quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dos preconceitos

Não tenho filtro e medida na hora de externar minhas opiniões. Desde que me tornei uma menininha arrogante, segundo minha mãe, jogo tudo para fora sem pensar nos julgamentos. 
Considerando isso, e como tenho transitado por espaços tão diferentes, com pessoas tão diferentes e, especialmente, muito tradicionais, a ausência de freio na língua tem rendido situações tragicômicas, muita diversão e inúmeras reflexões. 
Embora eu me divirta muito com as caras e bocas que tenho recebido de terceiros, tem momentos que fico espantada com as frases que utilizam para contestar minha opinião (como se pudessem ser consideradas contestação, né), e principalmente, com a intolerância e o preconceito expostos naquelas palavras. 
Enfim, se fizer uma listinha, as frases mais comuns e que são o resultado da ignorância são:    
1- Ela vai pro inferno (porque não vejo empecilhos e não considero erro a homoafetividade);
2- Ai se minha filha fosse assim! Acho que morreria (porque, né, argumentar em favor das minorias é falta de educação);
3- Vou rezar pra ela arrumar um marido que lhe endireite (porque só chicote dá jeito nessa minha falta de educação);
4- Coitada da família (essa eu acho a mais divertida). 
5- Só pode ser sapatão (porque toda a orientação sexual  está condicionada ao casamento e maternidade, só pode, né?).

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