Todos os atributos físicos o desqualificavam aos olhos das meninas. No entanto, possuía um olhar penetrante que tirava o fôlego da única menina que ele conhecia. Não era bonito. Era mirradinho. Tímido. Mas aqueles olhos negros penetravam no coração daquela única menina. Ela se perdia nos olhos dele. E foi pelo olhar dele que ela se apaixonou.
Ele, sabendo que não restavam-lhe muitas admiradoras, aproximou-se até que tornaram-se um casal.
Era cômico vê-los juntos. Ela, loira e bela, esbelta e cobiçada. E ele, o esquisito.
Os amigos, dela é claro, jamais entenderam o que faziam juntos. Perguntas como o que será que ela vê nele eram comuns.Se ela podia ter qualquer um, por que ele?
E quando a menina declarava que era amor, as amigas imaginavam que talvez fossem as drogas. Afinal para elas, só substancias ilícitas poderiam explicar aquele casal!
A menina, completamente apaixonada por aquele olhar, não se importava com o que pensavam. Nem escutava as criticas vindas das bocas “amigas”.
Ela queria era apenas amá-lo. Queria o toque, o beijo, o olhar.
Ele migrou da sua depressão infeliz à felicidade besta oriunda da paixão. Andavam de mãozinhas dadas, escreviam cartinhas apaixonadas, ligações inusitadas pela madrugada, beijinhos e mais beijinho. Todo o ritual e hormônios de romance juvenil presente naquele conto de “dois são um”.
Aproveitavam as manhas, as tardes e as noites. Viviam e tragavam um ao outro, até o dia que ele percebeu que podia experimentar mais depois de toda a publicidade ganha daquele romance. No final da tarde de uma segunda feira pôs fim ao namorico usando as palavras: quero aproveitar a vida sem exclusividade, e acho que você também deveria fazer o mesmo, há outros olhares por ai, vá buscá-los!
adorei o desfecho dessa história. posso usar esse texto?
ResponderExcluiramei!
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