quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

2016 - O ano velho

Esse ano tentei, tentei acreditar mais nas pessoas, tentei confiar, tentei abrir a minha vida para o outro, para as relações. E com isso eu posso confessar que eu cresci e me transformei um pouquinho mais. Porque, realmente, entender que quero me afastar das decepções e consequentemente das minhas relações, porque inevitavelmente as pessoas sempre me decepcionam, me ajudou a entender o que eu sou, a entender o meu EU (toda a frase parece uma redundância só, mas é isso mesmo!). E te digo uma coisa, eita processo difícil esse que é "se entender" e aceitar. Mas foi catártico...mas foi doloroso. 
Esse ano também descobri, acho melhor dizer que confirmei, não saber expressar minhas emoções e sensações, o que colabora em muito para meu constante afastamento das pessoas. E descobri que é doloroso se entregar por meio de palavras, entregar sentimentos. E eu fiz isso, duas vezes! Entreguei todo meu coração, tudo bem que foi por meio de palavras escritas, mas entreguei a duas pessoas. Confesso que foi quase como ficar nua diante de uma multidão. Talvez essa entrega seja um dos passos para reverter minha descrença e desconfiança com os outros. 
Na balança de 2016 ficam muitas aprendizagens combinada com uma sensação de dor e felicidade de uma entrega. Quem sabe eu fique mais humana em 2017? Quem sabe?  

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Desistindo

Não acredito que tenha sentimento pior do que desistir de pessoas. O ódio ainda é alguma coisa, mas a desistência... essa significa já não se importar, não ser afetado. Desistir de pessoas é o inicio de ignora-las, é como não se importar nem em conhece-las. E nesse ano tenho esse sentimento, ou falta de (sentimento) por algumas pessoas. Esse ano desisti de muitas pessoas, e aparentemente tenho vivido melhor, mais leve. 

domingo, 27 de novembro de 2016

Dificuldades

Tenho dificuldade em lidar com meus sentimento... e pessoas. Mas é inevitável conviver com pessoas e, portanto, inevitável sentir. Só que esses dias está muito difícil lidar com tanta profusão de sentimentos. É uma avalanche de decepção, magoas, angustias e amor. E tudo isso dá um medo danado. 

sábado, 26 de novembro de 2016

De como nos permitimos endurecer

A primeira vez que um relacionamento meu chegou ao fim eu achei que morreria. Que de tanto chorar eu pararia de respirar de uma hora para outra. Que aquela aflição, aquela angustia de não ter mais o cheiro, a boca, o corpo, a rotina, abriria um buraco no chão e de repente eu deixaria de existir. Mas isso foi a primeira vez, a primeira vez que o amor me arrancou o sono e me colocou em dúvida sobre o que é existir. Depois da primeira vez, da primeira dor, algumas coisitas começaram a germinar no coração: desconfiança, insegurança, amargura...E eu endureci. E da primeira dor para cá o que tem transbordado nesse coração endurecido não é mais amor, é indiferença. Pois é, algo que eu não imaginei surgiu porque não soube lidar com um medo de ter que sentir tudo isso de novo, como se fosse a primeira vez.  

domingo, 9 de outubro de 2016

Sobre ser criança

Tenho um aluno que é daquelas figurinhas comuns a toda sala de aula: agitado, desafiador, inquieto, resistente às regras e combinados e muitas vezes agressivos (tudo isso é resultado de uma modelo falho de educação, mas isso fica para outro dia), mas que para variar é dotado de uma inteligência singular. Tem o adicional de que a família não participa da vida escolar da criança, e ainda, é o menino de 6 anos quem se responsabiliza por tudo, desde vestimenta, higiene e material escolar. Pois enfim, dias desse houve reunião para esclarecer sobre um passeio e ninguém responsável pelo menino compareceu, então, supostamente, ninguém ficou sabendo sobre o que vestir e o que levar, apenas o menino era o único da família que sabia. E esperar que uma criança de 6 anos lembrasse e se responsabilizasse sobre o que era preciso organizar para o dia “d”, ainda mais após duas semanas de aviso, era quase que pedir muito. Mas não foi. E eis que as 7h da manhã do dia marcado, me deparo com o “bom dia” entusiasmado de um menino de banho tomado, cabelos penteados, mochila nas costas, uniforme limpo (nunca apareceu de uniforme na escola) e sorriso no rosto aguardando o passeio da “sua vida”. Confesso que a cena me sensibilizou, me deu aquele aperto danado no peito e só conseguia pensar que ele realmente me escutou…e veio a dimensão da responsabilidade sobre aquela criança, praticamente materializada nas suas atitudes. 

 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Das decepções

O mais difícil dos relacionamentos são as decepções. Talvez se não depositássemos tantas expectativa. Quem sabe? São as expectativas que contribuem para aquele processo doloroso desencadeado com as chateações, com as contrariedades, com as vontades diversas, com as agressões... Seria menos complicado se não esperássemos tanto dos outros, menos complicado ainda se entendêssemos que não podemos esperar nada dos outros. Mas a vida, ah essa traiçoeira, as vezes nos constroe tantas esperança que é inevitável as tais das expectativas sobre o outro. E então, é de repente que ela chega e traz aquela dor.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Às vezes...

Às vezes esqueço das palavras que geraram as mágoas. 
E que as pessoas dificilmente mudam. 
É, às vezes esqueço! E é por esquecer que o impacto é sempre o mesmo, ou até uma avalanche maior. 
Às vezes eu esqueço que pessoas são quase um padrão. E é por esquecer o padrão tão característico de desvio de caráter, que às vezes me permito prender em uma relação.