terça-feira, 23 de outubro de 2007

O que eu achava...

Eu achava que meu rosto jamais teria rugas.
Eu achava que jamais envelheceria.
Eu achava que o tempo passaria, mas nada mudaria.
Eu achava que meus amigos seriam pra sempre meus amigos! E que o tempo jamais mudaria isso.
Eu achava que teria apenas um e único verdadeiro amor. E que me casaria e viveria feliz da vida!
Eu achava que minha vida era cheia de amor. E de pessoas que se importavam e valorizavam o que tínhamos.
Eu achava que todos os meus pensamento não mudariam. Que minha paixão usada na defesa de minhas idéias permaneceriam, mesmo que o tempo passasse.
Eu achava que o que tinha importância eram nossos sentimento. E que as pessoas eram medidas pela sua moral.
Eu achava que sempre estaria apaixonada pela vida. E que nada do que fizessem seria capaz de me vencer.
Eu achava que faltava pouco tempo pra eu conquistar o mundo, conquistar a vida, me tornar "aquela pessoa".
Eu achava que minha vida seguiria aquele plano que eu tinha em mente. E que minha profissão seria aquela que me dá prazer.
Eu achava que a juventude era minha hora. E que eu poderia fazer qualquer coisa. Que eu era indestrutível.
Eu achava a vida maravilhosa. Eu desfrutava dos momentos de festa. E queria compartilhar minha alegria com todos.
Achava que as pessoas eram felizes, pelo menos eu era!
Eu achava que nunca iria me despedir de um amigo. Que nunca choraria a ausência, que nunca sentiria a dor de ter que dizer adeus por causa da morte. Eu acreditava que viveríamos sempre juntos. Que viveríamos pra sempre!
Eu achava que jamais conseguiria suportar a dor de um amor não correspondido. E não entendia o porque de ser ignorada.
Eu achava que amar era bom demais! Que era bom demais ter esperança! Que era bom demais acreditar! Que era bom demais confiar! E que ser amada compensava qualquer infelicidade.
Eu achava que o destino sempre alcançava a vida. E por pior que as coisas estavam, no final tudo se resolvia.
Eu acreditava! Eu vivia! Eu tinha esperanças e confiava!
Mas o tempo. A idade. A vida. Tudo me levou a desacreditar!
E tudo aquilo que eu achei ser único e verdadeiro foi derrubado pelo tempo. Vencido pela desilusão e magoa.
Até que o brilho do meu olhar se transformou. Minhas paixões se aquietaram, e muitos, muitos sonhos se perderam ou morreram pelo caminho. Restou apenas a saudades daquele tempo onde o mundo era cheio de possibilidades!

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