isso explica tanta coisa fodida dos relacionamentos...   

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Coração

Daí que passamos uma boa parte da vida recusando um sentimento. 
Daí que de repente o coração começa a bater mais forte simplesmente por pensar em uma única pessoa. 
Daí que quando caminhamos na rua percebemos a real dimensão disso tudo, porque, nada mais indicativo do que é tudo isso, do que do nada procurar aquela pessoa entre tantas outras. E ainda rir quando se percebe o absurdo disso tudo, mas ainda assim, acreditar que vai vê-la sorrindo entre tantos.  
Daí que é a partir de uma amontoado de coisas e detalhes que caímos na real: é paixão, e das "brabas".
Daí que paramos e pensamos: será que ela também sente? 
Daí começam as inseguranças. 
Daí aumenta o desespero. 
Daí que não há como fugir diante de tanta intensidade e o mair medo é a não receptividade do sentimento. E é aí que reside a justificativa da recusa: vamos evitar a dor? 

domingo, 23 de setembro de 2012

Das surpresas da vida


Jamais imaginaria que alguém que conheci tão brevemente e em um tempo tão passado hoje retornasse com tanta intensidade na minha vida.
Te conheci quando tínhamos no máximo 14 anos. E acho que nossa relação foi apenas de companheiras de um espaço em comum. Poucas palavras, até porque, a mesma timidez que mantenho hoje, sequestrava minha voz à época, o que sempre fez com que nossas conversas fossem mínimas. Até meus olhares era direcionado a outra pessoa.
Mas daí vêm o tempo, vêm as dores, as amarguras, as barreiras e as surpresas da vida. E daí veio novamente você. Um único encontro e dessa vez muitas palavras. E dessa vez muita vontade de pertencer, de ter, de tocar, de sentir. E tudo isso em no máximo 15 minutos, que é tão pouco tempo para quem quer mostrar o quanto é possível vibrar em razão de outra pessoa. 
Agora eu peço mais tempo e aproximação que é para eu tentar te conhecer e convencer que pode existir um "nós".  

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Tolerância

Não gosto da palavra tolerância, mas antes que me crucifiquem, justifico. 
Tolerar é suportar. E creio que se houvesse respeito pelo humano, o reconhecimento da humanidade do outro, teríamos, invariavelmente, respeito, não sendo mais necessário tolerar. 

Somos tão iguais em sentir, em desejar, mas insistimos em separar nós do outro, e com isso esquecemos que somos os mesmo: humanos. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Encanto

O que me encanta na humanidade é essa capacidade criativa sem limite. É essa necessidade de contar uma história, que é ao mesmo tempo tão comum e tão conhecida, e que é também tão inédita e unica. Me causa tesão absurdo ter a oportunidade de ver o quanto esses criativos se apropriam dos signos, dos símbolos e transformam a dor em algo sublime. 

domingo, 2 de setembro de 2012

Sou

Levou muito tempo para que eu conseguisse perceber que não era amor. Creio que somente hoje, após mais um desses encontros casuais, no qual encarei suas feições, no qual trocamos palavras amistosas, no qual recordamos apelidos de infância, e no qual lembramos de uma época tão particular, que consegui tirar a venda e perceber que nunca foi amor. Era afeto, era amizade, era desejo, mas amor não, não era.
Cultivei uma mentira por muito tempo pelo simples fato de ter desejado, mesmo que de modo inconsciente, o resultado das regras sociais. Criei expectativas e um falso amor para pertencer a "meu" grupo social. Percebo com tanta clareza hoje que gritei e sofri por um amor inventado, percebo que era o desejo, tão maior de pertencer, que fez brotar um sentimento que era amor, mas hoje já não é.   
E pensar que eu queria uma vida com esse amor, mesmo percebendo que algo me sufocava ali. E pensar que me negava, silenciava, simplesmente para ser o que esperavam de mim. E hoje, percebendo que o que ignoro dessas expectativas é o que me faz tão bem, porque sou o que quero, é libertador.  
    

