Aquelas três palavras ficaram martelando na minha cabeça.
Por mais que eu fizesse, que mudasse o foco, elas voltavam e continuavam circulando nos meus pensamentos.
Não bastou sentir todo o peso do significado da frase “eu não confio mais em você”, ainda fui obrigada a ficar revivendo, relembrando todo o ocorrido. Sentindo a ação daquela discussão no meu estomago.
E tudo aconteceu por mais uma inércia da nossa parte. O não falar foi o culpado pela minha atitude mundana.
O medo de assumir aquilo que sentia somado ao medo de vê-lo com outra foram a razão que me fizeram procurar outra boca naquela noite.
Quando agimos impulsionados pelos ciúmes e orgulho sempre há aquele arrependimento posterior. E foi isso que fiz. Ao flagrar aquela cena, ao te ver ao lado dela... não resiste. Um inconformismo infernal tomou posse e a direção das minhas atitudes. Me precipitei e deixei que o ciúme preparasse meu acalanto. Fui buscar afeto naquela boca que não era sua.
- Eu não confio mais em você.
Escutei isso depois daquela minha patética tentativa em explicar minhas atitudes. Uma justificativa banal para o “fiz o que fiz por culpa sua”. A barganha para não te perder mais uma vez. Tentei explicar o inexplicável. Fracassei, e deixei nas suas palavras o inicio da minha penitencia.
- Eu não confio em você.
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