Em uma Bienal de Livro qualquer, em um sábado muito quente, Pedro passeava despreocupado e entretido no meio dos estandes das editoras.
Olhar atento. Observador. A procura e, na esperança de encontrar Macunaíma a um preço baratinho, baratinho. Esperança que se desfez após uma hora.
Já tinha caminhado e dançado pelos título, mas não encontrou nada de Mário. E desanimado, resolveu abandonar a feirinha de livros e seguir outros rumos mais interessantes.
No momento em que quase alcançava a rua, foi detido pelas palavras de uma jovem entusiasmada:
-Já pegou seu brinde? Vejo que não, venha ate aqui então para retirá-lo...
Pedro foi. Afinal brinde é brinde!
-Nobre professor, escolha uma revista...
-Não sou professor!
-Ah, não? Mas tem cara de professor!
-Mas não sou...
-Mesmo assim, escolha uma revista, é brinde. Só que como não é professor, não pode ser essas aqui, tem que ser aquelas lá!
Pedro olhou. Olhou. E com a certeza de que ficaria mais besta carregando aquela papelada inútil, recusou o brinde.
-Ah, então eu deixo escolher uma das de professor! Pode escolher.
Pedro torceu o nariz.
-E pra ministro da educação, o que é que você tem? A parodia da educação em três volumes!?
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