Aqueles rostos que já foram tão conhecidos nossos, hoje se fizeram estranhos.
O tempo os tornou apenas "conhecidos" de uma outra época, de uma outra vida.
Toda aquela intimidade, toda aquela cumplicidade de outrora foi vencida pelo tempo!
E quando, sem querer, esbarramos com aquele nosso amigão de infância pela rua é que percebemos como a distancia e os anos tornaram aquela feição tão familiar em um simples estranho, apenas um desconhecido.
A conversa que antes fluía hoje se transforma em um:
-Nossa, quanto tempo?
-É verdade, tem uns... nossa dez anos!
-O que está fazendo? Me conta o que fez todo esse tempo!
A conversa oscila sempre nesses assuntos, naquela lembrança de algum acontecimento. E sempre se encerra com aquela famosa:
-Precisamos reunir a turma novamente?
E fica sempre nessa conversa.
Esse roteiro que nunca muda. Não importa quem encontramos é sempre igual!
E aquela reunião daqueles antigos e bons companheiro só será realizada quando todos forem se despedir, no momento em que iremos velar aquele amigo de infância. Só a morte será capaz de trazer todos para aquela reunião!
E é nesse momento que a dor se mistura com nostalgia. Lembramos das juras e promessas de sermos sempre amigos! E realmente percebemos que um amigo partiu e nada, nada, por mais que tentemos, será igual, será feliz como naquela época onde tínhamos o verdadeiro "amigo de infância".
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