Como todo início trocamos alguns olhares e conhecemos os nomes. Aprendi seus gostos, seus desejos, seus medos. Conheci sua parte mais honesta, a parte que me aterrorizava, e toda a composição da sua personalidade. Foram anos em que ele atuou como meu melhor amigo. Até que aquele sentimento que experimentei no inicio, o tal do afeto, cresceu. Cresceu em importância, e fazia meu peito pulsar esquisito quando o via.
Éramos adolescentes, éramos cúmplices, éramos confidentes, eu a amiga inseparável, e ele o amigo insubstituível. Mas aquilo que eu carregava no meu peito incomodava, se debatia querendo sair.
Crescíamos, o tempo corria, a paixão crescia, e chegou o dia em que as palavras tentaram ensinar o que era aquilo que eu carregava.
Foram apenas duas palavras. Não existiam outras que pudessem explicar, ou exemplificar aquilo que eu sentia desde o primeiro olhar, quando tínhamos apenas sete anos. Foram naquelas palavrinhas, que os anos que viriam depois me ensinaram a banalizar, que transformei o afeto em amor. Foi naquele Te amo tímido e rouco que transformei o melhor amigo em primeiro namorado.
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