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Transformação

A oportunidade de ter contato com diversas teorias e ideias transformam qualquer pessoa. Melhor dizendo, o conhecimento, o saber transformam qualquer um. Se é para melhor ou pior, daí depende do referencial adotado. 
Enquanto você está ali, inserido em espaços - formais ou informais - que permitem a discussão e contato com coisas novas, a dimensão de tudo o que é gerado nesses instantes e que pode vir a representar na sua vida nem é percebido. Você só percebe o tamanho da mudança quando consegue refletir sobre todo o simbólico das relações em um simples ato, talvez, de uma simples entrevista de emprego . Daí já não tem mais volta, ou é luta/resistência ou entrega, de qualquer maneira, você está transformado.    

domingo, 19 de agosto de 2012

Reflexões

Não sei como vocês, leitores, aqui chegaram. Mesmo que as vezes o sitemeter me indique de onde.
Não sei quantos são vocês, embora o senhor feedburner me forneça números surpreendentes. 
E o mais importante: não sei quem vocês são. 
Já faz tempo que, com maior ou menor intensidade, com mais ou menos detalhes da realidade, escrevo nesse meu hospício. E confesso que vez ou outra penso nessas questões e em tantas outras. No entanto, nesse momento, por inúmeras razões, penso nas relações humanas. Minha curiosidade tem circulado alguns aspectos da humanidade e o que me é mostrado é tão triste, desrespeitoso e intolerante que pergunto:
1-Você já pensou as razões que fazem você se mover frente aos outros dessa ou daquela maneira?
2-Você percebe, de verdade, pensando de maneira crítica, se sua postura muda em relação a algum conhecido quando: descobre que essa pessoa é ateu; quando é homossexual; quando é umbandista? 
Como você encara o outro quando ele diverge de você? 



sábado, 18 de agosto de 2012

Ousadia?

Tenho uma preguiça de pessoas que começam a falar, falar e falar sobre e como querem, mas que não aceitam argumentos válidos. Tenho mais preguiça ainda, quer dizer, tenho uma crise de riso que gera preguiça, quando essas mesmas pessoas sacam a frase "tanto faz" para fugir de um debate.
Honestamente, não sei qual é o medo em discutir determinados assuntos. Credo! Parece que em certos círculos o povo tem pavor em conversar assuntos que não sejam: 
1- novela;
2- novela; 
3- novela. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Como entender?

- Então é assim que as pessoas se sentem?
- Assim como?
- Com o frio e o fogo correndo no estômago. Com esse desconforto e falta de concentração. Com esse desejo sem nome. É assim? Assim que as pessoas se sentem?
- É, é assim, mas é um pouco mais também. 
- E ainda com tanto desconforto todo mundo deseja a sensação, é isso?
- É, é isso sim. 
- ... 

domingo, 5 de agosto de 2012

Me aventuro mais uma vez por espaços que contem pessoas tão diversas a mim. E confesso que adoro esses momentos e os percebo como instantes dotados de uma riqueza sem igual. São nesses instantes que eu saio da minha conformação diária em razão de tanta diversidade e aprendo muito. E também vejo, infelizmente, o quanto o preconceito, mesmo que velado, impede a felicidade de tanta gente. 


sábado, 4 de agosto de 2012

Argumento dos dinossauros

Sou entusiasmada por tecnologia. Gosto, uso, fuço, indico e consumo. E diante das necessidades do mundo atual, acho um desperdício deixar alguns recursos tecnológicos pelo argumento " na minha época era assim, portanto, faremos assim".
Penso que se ao menos tentassem novos caminhos sem combater as mudanças com esse tipo de argumento, vá lá em não mudar... mas nem isso.
Cade a criatividade, né mesmo?  

Indícios

Coração em ritmo instáveis. 
Brilho nos olhos. 
Pele quente. 
Respiração oscilando.
Dedicação exclusiva a um único ser. 
São esses os sintomas. 
Pequenos e grandes indícios do que circulam um pequeno verbo. 


segunda-feira, 23 de julho de 2012

A vida é uma fanfarrona

Por mais que você esteja na defensiva, por maiores que forem as barreiras e muros erguidos, por mais que a experiência te diga "não confie", há aqueles momentos em que você baixa a guarda e se permite acreditar. 
Talvez seja amizade, talvez seja amor, talvez...talvez. 
É nesse talvez e no desejo de se ligar que você deposita a esperança, e assim deixa o outro entrar na sua tão protegida vida. E embora você, de fato, deseje ser surpreendid@ pelo lado humano do outro, não é o que acontece. Se a guarda estivesse erguida as dores seriam evitadas. Nem culpar a ingenuidade você pode. 
Se sua experiencia te fez erguer os muros, o desejo de se ligar no outro te fez diluir a rigidez.   




