quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dos preconceitos

Não tenho filtro e medida na hora de externar minhas opiniões. Desde que me tornei uma menininha arrogante, segundo minha mãe, jogo tudo para fora sem pensar nos julgamentos. 
Considerando isso, e como tenho transitado por espaços tão diferentes, com pessoas tão diferentes e, especialmente, muito tradicionais, a ausência de freio na língua tem rendido situações tragicômicas, muita diversão e inúmeras reflexões. 
Embora eu me divirta muito com as caras e bocas que tenho recebido de terceiros, tem momentos que fico espantada com as frases que utilizam para contestar minha opinião (como se pudessem ser consideradas contestação, né), e principalmente, com a intolerância e o preconceito expostos naquelas palavras. 
Enfim, se fizer uma listinha, as frases mais comuns e que são o resultado da ignorância são:    
1- Ela vai pro inferno (porque não vejo empecilhos e não considero erro a homoafetividade);
2- Ai se minha filha fosse assim! Acho que morreria (porque, né, argumentar em favor das minorias é falta de educação);
3- Vou rezar pra ela arrumar um marido que lhe endireite (porque só chicote dá jeito nessa minha falta de educação);
4- Coitada da família (essa eu acho a mais divertida). 
5- Só pode ser sapatão (porque toda a orientação sexual  está condicionada ao casamento e maternidade, só pode, né?).

sábado, 7 de abril de 2012

Hábito

Tenho o hábito de chorar no escuro do meu quarto. De esconder as lágrimas nos lençóis e abafar o choro no travesseiro. 
Tenho o hábito de me fingir forte. De garantir que as paixões ficaram para traz e que estou aberta as possibilidades.
Tenho esse hábito de fazer os outros acreditarem que está tudo bem, quando na verdade estou tentando juntar os cacos. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Livre

E de repente o brilho do seu olhar desapareceu. E eu demorei para entender que o brilho não havia desaparecido, apenas não era mais reservado para mim. E levou tempo para eu desapegar do seu olhar, mas isso aconteceu. E já me sinto tão livre. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Não é sorte, é trabalho

É fácil perder de vista alguns objetivos, esquecer das vontades e deixar sonhos no silêncio. Tudo isso é fácil. O importante é perceber quais as situações, as ações e/ou omissões que serviram de barreira, e resgatar a vontade de retomar o rumo inicial. 
É preciso lembrar que sonhos nunca veem com facilidade e só são realizáveis depois de muito esforço e dedicação. E uma dose de teimosia porque na maioria das vezes sempre tentarão te convencer de que seu desejo é puro capricho, e do que você precisa é "pé no chão". Mas duvide, respire e volte sempre ao seus objetivos.        

domingo, 1 de abril de 2012

Ironia

Nada mais punitivo para os outros do que expor a verdade pela ironia. 
E olha, dessa vez, não fui eu quem fez uso da ironia para apontar a realidade falsa de certas pessoas. Dessa vez eu fui plateia e achei divino a exposição. 
Cansa conviver com tanta gente falsa.