É inevitável fazer comparações.
Deve ser um requisito intrínseco de nossa personalidade.
As pessoas que conheço estão sempre buscando parâmetros e comparando.
Comparando a vida, os romances, os amores, as oportunidades, o tempo, enfim, tudo que pode ser medido, qualificado, é sujeito a comparações.
Com a mesma urgência que comparamos lançamos o olhar para o passado, e o objeto de comparação torna-se a melhor coisa que já nos aconteceu, a melhor lembrança, o momento incomparável! Como se o antigo sempre vencesse o atual.
É o passado tornando-se tão melhor que o presente!
A única verdade é que era melhor porque já acabou, porque tudo já se resolveu. A dor já foi diminuída.
Mesmo assim, mesmo sabendo a razão, é inevitável comparar tudo o que é novo com alguma coisa velha.
É essa a medida que faz a vida funcionar. Uma tentativa de restabelecer aquela antiga e passageira alegria fútil!
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