quarta-feira, 4 de julho de 2012

Convite

Aquele olhar tão distante apenas provocava minha curiosidade. Fiquei o assistindo por alguns minutos e após a curiosidade me vencer, cheguei perto e disparei:
- Tá onde, posso saber?
- No Rio. Sentado num desses botecos que de tão democráticos podem ser por demais perigosos.  
Esperava uma resposta, mas não a que ganhei. Ele nunca é como os outros, e mesmo que eu previsse algumas diferenças jamais consideraria que perguntas e respostas poderiam ser um convite.
- E você está sozinho?
- Eu e meu chopp. Penso em muitas coisas, mas estou só. Você sabe que a solidão é meu gatilho pra imaginação.
- Mas pensa o que? Imagina o que? 
- Que toda essa gente e toda essa movimentação da vida sempre nos leva pro mesmo lugar... que chega a ser tão obvio e tão assustador também.
- Desenvolva melhor. 
Ele sorriu, um sorriso largo e silencioso. Ele sempre sorria quando eu lançava o meu "desenvolva melhor". Dizia que eu enrugava a testa e invertia o que não deveria: racional no lugar do emocional. Dizia que eu perdia o colorido da vida quando trocava o sentir pela razão, que algumas emoções devem primeiro serem sentidas e só depois interpretadas. E que agindo assim eu atropelava o sentido da vida. 
Pude encontrar, nos seus olhos a mesma lembrança, quando terminei minha frase. Sorrimos ao mesmo tempo. Esperei que ele verbalizasse a sua "dura", mas essa não veio. O que veio foi a surpresa. 
- Sabe aquele momento dos filmes quando de repente no meio de qualquer conversa alguém para e diz: eu senti tanto a sua falta?
- Sei. E sei que a única resposta é eu também.
- Você sabe o que acontece depois?
- Sei... mas nós queremos o que vem depois?
- Eu sempre quis, você é quem racionalizava demais nesses momentos.
E mais uma vez ele me conduzia com as palavras certas. E mais uma vez eu aceitava seu convite. 


  

domingo, 24 de junho de 2012

Conclusão?

E mais uma etapa se encerra. Depois de muita dedicação, trabalho e alguns aborrecimentos, encerro um período de 4 anos. Mas continuo com aquele gostinho de quero mais, de que foi pouco, de que há mais para descobrir. Ou seja, continuo a procura do que me falta, na certeza de que algo sempre me faltará!

terça-feira, 12 de junho de 2012

E se não agrada...

Julgo que aquelas atitudes, palavras e imputações foram uma tentativa de me destruir. Mas quer saber? não deu certo. Eu me fiz forte. E cada dia que penso, que recordo dos gestos e de tantas palavras que já me arrancaram lagrimas, eu concluo que não há nada de errado de ser como eu sou, não há nada de errado de não ser aquilo que você desejou.  

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ser o que eu quero ser

Ser aquilo que idealizaram para mim é a parte mais difícil da vida. E eu já tentei, mas hoje não me importo mais, quer dizer, tento não me importar mais. Hoje luto contra todos os julgamentos que tentam silenciar minha real personalidade. Eu tenho tentado diariamente reconstruir minha própria identidade. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Vida que segue

Essa semana passei por duas experiências muito próximas, mas com desenvolvimentos bem opostos. Nas duas ocasiões foi necessário que eu me expressasse, compartilhasse minhas ideias, enfim, essas coisas tão comuns em conversações. Em uma delas, me permitiram falar, me deram tempo e o mais importante, me escutaram! Na outra, no entanto, assim que comecei a argumentar (sim, com embasamento e longe do achometro, sabe?) me cortaram e encerraram o assunto porque "isso" não se discute. 
Acho péssimo essa "compreensão" que algumas pessoas têm de considerar que certos assuntos não podem ou não devem ser discutidos. Na situação que vivenciei quando trouxeram o "isso não se discute" encerraram uma discussão que poderia ser tão benéfica para algumas pessoas presentes (no sentido de ajuda, mesmo), mas que, no entanto, foi freada tão prematuramente.Quando relaciono as duas situações percebo a riqueza que me trouxe a primeira e a chateação proporcionada pela segunda, e sabe qual o resultado disso? As mudanças são atrasadas, os preconceitos herdados e as angústias podem dobrar.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A palavra encanta

Ter facilidade para escrever, para criar, demanda algumas habilidades. Habilidades estas que só são alcançadas, desenvolvidas e aprimoradas através do exercício, da rotina, do hábito, da adição de novos repertórios por meio de leitura diversificada. Ou seja, é preciso investir tempo e admitir que a responsabilidade não pode ser exclusiva da inspiração. Enfim, histórias antes de encantarem, já provocaram muita gastura e insônia no autor. Criar é mágico, mas é  também doloroso.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Talvez seja por isso

