Passou o dia com um sorriso injustificado plantado nos lábios.
Distribuía simpatia e cordialidade gratuitamente a qualquer olhar.
Com uma educação espantosa relevava qualquer burrice alheia.
A paciência e a tolerância invadiram aquele corpo.
Foram 24 horas completas sem expelir um palavrão, uma frase áspera, nenhum gesto indecente. Para surpresa dos conhecidos, nem declamou seu verso preferido, o típico vai se fuder!
E foi assim, após esgotar um dia inteirinho, agindo como um sujeitinho bonzinho, simpático e colaborativo, que caiu duro no chão da sala. Morreu.
Na certa o organismo deve ter rejeitado a nova personalidade com a qual a esposa lhe presenteou.
Eram bodas de aço. E o presente tinha que ser especial.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Bodas de Aço
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