Eu amo mais você do que eu.
Ela só pensava nessa frase e naquele timbre de voz grave que lhe falou em uma noite de verão, o quanto era difícil carregar tanto amor no peito.
Ela só pensava nele, e como as historias de amor costumam dar errado. E como dói sofrer por amor.
Ela pensava naquele corpo, naquele homem, naquele nome do passado, mas na fila do cinema, ela abraçava outro que se intitulava namorado.
Comedias românticas sempre a faziam lembrar do outro com mais intensidade, transportando-a para aquela época em que trocavam juras e planejavam o futuro. Sempre pensava nele, e se indagava se ele já teria assistido ao filme.
Não esperava que ele, como uma belíssima obra do acaso, apareceria bem na sua frente. Dois anos sem se verem, e de repente acompanhados de seus pares romântico, se esbarram numa fila de um cinema qualquer.
Trocaram olhares maliciosos.
Ele, numa distancia de cinco corpos atrás dela, a observava discretamente.
Cada um, seguindo a regra de namorados em filas, abraçadinhos, trocando caricias delicadas com os seus coadjuvantes, mas cada qual não perdia a sua oportunidade de se espiarem.
Ela virou-se de frente para o namorado, o abraçou encaixando a cabeça no seu pescoço. Naquela posição que permite pequenas mordidinhas na orelha, mas que lhe dava a visão perfeita do antigo amor. Ele, invejando a visão que agora ela possuía, fez com que a namorada ficasse na mesma posição, ficando livre para encarar aqueles olhos verdes tão conhecidos.
Trocavam risinhos discretos.
Como ela acreditava que o destino sempre arruma uma maneira de dar novas chances a historias mal acabadas, pensava que talvez, aquele encontro seria um desses momentos manipulado pelo destino, que trabalha para unir paixões inesquecíveis.
Enquanto ela refletia sobre o acaso, o destino e segundas chances, ele se perdia, mais uma vez, na profundidade daqueles olhos viciantes, sentindo aquele aperto que dá no peito de quem carrega uma grande paixão.
Soltaram-se dos seus pares para cumprir o ritual da pipoca. Deixaram que as mãos se esbarrassem quando estava lado a lado no balcão. Ela pediu pipoca, e ele emendou:
-E uma coca também.
-Completando meu pedido? Talvez eu não goste mais de coca, talvez agora eu seja uma garota viciada em guaraná.
-Nunca. Cinema sempre será pipoca e coca, independente do quanto má acompanhada uma garota possa estar! Te ligo amanhã para a resenha do filme!
-Melhor ligar hoje, porque eu ando esquecida demais.
Ela só pensava nessa frase e naquele timbre de voz grave que lhe falou em uma noite de verão, o quanto era difícil carregar tanto amor no peito.
Ela só pensava nele, e como as historias de amor costumam dar errado. E como dói sofrer por amor.
Ela pensava naquele corpo, naquele homem, naquele nome do passado, mas na fila do cinema, ela abraçava outro que se intitulava namorado.
Comedias românticas sempre a faziam lembrar do outro com mais intensidade, transportando-a para aquela época em que trocavam juras e planejavam o futuro. Sempre pensava nele, e se indagava se ele já teria assistido ao filme.
Não esperava que ele, como uma belíssima obra do acaso, apareceria bem na sua frente. Dois anos sem se verem, e de repente acompanhados de seus pares romântico, se esbarram numa fila de um cinema qualquer.
Trocaram olhares maliciosos.
Ele, numa distancia de cinco corpos atrás dela, a observava discretamente.
Cada um, seguindo a regra de namorados em filas, abraçadinhos, trocando caricias delicadas com os seus coadjuvantes, mas cada qual não perdia a sua oportunidade de se espiarem.
Ela virou-se de frente para o namorado, o abraçou encaixando a cabeça no seu pescoço. Naquela posição que permite pequenas mordidinhas na orelha, mas que lhe dava a visão perfeita do antigo amor. Ele, invejando a visão que agora ela possuía, fez com que a namorada ficasse na mesma posição, ficando livre para encarar aqueles olhos verdes tão conhecidos.
Trocavam risinhos discretos.
Como ela acreditava que o destino sempre arruma uma maneira de dar novas chances a historias mal acabadas, pensava que talvez, aquele encontro seria um desses momentos manipulado pelo destino, que trabalha para unir paixões inesquecíveis.
Enquanto ela refletia sobre o acaso, o destino e segundas chances, ele se perdia, mais uma vez, na profundidade daqueles olhos viciantes, sentindo aquele aperto que dá no peito de quem carrega uma grande paixão.
Soltaram-se dos seus pares para cumprir o ritual da pipoca. Deixaram que as mãos se esbarrassem quando estava lado a lado no balcão. Ela pediu pipoca, e ele emendou:
-E uma coca também.
-Completando meu pedido? Talvez eu não goste mais de coca, talvez agora eu seja uma garota viciada em guaraná.
-Nunca. Cinema sempre será pipoca e coca, independente do quanto má acompanhada uma garota possa estar! Te ligo amanhã para a resenha do filme!
-Melhor ligar hoje, porque eu ando esquecida demais.
Parabéns pelos textos e pelo blog.
ResponderExcluirDesenham-se corpos Inquietos
sem rostos(...)
invisíveis.
Improvisam a alma
Enriquecem a valsa
mergulham despercebidas
Sombras sem fendas
gritam no deserto povoado
expectativa de vida (...)
partes de nós.
Gostei demais da "Comédia Romântica"! Vc escreve muito bem e possui uma sensibilidade á flor da pele. Voltarei mais vezes.
ResponderExcluirBjs, Balinha de Menta