Me afasto de relacionamentos. Todos que me conhecem sabem. No entanto, todos me pedem conselhos sobre relacionamentos.
Não, não entendo a razão deles fazerem, afinal, para que a aprendizagem sobre o mesmo aconteça, teria que vivencia-los, certo? E se não tenho relacionamentos como poderia compreende-los?
Enfim, meus amigos ignoram a minha ausência de experiencia e ao menor sinal de problemas em seus relacionamentos, me questionam, confidenciam, pedem conselho.
E talvez o façam apenas em virtude do meu olhar observador, e da razão fria com a qual pontuo os "conselhos", ou fizeram alguma aposta entre si para ver quanto de teoria coloco em algo que deveria ser mais pratico (sério, eu teorizo muito sobre as experiências amorosas dos meus amigos). E julgo essa ultima alternativa a melhor justificativa para a provocação do dialogo sobre coisinhas do coração.
Geralmente tento ter empatia, não ser tão racional e amenizar o problema, adotando como estrategia a devolutiva com alguma questão que exija a reflexão da pessoa, e não uma resposta concreta minha. Porém há instantes que não seguro a lingua, porque ou eu jogo na cara o obvio ou quase enfarto perante tanta ingenuidade do outro. E em um desses "conselhos" quando inquirida sobre a situação eu disse que "dar um tempo" era uma construção humana pra tentar atenuar a já "morte" do relacionamento, e acreditava que em breve o casal romperia o relacionamento (viu, eu não consegui segurar a lingua, mas era e é obvio demais). Claro que com isso fui tachada (mais uma vez) de insensível, fria e blablablá, mas diga você qual das alternativas, de fato, ocorreu:
a) o casal deu um tempo (ebaaaaa, férias conjugais) e voltaram, se perceberam apaixonados e viverão felizes para sempre.
b) o casal deu um tempo e um dos fulanos saiu pra balada, bebeu demais e pegou o primeir@ que passou na sua frente, destruindo todas as chances de volta, porque né, desgraça boa é aquela que a plateia está cheia de amigos, especialmente os fofoqueiros.
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