Durante a vida ouvimos muitas declarações de nossos "amigos". Promessas que sabemos que nunca serão cumpridas, juras de fidelidades que ao primeiro teste serão quebradas, mentiras inventadas e tantas palavras de momento.
Uma amizade quando posta à prova quase nunca resiste.
Nos enganamos acreditando que o amigo do peito existe e que sempre teremos aquele fiel escudeiro nas piores horas. Mas verdade seja dita, nascemos só e é assim que caminharemos a maior parte da nossa vida.
Vez ou outra temos o reconforto de ter alguém caminhando ao nosso lado, mas é tudo muito efémero e frágil, quando menos esperamos estamos a sós novamente.
Passamos grande parte da nossa existência lutando para que isso não seja verdade. E buscamos um acalento nesse sentimento lúdico da amizade.
Procuramos desesperadamente essa frágil aparência de significarmos algo, para que assim, nossa inútil existência seja assistida por mais alguém, e que nossa misera humanidade signifique um pouco mais.
Talvez seja essa a razão de querermos, desejarmos, os amigos.
Eles nos servem como espectadores. Assistem nossa vida para que ela seja algo. É como se sem eles nada acontecesse. É como se sem eles tudo se paralisasse, afinal que sentido faria tudo se nossos atos e atitudes não refletissem em ninguém?
Será que é para isso que servem os amigos? Apenas um instrumento que nos dá sentido!?
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