Confiar.
Acreditar.
Entregar-se.
Derrubar a barreira.
Deixar os defeitos expostos.
Permitir o julgamento.
Não é fácil mostrar-se completamente a outra pessoa.
É sinal de muita confiança. E isso leva tempo, às vezes muito tempo.
É através de uma rotina diária, de uma convivência cotidiana que começamos a nos abrir e permitir que entrem em nosso mundo.
Entre os dias nasce a amizade. A consideração e o respeito.
Mas de repente, eis que vem ela, a maldita e malfadada traição.
Um gosto amargo chega à boca. O estomago se resfria. E aquele amigo que amávamos torna-se o maior dissabor da vida.
Aquela pergunta: como puder confiar nele. Ficará tatuada na mente.
E nosso amor sofre mutação. Vai ao ódio.
A consideração tornasse desprezo.
E mais um desafeto nasce entre nossas amizades.
A magoa depois de instalada no coração ergue uma blindagem especial.
Depois que se é alvo de uma traição a carcaça se faz indestrutível. Cria barreira na confiança.
As amizades depois da traição nascerão com uma desconfiança eterna. Sempre esperando a chegada dela.
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