Talvez já sejamos diferentes desde a primeira infância apenas com o proposito de provocar os demais para a vida. Talvez a personalidade forte (dizem forte, mas a entendem como difícil) seja apenas a tentativa de resgatar os de personalidade "fraca" daquele mundinho nomeado normal. Talvez seja por isso que meu corpo e minha mente venha tentando resistir a realidade inventada.  

segunda-feira, 21 de maio de 2012

E sou

O diploma, o emprego, a estabilidade. 
O namoro, o casamento, os filhos, a família.
Não sou eu quem precisa disso tudo. São os outros que me dirigem essas necessidades. Eu apenas preciso da liberdade. É ela quem eu carrego na minha felicidade. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Silêncio

Gosto do silêncio. É a partir dele que posso revisitar algumas situações, alguns sentimentos. É com ele que posso sentir a vida com mais calma. E em uma dessas revisitações o silêncio me trouxe nós. E aquela ambivalência se fez presente. Um turbilhão que agita e acalma o coração. Amor e ausência de amor, tudo ressurgindo através, mais uma vez, do silêncio. Do meu silêncio.   

terça-feira, 15 de maio de 2012

Vida

As vezes fica tão explicito que viver é um constante processo de negociações, que a vida perde até a graça.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mais um 7 de Maio

É, eu sei, já se foi mais um 7 de Maio. E o significado de tudo isso é o tempo fluindo, as promessas que não se concretizaram e os amores que já não se reconhecem.  

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dos preconceitos

Não tenho filtro e medida na hora de externar minhas opiniões. Desde que me tornei uma menininha arrogante, segundo minha mãe, jogo tudo para fora sem pensar nos julgamentos. 
Considerando isso, e como tenho transitado por espaços tão diferentes, com pessoas tão diferentes e, especialmente, muito tradicionais, a ausência de freio na língua tem rendido situações tragicômicas, muita diversão e inúmeras reflexões. 
Embora eu me divirta muito com as caras e bocas que tenho recebido de terceiros, tem momentos que fico espantada com as frases que utilizam para contestar minha opinião (como se pudessem ser consideradas contestação, né), e principalmente, com a intolerância e o preconceito expostos naquelas palavras. 
Enfim, se fizer uma listinha, as frases mais comuns e que são o resultado da ignorância são:    
1- Ela vai pro inferno (porque não vejo empecilhos e não considero erro a homoafetividade);
2- Ai se minha filha fosse assim! Acho que morreria (porque, né, argumentar em favor das minorias é falta de educação);
3- Vou rezar pra ela arrumar um marido que lhe endireite (porque só chicote dá jeito nessa minha falta de educação);
4- Coitada da família (essa eu acho a mais divertida). 
5- Só pode ser sapatão (porque toda a orientação sexual  está condicionada ao casamento e maternidade, só pode, né?).

sábado, 7 de abril de 2012

Hábito

Tenho o hábito de chorar no escuro do meu quarto. De esconder as lágrimas nos lençóis e abafar o choro no travesseiro. 
Tenho o hábito de me fingir forte. De garantir que as paixões ficaram para traz e que estou aberta as possibilidades.
Tenho esse hábito de fazer os outros acreditarem que está tudo bem, quando na verdade estou tentando juntar os cacos. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Livre

E de repente o brilho do seu olhar desapareceu. E eu demorei para entender que o brilho não havia desaparecido, apenas não era mais reservado para mim. E levou tempo para eu desapegar do seu olhar, mas isso aconteceu. E já me sinto tão livre. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Não é sorte, é trabalho

É fácil perder de vista alguns objetivos, esquecer das vontades e deixar sonhos no silêncio. Tudo isso é fácil. O importante é perceber quais as situações, as ações e/ou omissões que serviram de barreira, e resgatar a vontade de retomar o rumo inicial. 
É preciso lembrar que sonhos nunca veem com facilidade e só são realizáveis depois de muito esforço e dedicação. E uma dose de teimosia porque na maioria das vezes sempre tentarão te convencer de que seu desejo é puro capricho, e do que você precisa é "pé no chão". Mas duvide, respire e volte sempre ao seus objetivos.        

domingo, 1 de abril de 2012

Ironia

Nada mais punitivo para os outros do que expor a verdade pela ironia. 
E olha, dessa vez, não fui eu quem fez uso da ironia para apontar a realidade falsa de certas pessoas. Dessa vez eu fui plateia e achei divino a exposição. 
Cansa conviver com tanta gente falsa. 

