Por mais que eu tenha caminhado, por mais que o tempo tenha passado, por mais que eu tenha mudado... tudo continua na mesma. Fiquei paralisada! Enraizada. Assistindo a vida passar.
Vi meus sonhos se perderem. As pessoas partirem. Os amores fugirem... E nada!
Uma marca de decepção foi instalada na minha pele. E tudo reflexo da minha inércia patética, do meu medo contagioso de arriscar, de viver, de ousar.
Às vezes até me esqueço quantas promessas deixei perdida pelos meses que se foram, quantos sentimentos achei melhor enterrar, quantas palavras decidi guardar só pra mim, quanto deixei de acreditar... apenas por ser o que sou.
Apenas por ter permitido aquela manipulação da minha genética gritar nos meus ouvidos:
- Não! Você não é capaz!
E por isso, e com isso, me tornei um mero espectador dessa vidinha banal e medíocre tão ao gosto de quem me amansou.
Não há vida!
O quadro permanece eternamente estático!
Alguém respira por mim e eu só assisto a tudo com aquela cara de quem vê televisão aos domingos!
Sou apenas o espectador desse grande nada que inventaram e plantaram na minha certidão.
Sou apenas o locatário desse quadro tão ultrapassado.
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