sábado, 31 de março de 2012

Coisas da vida

Quando se tem expectativas, inevitavelmente, você admite a possibilidade de se decepcionar. 
Eu, racional demais, não deveria te-las comigo, permitir sua presença em minha vida, mas, como qualquer humano, eu as tenho. E é sempre doloroso quando as expectativas não se cumprem. E eu hoje estou assim: decepcionada, afinal esperei demais das pessoas, e o resultado é doloroso mesmo. Agora aprendo, reforço minhas "certezas" fortalecendo meu muro.      

domingo, 25 de março de 2012

Vislumbrando o fim

Pronomes possessivos são impronunciáveis enquanto se dividem os espaços. E eu não tenho mais paciência para essa realidade. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Se conhecer

Tenho muitas coisas pra analisar e escrever, mas não consigo estabelecer uma coerência, então, continuo refletindo. No entanto, no meio das minhas bagunças argumentativas e mentais, depois de examinar algumas lagrimas e apertos no peito, conclui que nada é mais aliviante do que ter ciência do porquê certas atitudes pesam mais do que outras, e só após essa clareza é que deixam de ter o peso que tem na vida. 
Sei que é clichê demais, porém, autoconhecimento é tudo! 
  

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pedido

Te conduzi por um ano em sonhos. Te mostrei sorrisos, peles e olhares. Te fiz sorrir. Te fiz vibrar. E agora peço que você pegue em minhas mãos e me leve para a sua vida. Peço que viva o meu amor. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

C'est la vie

A vida, as vezes, é tão surpreendentemente estranha que não sei o que fazer com a minha racionalidade. 
E assim, de repente, me percebo completamente próxima de sentimentos que sempre recusei. Sempre surpresas. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Prudente

Há instantes em que é mais produtivo observar, interpretar e (re)significar as posturas dos "chefes", para um futuro posicionamento, do que enfrentar imediatamente sem qualquer segurança. 
Prudência sempre vai bem, não?  

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O tamanho do que sinto

Em meus pensamentos soa menos clichê, e quando digo em voz alta o Como pude viver todo esse tempo sem você?, parece que as palavras não alcançam a dimensão correta. 
 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Medo

Meu coração pulsa na garganta. 
É o medo de perder, da ausência, do provável sumiço, de não saber mais sorrir longe de você. 
E é medo da dependência dessa sensação, de toda essa confusão, que faz a vida explodir na minha boca expulsando palavras tão doces. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Crer?

Depois de tantos acontecimentos chatos, relacionamentos desgastantes, e outros fatos cotidianos tão improdutivos, me pergunto (o que me faz refletir muito) se de fato eu deixei espaço para as pessoas me surpreenderem, ou se já antevendo a decepção (ah humanidade, você sempre segue o caminho óbvio!) apenas esperei que ela chegasse. 
Conhecendo meus passos, digo que inclinei-me à segunda situação. O que faz com que eu seja uma grande filha da puta, acho. E isso transforma completamente minha relação com todos os demais. Talvez já tenha passado da hora acreditar, nem que seja um pouquinho, nas ações dos demais, não?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Broken heart

Eu poderia até ter conhecimento, mas enquanto não exteriorizei a verdade, a barreira apenas enrijecia. Agora que coloquei na fala a existência de um broken heart toda dor intensificou, mas a barreira já da sinais de trincos. 

sábado, 14 de janeiro de 2012

Do confiar

O tempo me fez menos crente. Mais cética. A confiança foi diluída, quase não sobra resquício. E com isso, relacionamentos são minados, testados constantemente, levados ao limite, e nenhum deles resistiram. O que talvez seja indicio de que a muralha que construí não tolera rachaduras.  

sábado, 7 de janeiro de 2012

Entender o outro parece tão complexo em algumas situações, e em outras, tão simples. 
Humanidade e sua complexidade!  
Humanidade e sua simplicidade! 
Distancia x Aproximação
Oposição x Complementação
Talvez, essa oposição, esse reconhecimento no outro seja o simples resultado da presença/ausência da empatia. 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Os vários amar

Hoje, depois de analisar com frieza, chego a conclusão de que nossa relação nunca foi boa, tranquila e amorosa. Julgo que, atualmente, nos suportamos apenas por necessidade. Não cabe mais amor, no entanto, talvez exista ainda, algum resquício de afeto e só. E isso é doloroso demais. Pesado demais receber um "amor" por obrigação/necessidade.